segunda-feira, 8 de março de 2010
Professores da rede estadual de São Paulo entraram em greve nesta segunda-feira por melhores salários e condições de ensino
Cerca de 235 mil profissionais, entre professores, cordenadores e vice-diretores, optaram por entrar em greve a partir desta segunda-feira, por tempo
De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, a Apeosp, ainda não há um balanço do número de profissionais que estão parados, mas considera-se que a mobilização atingirá 6 milhões de alunos, do 1º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio.
A decisão pela paralisação foi tomada na última sexta-feira, em assembleia realizada na Praça da República, no centro da capital paulista. Desta segunda-feira até a próxima quarta-feira, os professores devem conversar com alunos e pais para explicar sobre a greve, segundo a Apeosp.
Na quinta-feira, estão previstos atos públicos em todo o Estado e, na sexta-feira, deve acontecer uma nova assembleia no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na avenida Paulista, para discutir os rumos da mobilização.
Reivindicações
Conforme a Apeosp, as principais reivindicações da categoria são: reajuste salarial imediato de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira justo e garantia de emprego.
A classe ainda protesta contra as avaliações de mérito e a municipalização do ensino, e pede a revogação das leis 1093, 1097, 1041 (lei das faltas).
O sindicato rebate ainda que, às vésperas da assembleia que optou pela greve, o governo do Estado anunciou incorporação da Gratificação por Atividade de Magistério (GAM) em três parcelas, a serem pagas em 2010, 2011 e 2012. “A proposta é uma afronta e um desrespeito”, diz a Apeosp, por meio de nota.
“Até 2012 o salário-base do PEB II em jornada de 24 horas, terá um acréscimo salarial de apenas R$ 6,47. Não queremos esmolas! Queremos reajuste salarial e a real valorização do Magistério”, afirma uma carta pública da categoria