segunda-feira, 4 de junho de 2012

Chocolate amargo previne ataques cardíacos, diz estudo

Por FRANCE PRESSE, em 01/06/2012.

Pesquisadores na Austrália descobriram que comer diariamente um pedaço de chocolate amargo ao longo de dez anos pode prevenir infartes e também reduzir "significativamente" os riscos em pacientes com problemas cardiovasculares.

O estudo, feito com pouco mais de dois mil australianos na Universidade Monash, em Melbourne, e publicado no "British Medical Journal", mostrou que o consumo de cem gramas de chocolate com percentuais de 70% ou mais de cacau é uma medida eficiente para reduzir possíveis problemas no coração.

"Nossa descoberta indica que o chocolate amargo pode prover uma alternativa, ou ser usado como uma droga complementar em pessoas com alto risco de doenças coronarianas", afirmou Ella Zomer, pesquisadora líder do grupo.

Todos os modelos utilizados foram baseados nos fatores de risco clássico, variando desde pessoas com pressão alta, a colesterol alto e obesidade.

As projeções de mortes prováveis e outras ocorrências não-fatais tiveram uma notável diferença entre os que comeram o chocolate amargo e os que não comeram.

"Um dos chamarizes desse estudo é que é uma dieta alternativa que chama a atenção de muita gente", afirmou Chris Reid, um dos pesquisadores.

Chocolates com alto percentual de cacau contém antioxidantes chamados polifenóis, que ajudam a manter os vasos sanguíneos dilatados e, consequentemente, reduzem a pressão sanguínea e melhoram a circulação.

Outros alimentos que também contém os oxidantes são frutas coloridas, como maça, chá verde e mirtilo (ou blueberries, em inglês).

Mas especialistas alertam que o consumo excessivo de chocolate amargo pode levar a obesidade, fator que é um dos líderes nas causas de doenças cardiovasculares.

"Não estamos sugerindo que o grupo de alto risco use o chocolate amargo como sua única medida preventiva, mas sim com uma combinação de escolhas sensatas, como fazer exercício também", disse Reid.

Doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% de todas as mortes ao redor do mundo, de acordo com a Organização Internacional de Saúde.