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O estudo, feito pelo pesquisador Jesse Margolis, compara o estado de São Paulo com a cidade de Nova York por causa da dinâmica do ensino nos dois locais. O município americano é responsável pela gestão escolar, enquanto que o estado fica com a parte de regulação. No Brasil, os dois quesitos ficam a cargo tanto do estado quanto da cidade.
O número médio de alunos por sala de aula no estado de SP (34,7) é aproximadamente 33% maior do que o total da cidade americana (26,1). Outro dado apontado por Margolis é que mais alunos de ensino médio têm aulas à noite em São Paulo do que na comparação com os de Nova York. Pela pesquisa, 43,6% das pessoas que cursam esse nível em escolas públicas do estado o fazem à noite; nos EUA, o total é de 5,5%.

Além disso, o número de professores que se ausenta da sala de aula –e exige uma substituição temporária– é duas vezes e meia maior em São Paulo do que em Nova York. A pesquisa também mostra que os professores de tempo integral no estado brasileiro passam pelo menos mais 11 horas em sala que seus colegas americanos.
“É muito difícil conseguir o dado exato, mas não me surpreenderia que um professor de ensino médio tivesse duas vezes mais alunos [em São Paulo]. [Mas] Isso seria um dado aproximado”, afirmou Margolis. O pesquisador disse que o que acontece em Nova York não é "necessariamente" melhor do que em SP.
Para ele, um dos problemas é que o professor não consegue acompanhar adequadamente o aluno. “Uma maneira possível, que não necessariamente posso recomendar, seria que o aluno não estudasse tantas matérias ao mesmo tempo. Não é que tem que diminuir o numero de matérias que estuda um aluno de ensino médio. Mas, em Nova York, o que fazemos é que um aluno estuda biologia em um ano, química no segundo, física no terceiro, e tem um só professor de ciências, ao invés de três.”
Fonte: http://educacao.uol.com.br