terça-feira, 31 de maio de 2011

Função dos ossos, exoesqueleto e endoesqueleto

Maria Sílvia Abrão
Reprodução
Coluna vertebral

Se quisermos construir uma boneca, podemos utilizar pedaços de pano - feltro, por exemplo - recortar a cabeça, os olhos e boca, fazer um vestidinho, cortar novamente os braços e as pernas, utilizar lã para fazer o cabelo, mais uma vez recortar os sapatinhos, colar as diferentes partes e pronto, nossa boneca ficou perfeita.

Mas será que ela está mesmo perfeita? Será que conseguiremos colocá-la em pé? Se ela for feita só de pano, é bem provável que não...

A grande maioria dos animais tem uma estrutura firme - o esqueleto -, que dá forma e sustentação ao corpo, que dá apoio aos seus
músculos.

Alguns animais invertebrados aquáticos e até mesmo outros terrestres não possuem esqueleto. Você já viu um animal marinho conhecido como água-viva? Assim como a boneca de pano, ela não tem nada em seu corpo que a sustente. Entretanto, ela vive na água, a qual serve de sustentação para o seu corpo.

Ossos são as vigas do corpo

Se não possuíssemos os ossos que formam o nosso esqueleto, nosso corpo ficaria como o corpo da boneca já mencionada e nós não poderíamos contar com a água para nos sustentar. Os ossos do nosso esqueleto fazem a sustentação do nosso corpo, como as vigas e as colunas fazem a sustentação de uma casa ou prédio.

Nosso esqueleto possui mais de 200 ossos, longos ou curtos, chatos ou redondos. Tocando suas mãos, seus dedos, suas pernas e pés você pode sentir alguns de seus ossos, os quais fazem parte de seu esqueleto.

Às vezes, quando nos alimentamos da carne de outros animais, por exemplo, seja de frango, de porco ou de boi, podemos nos deparar com vários tipos de ossos. Por outro lado, você até já pode ter encontrado o esqueleto de algum animal ao fazer um passeio no campo, por exemplo. Em ambientes selvagens ou rurais, principalmente, podemos encontrar esqueletos de pequenos mamíferos (ratos), aves (passarinhos),
répteis (lagartixas) e anfíbios (sapos) com uma certa freqüência.

Exoesqueleto e endoesqueleto

O esqueleto de um animal pode ser externo (exoesqueleto), como uma concha ou como a cobertura do corpo de uma cigarra (exúvia), que muitas vezes encontramos nas árvores na época de crescimento (ecdise) desses animais.

Outros animais, como os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, citados anteriormente, possuem esqueleto interno (endoesqueleto). Em muitos casos, o esqueleto é rígido (como nos corais, moluscos e outros), mas em outros é móvel (ouriços do mar, grilos, gafanhotos, peixes, sapos, cobras, pássaros, cachorro).

Esses esqueletos estão intimamente ligados aos músculos. Associadas à musculatura, as articulações funcionam como alavancas para a locomoção, e possibilitam todos os movimentos necessários à vida desses seres.

O exoesqueleto limita o tamanho do animal. Já o esqueleto interno não impõe tantas limitações e, assim, podemos encontrar animais enormes que possuem esqueleto interno como os elefantes, rinocerontes, tubarões e baleias (esses dois últimos ainda têm parte do seu peso sustentado pela água).

Nem só de ossos se faz um esqueleto

Alguns invertebrados unicelulares (protozoários) possuem complicadas estruturas calcárias, silicosas ou orgânicas, que sustentam seus corpos. As esponjas têm lindas espículas microscópicas, fibras do mesmo material que forma as estruturas dos protozoários. Outros animais, como os corais e moluscos, possuem esqueletos calcários, que crescem nas suas margens e ficam mais espessos com a idade do indivíduo.

Os artrópodes, como os crustáceos (camarão, siri), e os
insetos (formiga, barata, besouro, mosca, abelha, grilo) possuem esqueleto de uma substância orgânica (protéica). Esse exoesqueleto é articulado entre as partes do corpo (cabeça, tórax ou cefalotórax, e abdômen) e, nas extremidades, em outras regiões do corpo é rígido.

Para poder crescer, os artrópodos, passam periodicamente por mudas completas do seu revestimento, o esqueleto (como a exúvia da cigarra mencionada anteriormente). Após a muda, antes que o novo esqueleto endureça, o corpo do animal cresce.

Padrão básico dos esqueletos

O esqueleto interno dos animais possui um padrão básico comum, apesar de haver diferenças nos tamanhos e formas. O esqueleto desses animais suporta o corpo, fornece pontos de inserção da musculatura e protege o encéfalo e a medula espinhal.

Nos embriões de todos os vertebrados e em algumas espécies (como o tubarão), o esqueleto é formado por cartilagem. O esqueleto dos adultos de quase todas as espécies de vertebrados (desde os peixes ósseos até os mamíferos) são compostos por ossos, com cartilagem apenas nas articulações e em alguns outros pontos (como nariz e orelha).

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O esqueleto humano

Maria Sílvia Abrão

 
Ao se falar em esqueleto, não podemos deixar de mencionar o do próprio corpo humano. Com certeza, para todos nós, ele é o esqueleto mais importante que existe. Para compreender como ele é e como funciona, podemos dividi-lo em quatro partes: cabeça, tórax, tronco e membros. Então, vamos descrever cada uma delas:

Cabeça

Nossa cabeça possui uma caixa óssea, o crânio, que é mais ou menos esférica. Ela protege a parte mais importante do nosso sistema nervoso, o encéfalo. Essa caixa é constituída por vários ossos que, no indivíduo adulto, encontram-se soldados.

Além do crânio, a cabeça se compõe da face, que contém quatro de nossos órgãos dos sentidos, além do aparelho mastigador, onde se encontra a mandíbula, o único osso móvel dentre os quatorze ossos da face.

A coluna vertebral se encaixa na cabeça e protege a medula espinhal, que é uma continuação ou prolongamento do encéfalo.
 

Esqueleto do tronco

O esqueleto do tronco se compõe de três partes: coluna vertebral, costelas e esterno.

A coluna vertebral é formada por vários ossos conhecidos como vértebras. Cada vértebra possui uma cavidade. A superposição das vértebras forma um canal onde a medula fica alojada. Essas vértebras são unidas por
músculos e ligamentos. Entre elas existem discos de cartilagem, que têm a função de amortecedores e diminuir o atrito entre esses ossos. Os discos intervertebrais amortecem os impactos mais violentos, como ocorre quando damos um salto.

As costelas são ossos achatados, que têm a forma de arco. Esses arcos estão presos, em uma de suas extremidades, às vértebras da região dorsal (nas costas) da coluna. São doze costelas no total. Sete delas chegam até o esterno e articulam-se com ele por meio de cartilagem. As três seguintes ligam-se à cartilagem da sétima vértebra e as duas últimas não se prendem a nada. Por isso, são conhecidas como costelas flutuantes.

O osso esterno é um osso formado por três partes, alongado e chato, que se situa na frente do tórax, ao centro do peito, e, juntamente com as costelas, protege o
coração, os pulmões e alguns dos nossos principais vasos sangüíneos.


Divulgação/HCUSP

Esqueleto dos membros

a) Membros superiores:
Os membros superiores estão divididos em cintura escapular, braços, antebraços e mãos. Todos esses ossos nos permitem uma variedade de movimentos muito complexos. A cintura escapular possui a clavícula, um osso longo situado na parte superior do tórax, que se liga ao esterno e à escápula (omoplata). Esta é achatada e está situada nas costas.

O braço é formado por um único osso, o úmero. O antebraço tem dois ossos, o rádio e a ulna. A mão é formada pelo carpo, pelo metacarpo e pelos dedos. O carpo, mais conhecido como pulso, possui oito ossinhos. Os cinco ossos metacarpianos formam a mão. Os dedos articulam-se com os ossos metacarpianos, e cada dedo possui três falanges (apenas o polegar possui duas falanges).

b)Membros inferiores:
Os membros inferiores estão divididos em cintura pélvica, coxa, perna e pé. Estão diretamente relacionados com a sustentação do corpo.

A cintura pélvica prende ao tronco todos os outros ossos dos membros inferiores. Essa é formada por três ossos: o ílio, o ísquio e o púbis, os quais se soldam depois dos quinze anos, aproximadamente, formando um osso único, denominado osso ilíaco.

Na região posterior (costas), o osso ilíaco está ligado ao sacro, que é formado por cinco vértebras soldadas. O conjunto dos ossos ilíacos, com as duas últimas porções da coluna vertebral - sacro e cóccix - forma a bacia (pelve), onde se articula o fêmur, o maior osso de nosso corpo.

A perna é formada por dois ossos: a tíbia e o perônio. A tíbia articula-se com o fêmur através de um pequeno osso curto, a rótula, que forma o joelho. O perônio, apesar de ser menor que a tíbia, é um osso longo, que se articula na parte superior com a tíbia e, na inferior, também com a própria a tíbia e o pé.

O pé é formado pelo tarso, metatarso e dedos. O tarso possui sete ossos, um a menos que o carpo (da mão). Dois desses ossos fazem a articulação com a perna (tíbia e perônio). O maior osso do tarso forma o calcanhar (o calcâneo).

Os outros cinco ossos são os cubóides, que formam parte do peito do pé. O metatarso é formado por cinco ossos, que são prolongados na frente pelos dedos. Os dedos do pé são cinco e cada um deles possui três falanges. O dedão, assim como o polegar da mão, possui duas falanges.

domingo, 29 de maio de 2011

Unicamp utilizará as notas do Enem 2011 no vestibular deste ano

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) utilizará as notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 no processo seletivo deste ano, se as notas forem disponibilizadas até o dia 15 de janeiro de 2012. A utilização do resultado do exame será opcional e irá compor até 20% da nota da primeira fase do vestibular. 

No entanto, as notas do Enem não serão utilizadas na classificação dos candidatos para a segunda fase, pois a Comvest (Comissão Permanete para os Vestibulares) precisaria dos dados até o dia 30 de novembro. A inclusão das notas do Enem só ocorrerá no momento de calcular as notas finais dos candidatos, após a segunda fase.

Vestibular

As inscrições para o processo seletivo 2011 da Unicamp serão realizadas entre 22 de agosto e 23 de setembro. A primeira fase será aplicada no dia 13 de novembro e a segunda etapa acontece entre os dias 15 e 17 de janeiro de 2012.

Calouros da Unicamp fazem trote solidário

Calouros interagem com idosos em trote da Unicamp 
 
A lista de convocados para a segunda fase e os locais de realização dos exames serão divulgados em 20 de dezembro. As provas de habilidades específicas serão aplicadas entre dos dias 23 e 26 de janeiro de 2012.

A previsão é que a primeira chamada seja divulgada no dia 6 de fevereiro. A matrícula está marcada para o dia 9 do mesmo mês.

Isenção

Os pedidos de isenção de taxa podem ser feitos pelo site www.comvest.unicamp.br/, até 31 de maio.


A relação de candidatos beneficiados com a isenção será divulgada no dia 17 de agosto. Os candidatos comtemplados não estão automaticamente inscritos no vestibular, devendo realizar a inscrição no processo.

Leitura obrigatória

A lista de livros obrigatórios está em vigência desde 2010 e foi mantida para essa edição.

Veja quais são os livros do vestibular 2012 e inicie seus estudos com o material do UOL Vestibular:
Fonte: http://noticias.uol.com.br/educacao, em 23/05/2011.

sábado, 28 de maio de 2011

Fatecs recebem inscrições para vestibular 2011 do 2º semestre a partir desta segunda


As Fatecs (Faculdades de Tecnologia de São Paulo) abrem nesta segunda-feira (2) as inscrições para o processo seletivo de meio de ano. São oferecidas 10.860 vagas. Os interessados devem se cadastrar no www.vestibularfatec.com.br, até as 15h do dia 8 de junho. A taxa custa R$ 70.


Para concorrer às vagas, o candidato dever ter concluído ou estar cursando o ensino médio ou equivalente, desde que no ato da matrícula comprove a conclusão do curso.
As vagas estão distribuídas entre 60 cursos de graduação tecnológica, em 51 Fatecs. Duas novas unidades passam a fazer parte do processo: a Fatec do Tatuapé, na Capital, e a de Taubaté, com 160 e 80 vagas, respectivamente. Neste vestibular são ofertados quatro novos cursos; confira:
  • Automação Aeronáutica - Fatec de São José dos Campos
  • Estruturas Leves - Fatec de São José dos Campos
  • Construção de Edifícios - Fatec Tatuapé
  • Controle de Obras - Fatec Tatuapé
 Provas

Os locais de prova serão divulgados a partir do dia 27 de junho. Os exames acontecem em 3 de julho, às 13h. A prova terá uma redação e 54 questões sobre as seguintes disciplinas: matemática, português, física, química, biologia, história, geografia e inglês.

A primeira chamada e a lista geral de classificação estão previstas para 19 de julho. Outras informações podem ser obtidas no site do vestibular.

Outras informações podem ser obtidas no manual do candidato ou pelo site da institução.

As informaçoes foram fornecidas pela instituiçao e podem ser alteradas por ela sem aviso prévio. É recomendável confirmar datas e horários no site oficial.

Beyoncé divulga capa e data de lançamento do novo disco

Em entrevista à MTV norte-americana, a cantora Beyoncé revelou a data de lançamento do próximo disco, intitulado "4": o álbum chega às lojas em 28 de junho. Recentemente, a gravadora da artista também divulgou a capa do CD.

Em entrevista à emissora, Beyoncé disse que gravou mais de 60 músicas. "Eu me inspirei em Fela Kuti [o pai do afrobeat]. Na verdade, eu trabalhei com a banda do musical 'Fela!' por alguns dias, só para sentir a alma e o coração desse tipo de música", explica.

"Eu também encontrei muita inspiração no r&b dos anos 90, Earth, Wind & Fire, DeBarge, Lionel Richie, Teena Marie. Também ouvi muito Jackson 5 e New Edition, mas também Adele, Florence and the Machine e Prince", acrescentou a cantora, que também adicionou às músicas suas influências do hip-hop.
Divulgação
Beyonce - capa do novo CD
A capa de "4", novo disco da cantora Beyoncé


Na última quarta-feira (18), Beyoncé lançou o clipe de "Run the World (Girls)", single de seu novo disco, depois de adiar a estreia do vídeo com o intuito de aperfeiçoá-lo.

Gravado na Califórnia, sob a direção de Francis Lawrence, o clipe mostra Beyoncé à frente de um exército de mulheres de diferentes etnias, que avança em direção a um grupo de soldados protegidos com escudos.

A temática da dominação feminina --"quem comanda o mundo? as garotas", repete a música como mantra-- ganha força com as sessões coreográficas comandadas pela cantora. Mais ágeis e agressivas, as coregrafias não abrem mão da sensualidade, mas economizam no rebolado.

O single 'Run The World (Girls)' foi produzido pelo DJ americano Diplo e contém um sample de "Pon de Floor", hit do Major Lazer, projeto musical formado por ele e por Switch. A música vai sair no próximo disco de Beyoncé, intitulado '4', que será lançado em junho.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Anvisa aprova vacina de HPV para homens

CLÁUDIA COLLUCCI - DE SÃO PAULO

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a aplicação da vacina contra HPV (papilomavírus humano) em meninos e homens entre 9 e 26 anos.

A imunização previne as verrugas genitais causadas, principalmente, pelos tipos 6 e 11 do vírus. A vacina, conhecida como Gardasil (Merck Sharp & Dohme), está liberada para os homens nos EUA desde 2009.

No Brasil, ela foi aprovada para mulheres em 2008, mas só está disponível na rede privada, ao custo de R$ 900.

Para liberar a imunização masculina, a Anvisa se baseou em um estudo publicado no "New England Journal of Medicine", que comprova a redução de 90% das lesões genitais externas.

O estudo clínico, que acompanhou 4.065 homens em 18 países, inclusive o Brasil, comprovou a eficácia da vacina contra lesões ligadas aos tipos 6,11, 16 e 18 do HPV.

O tipo 16 é o que tem levado ao aumento dos tumores de boca e da região da garganta (orofaringe) no Brasil, conforme revelou a Folha ontem. Em hospitais brasileiros, até 80% desses cânceres estão associados ao HPV.
Editoria de Arte/Folhapress


PROTEÇÃO

Segundo a pesquisadora Luisa Villa Lina, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e uma das maiores especialistas em HPV no país, além das verrugas genitais, espera-se que a vacina proteja os homens contra tumores de pênis, ânus e orofaringe.

A infecção pelo papilomavírus está ligada a cerca de 40% dos casos de câncer de pênis e de 30% a 40% dos de câncer anal em homens.

Segundo Lina, o ideal é que, assim como as meninas, os garotos sejam vacinados antes do início da vida sexual. No Brasil, pesquisas indicam que isso acontece aos 13 anos, no caso dos homens, e aos 15, para as mulheres.

Mas a pesquisadora acredita que, mesmo que já tenham sido expostos ao HPV, homens e mulheres podem ser beneficiados, porque a vacina evita novas infecções e reduz o risco de câncer.

O pesquisador da USP Adhemar Longatto Filho afirma que a aprovação da vacina para homens vai trazer "um benefício tremendo". "O homem é o principal vetor de muitas das lesões causadas pelo HPV. É crucial que ele seja vacinado."

CONTÁGIO

É comum o HPV permanecer no organismo sem qualquer sintoma por meses ou anos. Os cânceres, por exemplo, podem demorar de dez a 20 anos para se desenvolver.

O risco de contágio é alto (de até 80%), e o vírus pode ser passado mesmo latente (sem manifestação visível).

A maioria dos tipos de HPV não causa sintoma e desaparece espontaneamente sem tratamento, o que significa que muitas pessoas não sabem que são portadoras.

Um estudo recente mostrou, por exemplo, que 50% dos homens saudáveis já foram infectados pelo HPV. A vacina contra o papilomavírus é administrada em três doses, com aplicação intramuscular.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Câncer de boca causado por sexo oral avança no Brasil

CLÁUDIA COLLUCCI - SÃO PAULO

Em uma década, dispararam no país os casos de câncer de boca e orofaringe relacionados à infecção por HPV (papilomavírus humano), transmitidos por sexo oral.

O índice de tumores provocados pelo vírus é três vezes superior ao registrado no fim da década de 1990. Não há um aumento do número total de casos, mas sim uma mudança no perfil da doença.

Antes, cânceres de boca e da orofaringe (região atrás da língua, o palato e as amígdalas) afetavam homens acima de 50 anos, tabagistas e/ou alcoólatras.

Hoje, atingem os mais jovens (entre 30 e 45 anos), que não fumam e nem bebem em excesso, mas praticam sexo oral desprotegido.

Uma recente análise publicada no periódico "International Journal of Epidemiology" mostra que, quanto maior o número de parceiras com as quais pratica sexo oral e quanto mais precoce for o início da vida sexual, mais risco o homem terá de desenvolver câncer causado pelo HPV.

MAIS CASOS

No Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, 80% dos tumores de orofaringe têm associação com o papilomavírus. Há dez anos, essa associação existia em 25% dos casos.

O HPV já está presente em 32% dos tumores de boca em pacientes abaixo dos 45 anos ""antes, o índice era de 5%. Por ano, o hospital atende 160 casos desses tumores.

"O aumento dos tumores por HPV é real, e não porque houve melhora do diagnóstico. Os casos relacionados ao tabaco vêm caindo, mas o HPV está ocupando o lugar", diz o cirurgião Luiz Paulo Kowalski, do A.C. Camargo.

No Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), 60% dos 96 casos de câncer de orofaringe atendidos em 2010 tinham relação com o HPV. As mulheres respondem por 20% dos casos.

"Começa-se a notar um maior número de mulheres com esse câncer, por causa do sexo oral desprotegido", diz o oncologista Gilberto de Castro Júnior, do Icesp.

No Hospital de Câncer de Barretos, no interior paulista, casos ligados ao HPV respondem por 30% dos cânceres da orofaringe, um aumento de 50% em relação à década passada, segundo o cirurgião André Lopes Carvalho.

"A maioria dos nossos pacientes tem o perfil clássico, de homens mais velhos que bebem e fumam. Mas estamos percebendo uma virada." O Inca (Instituto Nacional de Câncer) desenvolve seu primeiro estudo sobre o impacto do HPV nos tumores orais. Segundo o cirurgião Fernando Dias, coordenador da área de cabeça e pescoço do instituto, o HPV de subtipo 16 é o que mais provoca câncer da orofaringe.

"O HPV está criando um novo grupo de pacientes. Por isso, é preciso reforçar a necessidade de fazer sexo oral com preservativo." O Inca estima que, por ano, o país registre 14 mil novos casos de câncer de boca.

Segundo os especialistas, a boa notícia é que os tumores de orofaringe relacionados ao HPV têm um melhor prognóstico em relação àqueles provocados pelo fumo.
Paulo Kowalski afirma que eles respondem melhor à quimioterapia e à radioterapia e, muitas
vezes, não há necessidade de cirurgia.

VACINA

A vacina contra o HPV não é aprovada para homens no Brasil. Nos EUA, onde foi liberada, a imunização masculina não protege contra o HPV 16, o tipo que mais causa câncer de boca e de orofaringe.

No Brasil, só mulheres entre 9 e 26 anos têm indicação para a vacina contra quatro tipos de HPV, entre eles o 16. Mas a imunização só existe na rede privada, ao custo médio de R$ 900.


Editoria de Arte/Folhapress

 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Muito celular pode alterar atividade do cérebro

Um estudo feito pelos Centros Nacionais de Saúde dos Estados Unidos mostrou que o uso prolongado de celular faz com que haja maior consumo de glicose na região próxima ao telefone, indicando aumento da atividade cerebral nessa área.

A pesquisa não conclui se isso tem efeitos maléficos ou cancerígenos ao usuário.
Os pesquisadores contaram com 47 voluntários que ficaram com dois aparelhos próximos ao ouvido, um ligado e outro desligado.

O volume dos dois telefones estava desativado, para que eles não notassem a diferença. Durante 50 minutos a atividade cerebral dos voluntários foi monitorada, sendo notado um aumento de 7% de glicose perto do telefone ligado.

São necessários outros estudos para se concluir se isso traz efeitos danosos à saúde.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Progesterona faz espermatozóide seguir óvulo

Um estudo feito na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e outro do Centro Europeu de Pesquisa e Estudos Avançados mostraram que a progesterona, um dos principais hormônios femininos, é o responsável por fazer o espermatozóide chegar até o óvulo.

A progesterona é secretada por células que circundam o óvulo. Os espermatozóides têm receptores para o hormônio, que fazem com que a célula se dirija até o local onde está o óvulo. O estudo abre portas para o desenvolvimento de um anticoncepcional masculino – que bloquearia os receptores de progesterona nos espermatozóides, atrapalhando o caminho até a fecundação.

domingo, 22 de maio de 2011

Maconha aumenta risco de psicose

Uma pesquisa feita pela Universidade de Maastricht, na Holanda, mostrou que usuários de maconha na adolescência e no início da vida adulta têm mais chances de apresentar sintomas de psicose.

Foram acompanhadas 1.923 pessoas de 14 a 24 anos num período de 10 anos. Apesar de outros estudos já terem correlacionado a maconha com distúrbios psicóticos, não se sabia exatamente se a droga desencadeava os sintomas ou se as pessoas com traços psicóticos é que eram mais predispostas a usar maconha.

O novo estudo mostra que a primeira possibilidade é mais provável.

Os participantes que apresentavam quadro anterior de psicose foram excluídos do estudo.

Os que já fumavam maconha no começo da pesquisa mostraram um risco maior de ter sintomas psicóticos persistentes.

O risco se mostrou aumentado mesmo com a análise de outros fatores, como situação sócio-econômica, uso de outras drogas e outras condições psiquiátricas.

sábado, 21 de maio de 2011

Vamos no Hopi Nigth dia 02/06???

Estou convidando para participar da minha excursão
para o Hopi Nigth no dia 02/06/2011.

Valor do passaporte e do ônibus (ida e volta) R$ 60,00

O pagamento tem que ser feito até o dia 31/05/2011 (3ªfeira).

Essa excursão é organizada por mim e as
escolas não tem nada a ver com isso.

Me procure na Escola e reserve seu lugar!!

V A G A S   L I M I T A D A S ! ! !

Brasileiro fuma menos, mas mulheres bebem mais

Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde com mais de 54 mil pessoas mostrou que o brasileiro está fumando menos. Por outro lado, o consumo de álcool tem aumentado, principalmente entre mulheres.

Na pesquisa de 2006, 16,2% dos entrevistados disseram que fumavam. A taxa caiu para 15,1% no último levantamento. As capitais com maior proporção de fumantes são Rio Branco, Porto Alegre e São Paulo.

Já o consumo abusivo de álcool (5 doses ou mais para homens e 4 doses ou mais para mulheres) está aumentando. Se em 2006 a prevalência era de 16,1% da população, em 2010 o índice subiu para 18%. O aumento mais expressivo foi observado entre mulheres: de 8,2% para 10,6%.

Outro dado interessante é o que comprova que a onda de obesidade está estabelecida no país. Quase metade (48,1%) da população apresenta sobrepeso, sendo que 15% já pode ser considerada obesa.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Hoje vimos Saturno e....




Em Saturno terminam os planetas que são visíveis a olho nú e portanto os planetas conhecidos na antiguidade.

Com ele temos um conjunto de sete objetos de corpos errantes a noite e que nos tempos remotos não podiam ser tocados pelo Homem. Por coincidência,  a nossa semana tem sete dias, um para cada um desses corpos que foram considerados divindades:  Lua (segunda-feira), Marte (Terça-feira), Mercúrio (Quarta-feira), Júpiter (Quinta-feira), Vênus (Sexta-Feira), Saturno (Sábado) e Sol (Domingo) correspondentes à primeira hora planetária do dia. Porém a tradição de se colocar nomes de deuses nos demais planetas continuou. Apesar de ser o segundo maior planeta do sistema solar, só se obteve informacões de algum valor a seu respeito, do final da segunda metade da década de 70 em diante, através das sondas Pioneer 11 e Voyager 1 e 2.
Histórico

As observações dos anéis feitas da Terra dependem da posição de Saturno relativo à Terra, pois devido ãs inclinações da órbita da Terra e de Saturno com o plano da eclíptica, ora os anéis podem ser vistos como um disco com o planeta no centro e ora podem ser vistos como dois braços de Saturno.

Observando esses anéis em 1675 Jean Dominique Cassini (1625-1712) descobriu que havia uma vazio no anel como um todo. Esse vazio ficou conhecido como divisão de Cassini, sendo a maior divisão dos anéis. Em 1837 Encke também descobriu uma outra divisão que levou seu nome. E com a melhoria dos instrumentos ópticos outras divisões foram descobertas. Até que os levantamentos feitos pelas Voyagers, mostrou o quanto era precário o conhecimento sobre esses anéis.

O que se tinha em mãos até o levantamento feito pelas sondas, eram previsões teóricas feitas por James C. Maxwell (1831-1879), que estudou a complexidade da formação desses anéis.
Com a pesquisa feita pelas sondas, as previsões de Maxwell foram confirmadas e houve um esforço para interpretação teórica de diversos outros fenômenos registrados lá.
Suas Dimensões

As principais regiões desses anéis são as seguintes:

Na região mais próxima de Saturno está o anel D, caracterizado por um brilho muito fraco, com largura que varia de alguns quilômetros a algumas dezenas de quilômetros. Apesar de serem anunciados antes da presença das sondas no local, a sua observação da Terra é duvidosa, pois sua reflexão está no limite resolutivo dos telescópios.

Em seguida a este aparece a borda interna do anel C, onde ocorre um significativo aumento de luminosidade, apesar de ser formado por muitas faixas e bem transparentes. As medições de luz difusa confirmaram a hipótese de que o anel C é formado por poucas partículas.

Baseando-se no aumento da luminosidade, há um limite bastante claro na divisão dos anéis C e B, onde se observa um grande aumento de brilho e na opacidade do material, o que revela um número muito maior de partículas.

Nos anéis B as partículas parecem orbitar ao redor de Saturno em pequenos grupos em forma de cunha, medindo 10.000 km de comprimento e 2.000 km de largura. Os anéis B terminam no limite interno da divisão de Cassini.

O anel A começa com brilho igual ao do anel B e decresce gradativamente até a divisão de Encke. Na parte externa a divisão de Encke há um aumento no brilho de 25% e na parte mais externa ainda a um aumento de 50% na luminosidade, porém é uma faixa muito estreita. Acredita-se que esse aumento de luminosidade é provocado pelo confinamento de matéria provida do pequeno satélite 1980 S2.
Cabe dizer que não são quatro anéis que existem em Saturno e sim quatro grandes grupos de anéis, onde se observa milhares de divisões entre eles. Não existe nenhuma diferenciação típica para as partículas que compõem os anéis, devido aos frequentes choques entre eles. Dessa maneira as partículas podem assumir muitas ordens de grandeza.

Uma análise espectróscopica dos anéis mostra que há uma abundância de gelo. Nesse gelo aparecem presentes outros compostos que não puderam ser determinados.

A origem desses anéis ainda é muito polêmica. A hipótese que goza de maior crédito entre os pesquisadores é a de que um satélite teria se formado muito próximo do planeta e que logo em seguida ultrapassou o limite de Roche e por efeito de maré fragmentou-se de maneira destrutiva (estilhaço).

Cada fragmento com dimensões maiores do que os encontrados atualmente teriam adquirido velocidades diferentes e os frequentes choques entre eles ocasionou uma maior fragmentação de maneira a ocupar todo o espaço disponível ao redor. A relativa estabilidades das órbitas desses anéis deve-se aos satélites que estão próximos aos mesmos. Tais satélites são denominados de satélites pastores.

Visita com os alunos do E. Fundamental II (7ª séries) da E.E. "Julio Mesquita" ao Observatório Municipal de Campinas “Jean Nicolini”.

O Observatório Municipal de Campinas, equipamento da Secretaria Municipal de Cultura, foi inaugurado em 15 de janeiro de 1977, sendo o primeiro no gênero a ser implantado no País.
Além das atividades de pesquisa e observacional inerentes a um observatório astronômico, desenvolve ações voltadas para o processo de divulgação com o público em geral e educativa, atendendo estudantes de todos os níveis.

O Observatório possui mobiliários e instrumental do poder público. No que diz respeito ao instrumental, seu maior telescópio e o primeiro a ser instalado no Observatório, é o telescópio americano refletor de 600mm de abertura Marca Group 137, modelo Cassegrain.
Um telescópio Newtoniano Mead de 250mm acervo de doação astronômico Alfredo Leal Viera da Costa: uma luneta inglesa, objetiva de 70mm de abertura, marca Troughton & Simms, com uma caixa com oculares e acessórios; uma luneta alemã, marca Carl Zeiss, objetiva de 110mm abertura, com tripé de campanha dobrável com movimentos lentos horizontal e vertical, com diversas oculares e acessórios.
Foto do Processo 004_04
A par disto cabe mencionar dois grandes instrumentos do Governo Federal sob nossa responsabilidade para uso: um Astrógrafo Carl Zeiss, 400/2000mm, o maior do país e o telescópio refletor Carl Zeiss de 500 mm de abertura, modelo Cassegrain.
Exemplares de livros, revistas e boletins astronômicos. Recortes de jornais e fotografias (nada catalogado) da história e memória do observatório.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Drogas na adolescência

Por Fábio Reynol, de Águas de Lindoia - Agência FAPESP 

Quanto mais precoce o consumo de uma droga de abuso, mais o indivíduo se torna vulnerável à dependência. Foi o que mostrou um estudo com camundongos conduzido no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).

Ao administrar doses de álcool em animais adolescentes e adultos, os pesquisadores constataram que os mais jovens apresentaram uma compulsão maior ao consumo após um período de abstinência.

Segundo os pesquisadores, o resultado também pode valer para outros tipos de drogas de abuso, que englobam desde anfetaminas até entorpecentes pesados como cocaína e heroína, passando pelo cigarro e pelo álcool.

“Drogas de abuso são aquelas que induzem à fissura pelo seu consumo seja pelo prazer proporcionado, seja pelos efeitos desagradáveis que a interrupção de seu uso provoca”, disse a coordenadora da pesquisa, Rosana Camarini, professora do ICB-USP, à Agência FAPESP.

O trabalho, apoiado pela FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular, terá seus resultados apresentados na 25ª Reunião da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), que começou na quarta-feira (25/8) e vai até sábado em Águas de Lindoia (SP).

Rosana analisou quatro grupos de camundongos: adolescentes que recebiam doses de álcool e adolescentes tratados com solução salina e adultos divididos nessas mesmas categorias (com e sem a administração de álcool).

Entre as diferenças observadas está que os adolescentes que receberam álcool apresentaram tolerância à droga, enquanto que os camundongos mais velhos sob o mesmo tratamento responderam com uma sensibilização ao álcool.

Rosana conta que ambos são fenômenos neuroadaptativos provocados pelo uso contínuo da droga. A sensibilização é um aumento do efeito que a droga apresenta ao longo de um período de consumo.

Já a tolerância, observada nos animais adolescentes, significa a redução desses efeitos. Nesse caso, o indivíduo precisará de doses maiores do produto para conseguir obter as mesmas sensações proporcionadas pelas doses iniciais.

Em uma outra etapa, os pesquisadores separaram os camundongos adolescentes e adultos que haviam recebido álcool. Colocados individualmente em uma gaiola, cada um poderia escolher entre dois recipientes, um com água e outro com álcool. O frasco com etanol continha doses que eram aumentadas gradualmente, de 2% a 10%.

“Nessa etapa, não detectamos diferenças entre os dois grupos. Porém, após a dose de 10%, resolvemos retirar o álcool para estabelecer um período de abstinência”, disse a professora da USP, explicando que se trata de um teste para verificar se o animal se tornou ou não dependente da droga.

Ao serem novamente expostos ao álcool, os animais mais jovens começaram a beber gradativamente mais, enquanto que os adultos mantiveram o consumo que apresentavam antes da abstinência.

Já os animais controle, tratados previamente com solução salina, não apresentaram um aumento no consumo ao serem expostos ao álcool em ocasiões diferentes. E isso se verificou tanto nos indivíduos jovens como nos adultos.

Rosana ressalta que nessa etapa da pesquisa os animais tratados com álcool na adolescência já estavam adultos, considerando que a adolescência dos camundongos dura apenas 15 dias.

Alterações neuroquímicas

“O que podemos concluir dessa experiência é que o contato prévio do adolescente com o etanol acaba induzindo alguma modificação que faz com que, quando adultos, eles fiquem muito mais vulneráveis ao consumo”, disse a pesquisadora.
Isso ocorre porque a droga provoca alterações neuroquímicas que interferem no processo de formação do cérebro do adolescente.

Um bom exemplo é que os adolescentes apresentam uma liberação bem maior de glutamato quando expostos ao álcool, se comparados aos adultos. Esse aminoácido tem efeito excitatório sobre o sistema nervoso central.

“O consumo de álcool aumenta o número de receptores para o glutamato e, quando se retira a droga, permanecem inúmeros receptores ávidos por esse aminoácido que não está mais lá”, disse. Convulsões associadas à abstinência, por exemplo, estão relacionadas ao glutamato.

Por essa razão, Rosana estima que indivíduos com experiência precoce com drogas tenham maior probabilidade de apresentar síndromes de abstinência mais severas.

Outro efeito do álcool sobre organismos jovens seria a redução da proteína Creb, responsável pela transcrição de determinados genes. Vários estudos feitos com animais aplodeficientes de Creb mostraram que isso provocava um consumo maior de álcool.

A redução desse mesmo neurotransmissor também é observada em indivíduos que consumiram álcool durante a adolescência.

“Parece que todas essas alterações neuroquímicas observadas nos adolescentes estão relacionadas ao fato de eles quererem consumir mais álcool”, disse. As drogas interferem no processo de remodulação do sistema nervoso central que ocorre durante a adolescência.

Essas transformações neuroquímicas explicam alguns comportamentos típicos dessa fase da vida, como a propensão a correr mais riscos e a procura por experiências que causem euforia.

Rosana cita como exemplo a presença maior de dopamina na região do córtex pré-frontal do cérebro adolescente. Trata-se de uma área relacionada a analisar riscos e tomar decisões e que, além de não estar totalmente formada na adolescência, recebe dopamina em doses maiores que a de um adulto. “A presença das drogas de abuso interfere nesse processo natural que já é bem complicado”, pontuou.

Os efeitos observados levaram os autores do estudo a reforçar a importância de aplicações de políticas públicas para proteger o adolescente. Como exemplo, a professora do ICB-USP cita a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade.

“Leis como essa se justificam, pois o contato precoce com a droga pode resultar posteriormente em uma vulnerabilidade maior à dependência quando a pessoa é exposta novamente à droga, em comparação àqueles que não tiveram essa experiência prévia”, afirmou.