O Carnaval, a festa mais popular do Brasil, é caracterizado por 4-5 dias de folia (em alguns estados como a Bahia a festa pode durar mais de uma semana), o que significa para muitas pessoas uma combinação de fatores que nada tem a ver com um estilo de vida saudável: atividade física e suor em excesso, alimentação inadequada, ingestão de bebidas alcoólicas e poucas horas de sono.
Para a maioria dos foliões, pessoas sedentárias que passaram boa parte do ano sem nenhuma prática de atividade física, os cuidados devem ser redobrados, pois a combinação desses fatores pode resultar em prejuízos para a saúde, além de dores musculares nos dias
seguintes.
Para curtir ao máximo o Carnaval e passar por esses dias de festa com muita energia, disposição e saúde, é fundamental cuidar da alimentação durante e depois da folia.
Na verdade, o consumo de uma alimentação equilibrada não requer muitos esforços ou mudanças bruscas do hábito alimentar. Uma dica simples que pode ser adotada por todas as pessoas é de optar por uma refeição bem diversificada, composta por frutas, legumes, verduras, carboidratos na forma integral (pães, arroz, aveia e outros cereais) e, preferencialmente, carnes brancas (peixes e aves). Procure montar pratos bem coloridos para garantir uma alimentação rica em vitaminas e minerais. Nesses dias devem-se evitar frituras e alimentos gordurosos.
Claro que o folião deve apostar em frutas e vegetais como componentes das refeições, porém, a perda de energia é maior durante a festa, portanto, dar um reforço nos carboidratos como macarrão, pão integral, arroz integral, mandioca e banana, ajuda a repor a energia necessária para pular os quatro dias. Um ponto importante a ser destacado é o de não se esquecer de fazer uma alimentação a cada quatro horas para evitar principalmente a hipoglicemia (queda da glicose sanguínea).
Mas, muito cuidado na escolha do local para se alimentar, pois as festas atraem um número elevado de ambulantes para vender alimentos e bebidas. A prudência é necessária, pois, alimentos que não são conservados de forma adequada podem causar intoxicação ou toxinfecção alimentar podendo acabar com a festa do folião e mandá-lo mais cedo para casa. Por isso a escolha do local onde será feita a refeição é imprescindível.
Outra opção é levar na bolsa frutas inteiras higienizadas, uma opção prática e que pode ser consumida em qualquer lugar. Levando em conta a praticidade também podemos escolher as barrinhas de cereais, biscoitos ricos em fibra ou frutas oleaginosas como castanhas-do-Pará, castanha-de-caju e nozes, que são boas opções de alimentos repositores. Além disso, esses últimos alimentos são fontes de gorduras monoinsaturadas que favorecem a redução do colesterol ruim – LDL e são também ricas em minerais como selênio, importantes antioxidantes, substâncias aliadas à prevenção da saúde dos indivíduos.
Um dos pontos mais importantes a serem observados é a hidratação. Portanto, o consumo de muito líquido (cerca de 2 litros) é extremamente importante. Isso pode ser conseguido simplesmente ingerindo bastante água, água de coco ou sucos naturais. Uma opção para hidratar e refrescar o Carnaval dos leitores é uma receita de suco de melancia com limão. Ela é simples e fácil.
Durante o Carnaval é muito comum as pessoas abusarem das bebidas alcoólicas. Para minimizar os sintomas da ressaca recomenda-se não beber de estômago vazio, intercalar a ingestão de água ou sucos com a bebida e fazer uma refeição leve antes de dormir. Deve se dar uma atenção especial ao consumo de bebidas energéticas, pois nem todas as pessoas podem consumi-las por causarem alguns efeitos colaterais como aceleração cardíaca, suor frio e mal-estar.
É importante, considerar que o consumo inadequado de álcool pode causar desnutrição primária, devido à substituição de outros nutrientes na dieta por causa do alto teor energético das bebidas alcoólicas. Por sua vez, pode produzir desnutrição secundária devido à má digestão ou a má absorção de nutrientes causada por complicações gastrointestinais associadas ao alcoolismo.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/, em 05/03/2011.