Pesquisadores na Austrália descobriram que comer diariamente um pedaço de chocolate amargo ao longo de dez anos pode prevenir infartes e também reduzir "significativamente" os riscos em pacientes com problemas cardiovasculares.
O estudo, feito com pouco mais de dois mil australianos na Universidade Monash, em Melbourne, e publicado no "British Medical Journal", mostrou que o consumo de cem gramas de chocolate com percentuais de 70% ou mais de cacau é uma medida eficiente para reduzir possíveis problemas no coração.

Todos os modelos utilizados foram baseados nos fatores de risco clássico, variando desde pessoas com pressão alta, a colesterol alto e obesidade.
As projeções de mortes prováveis e outras ocorrências não-fatais tiveram uma notável diferença entre os que comeram o chocolate amargo e os que não comeram.
"Um dos chamarizes desse estudo é que é uma dieta alternativa que chama a atenção de muita gente", afirmou Chris Reid, um dos pesquisadores.
Chocolates com alto percentual de cacau contém antioxidantes chamados polifenóis, que ajudam a manter os vasos sanguíneos dilatados e, consequentemente, reduzem a pressão sanguínea e melhoram a circulação.
Outros alimentos que também contém os oxidantes são frutas coloridas, como maça, chá verde e mirtilo (ou blueberries, em inglês).
Mas especialistas alertam que o consumo excessivo de chocolate amargo pode levar a obesidade, fator que é um dos líderes nas causas de doenças cardiovasculares.
"Não estamos sugerindo que o grupo de alto risco use o chocolate amargo como sua única medida preventiva, mas sim com uma combinação de escolhas sensatas, como fazer exercício também", disse Reid.
Doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% de todas as mortes ao redor do mundo, de acordo com a Organização Internacional de Saúde.