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Lionel Messi observa movimentação do Barcelona em jogo contra o Chelsea; para
se tornar um bom jogador, é preciso ter funções executivas
potentes
Atletas musculosos raramente são inteligentes, segundo o estereótipo. Porém,
um novo estudo relata que o cérebro dos jogadores de futebol na verdade possui
excelentes funções executivas, os processos cerebrais responsáveis pelo
planejamento e pensamento abstrato. Além disso, quanto mais próximo da categoria
de elite estiver o jogador, melhores serão essas funções.
Essa habilidade se chama inteligência para o jogo e é "muito, muito
necessária para o modo como tomamos decisões", afirmou Predrag Petrovic, um dos
autores do estudo e neurologista do Instituto Karolinska, na Suécia. "É uma
forma de trabalhar com as informações rapidamente e tomar decisões sobre o
ambiente."
Petrovic e seus colegas analisam as descobertas no periódico PLoS
One.
Os pesquisadores mediram a função executiva usando um teste padronizado
chamado D-KEFS, que avalia as habilidades para solução de problemas, uso de
criatividade e estabelecimento de regras.
Jogadores de elite
As pontuações mais altas foram dos jogadores de futebol da liga de elite da
Suécia e atrás deles ficaram os jogadores de uma divisão inferior. Os avaliados
que não eram jogadores ficaram atrás dos dois grupos de jogadores. As diferenças
foram significativas, afirmou Petrovic. Os jogadores de elite ficaram entre os
2% melhores em comparação com a população em geral.
Os pesquisadores acompanharam alguns dos jogadores em duas temporadas e
descobriram que os que conseguiram as melhores pontuações nos testes faziam mais
gols e jogadas a gol.
Não está claro se os atletas adquiriram essas funções com o tempo ou se eles
as herdaram.
"Nossa hipótese é que sejam ambos", afirmou Petrovic. "O indivíduo não
consegue se tornar um bom jogador se não possuir funções executivas potentes, no
entanto sempre é possível aprimorar a função executiva pelo treinamento",
afirmou.