quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pesquisadores tentam desvendar os mistérios do esperma

O mito de que sexo é algo destinado somente à propagação da espécie é uma grande verdade.

A diferença é que nós, humanos, optamos pela fidelidade e pelo parceiro único assim como outros animais como coiotes, macacos gibão, águias carecas, algumas gaivotas, entre outros, mas aparentemente nosso corpo parece não saber disso. As pesquisas médicas mostram que no fundo ainda somos movidos à competição e que nosso organismo ainda entende que disputaremos a prole com outros machos, daí a necessidade de espermatozóides mais fortes e rápidos.



Veja abaixo descobertas fascinantes dos cientistas em relação ao esperma:

Fêmeas atraentes influenciam na produção do esperma
A Discovery News publicou esta semana que cientistas da Universidade de Oxford e da Escola Real de Veterinária, na Inglaterra, descobriram que o macho pode ajustar a produção e velocidade do esperma, alocando mais ou menos líquido seminal na relação e que isso é determinado pelo grau de atração que sente pela fêmea. Acontece que isso foi estudado em galos, mas como estes fazem parte dos considerados animais promíscuos (que tem a possibilidade de copular com várias fêmeas) e nós humanos nos colocamos nessa categoria, os pesquisadores acreditam que a regra também nos é válida.

Café acelera o esperma
Em 2003, cientistas brasileiros estudaram o esperma de 750 homens, separando-os em pessoas que nunca tomaram café até aqueles que não vivem sem a beberagem. A mobilidade e velocidade do espermatozóide era bem maior naqueles que tomavam a bebida em relação aos que a evitavam, embora os níveis de testosterona e hormônios estimuladores dos folículos fosse a mesma.

Maconha desacelera e reduz o esperma
Por outro lado, os consumidores de marijuana, além dos efeitos conhecidos no cérebro mostram uma produção reduzida de espermatozóides e também uma menor mobilidade. O THC contido na droga age sobre os receptores do esperma afetando sua formação.

Promiscuidade feminina afeta a velocidade do esperma
A pesquisa feita em 2007 com várias espécies de macacos, gorilas e humanos e conduzida pela Universidade da Califórnia, mostrou que quanto mais promíscuo for o ambiente do primata, ou seja, a fêmea se relaciona com muitos machos diferentes, mais rápido será a velocidade do esperma. No caso dos chipanzés e micos, que vivem em bandos e uma fêmea copula com quatro machos em uma hora, a velocidade média do esperma é de 0,7km/h (uma vez que a regra "o primeiro que chegar, ganha" é necessária). Já entre os gorilas onde um macho possui exclusivamente várias fêmeas, esse número é de 0,1 km/h. O que impressionou mesmo os cientistas é que no caso dos humanos, a velocidade e força do esperma ficaram entre o dos chipanzés e dos gorilas. Ou seja, talvez não sejamos tão fiéis e monogâmicos assim.

Pessoas inteligentes têm esperma melhor
Inteligência já havia sido relacionada com função cárdio-vascular, mas não contentes com isso, estudiosos do King´s College de Londres mostraram em 2008 que pessoas com QI elevado produzem espermatozóides de melhor qualidade, no objetivo inato de propagar sua linhagem. Mais do que dizer que homens inteligentes podem ter mais filhos, os pesquisadores reforçaram que inteligência é um fator determinante da seleção natural e que seguramente afeta a reprodução.

Consumo de soja freia o esperma
É sabido que cigarro, álcool e comidas gordurosas vão afetar o sabor e consistência do esperma, mas a tão consagrada soja, alimento importantíssimo e saudável, tem efeito reverso nos espermatozóides. Estudos de 2008 mostraram que homens que consomem diariamente no mínimo 115g ou 240 ml de soja, tem menor concentração de esperma que aqueles que não a comem. Os pesquisadores da Harvard School of Public Health constataram que o grupo consumidor possuía 41 milhões de espermatozóides por mililitro enquanto a média considerada normal é de 80 a 120 milhões. E a possível explicação para isso é que o estrogênio contido na soja.

Abuso de carne afeta esperma
Em 2007, médicos do Centro de Pesquisas da Universidade de Rochester mostraram que grávidas que consumiram muita carne bovina durante a gestação, tiveram filhos com uma contagem de esperma 25% abaixo do normal e com um risco três vezes maior para problemas de infertilidade. Os pesquisadores atribuíram o resultado ao uso de esteróides anabólicos usados para engordar o gado, mas alertaram que mais estudos devem ser conduzidos e que a pesquisa ainda era muito embrionária para recomendar o não-consumo de carne pelas gestantes. A líder do estudo afirmou, no entanto que o ideal é reduzir a carne na dieta ou trocá-la por bifes orgânicos.

Sexo diário deixa o esperma saudável
E a melhor notícia de todas vem da Austrália. O Dr David Greening, de Sidney, acompanhou 118 homens com danos estruturais em seus espermatozóides e verificou uma melhora substanciosa na qualidade quando eles passaram a ejacular uma vez ao dia, sete dias por semana. Apesar de a prática diminuir a quantidade diária, para os casais que tentam ter um filho é uma ótima saída transar todas as noites antes do período de ovulação para garantir um esperma mais forte e com maior capacidade de concepção.

Fonte: Claudio R S Pucci
http://vidaeestilo.terra.com.br/homem/interna/0,,OI3869044-EI14239,00-Pesquisadores+tentam+desvendar+os+misterios+do+esperma.html