segunda-feira, 30 de abril de 2012

Rihanna com seu novo videoclipe: Where Have You Been

 

 

 

 

 

A diva caribenha Rihanna, apostou no apelo dos fãs e escolheu Where Have You Been como single oficial, o aguardado videoclipe para a faixa foi oficialmente lançado e apresenta Rihanna em diversos looks e com diferentes propostas e bailarinos, do tipo “BOY MAGIA”.

Assista:

30/04 - Segunda feira - Não haverá expediente nesta Escola.

Playcenter investe R$ 4 milhões nas Últimas Noites do Terror, antes de fechar.

Neste sábado (28/04), o Playcenter (zona oeste de São Paulo) abre suas portas para as últimas Noites do Terror o parque encerra as atividades em 29 de julho, para dar lugar a um novo estabelecimento de entretenimento.

A expectativa é de que cerca de 500 mil pessoas visitem o local até o fim do evento,
Jason, Freddy Krueger, a menina do "Exorcista" e dezenas de personagens vão perambular pelo espaço à noite. Na celebração dos 30 anos do disco "Thriller", de Michael Jackson, o evento abriga "pocket show" com um sósia do cantor e vários zumbis. O parque investiu aproximadamente R$ 4 milhões neste último projeto de terror, que conta com 300 profissionais.

O parque abre aos sábados, domingos e feriados, das 12h às 21h. Os ingressos na bilheteria custam R$ 57. Com mais de 30 atrações, o Playcenter completaria 40 anos em 2013.

Playcenter abre suas portas para as últimas Noites do Terror e seus personagens horripilantes (foto) 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Jenifer Lopez acertou na fórmula eletrônica e ganha destaque nas baladas do mundo.

Jennifer Lopez acertou na fórmula eletrônica e novamente ganha destaque nos principais clubes pelo mundo.

Dance Again é seu novo single e com apenas três semanas do lançamento oficial, já agita as pistas.

Com a missão de rodar o mundo e suceder “On The Floor”, Dance Again conta com a participação de PitBull e RedOne, que também colaboram em “On The Floor”. O videoclipe para faixa, apesar de fraco, ganha popularidade no YOUTUBE com mais de 23 milhões de visualizações.

Confira o novo single de Jennifer Lopes, Dance Again:


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Neymar fala sobre sexo, dízimo e até suruba.


Neymar desmistifica festinhas de jogadores

Maior estrela do futebol nacional, Neymar deu uma entrevista reveladora no programa do SBT "De Frente com Gabi", que vai ao ar no próximo domingo (29).

O craque falou sobre a fama e o sucesso que conquistou rapidamente, "a ficha ainda não caiu". E usou como exemplo o dia em que passou apuros em um shopping de Santos. " Todo mundo veio em cima de mim e eu não conseguia sair da loja," revelou.

O atleta também falou sobre as festinhas cheias de mulheres promovidas pelos jogadores de futebol. "Suruba não é só jogador que faz", afirmou. "Aparecer, a situação aparece, mas nunca fiz", garantiu.

Neymar ainda explicou que apesar da bagunça que rola na concentração, não descuida dos cuidados com a beleza. "Eu depilo a perna inteira, com maquininha, na concentração mesmo", disse.

"Eu gosto de comprar roupas. Estou longe do Beckham. Ele é bonitão, eu não." Por fim, a joia santista revelou que continua pagando dízimo à igreja Batista.

Beyoncé: a mulher mais bonita do mundo.




quarta-feira, 25 de abril de 2012

Roterista de HQ diz que Batman é gay.

Batman é gay, revela roteirista

Aquilo que muitos já suspeitavam foi confirmado pelo roteirista das HQs do Batman há mais de 20 anos, Grant Morrison, durante uma entrevista à revista Playboy: “Batman é muito, muito gay.”

Segundo ele, a homossexualidade faz parte da personalidade do homem-morcego. “Não estou falando em gay num sentido pejorativo. É óbvio que enquanto personagem fictício ele é heterossexual, mas a base do conceito é absolutamente gay.”.

Esse seria o motivo pelo qual o personagem prefere Robin às diversas garotas que dão em cima dele. “E acho que é por isso que as pessoas gostam.


Todas as mulheres o querem e usam essas roupas provocantes, pulando de telhado em telhado para alcançá-lo. Mas ele não está nem aí: está mais interessado em sair com o parceiro”, explicou. E não é que faz sentido.
Batman tem dado o que falar ultimamente, principalmente depois de virar ajudante da polícia em Taubaté, Pastel no bairro paulistano do Tatuapé e quarto de motel em Taiwan.

Ah sim, além de tudo isso, o filme de Christopher Nolan (Amnésia) Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, o último de sua trilogia, estreia por aqui no dia 27 de julho de 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

domingo, 22 de abril de 2012

Unicamp e PUC-Campinas divulgam datas do vestibular 2013



Primeira fase da Unicamp será em 11 de novembro de 2012

e provas da PUC de 30 de novembro a 1 de dezembro deste ano também.


As inscrições deverão ser feitas entre 20 de agosto e 14 de setembro de 2012, exclusivamente pela internet, no site da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest): www.comvest.unicamp.br  

A primeira fase será em 11 de novembro deste ano; a segunda, em 13, 14 e 15 de janeiro de 2013; as provas de habilidades específicas de 21 a 24 de janeiro de 2013; e a divulgação da lista dos convocados da 1ª chamada em 4 de fevereiro de 2013.  


O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição vai de 23 de abril a 31 de maio de 2012. A solicitação deve ser feita pela internet, também pelo site da Comvest, e o candidato deve enviar a documentação necessária (descrita no edital), pelo correio, para a comissão até o dia 31 de maio. 

As isenções serão oferecidas para os interessados provenientes de família de baixa renda (líquida máxima de R$ 700 por morador do domicílio); para funcionários da Unicamp/Funcamp; e para os que se candidatarem aos cursos de Licenciatura em período noturno (Ciências Biológicas, Física, Letras, Licenciatura Integrada Química/Física, Matemática e Pedagogia). 

As provas serão realizadas de 30 de novembro a 1 de dezembro de 2012 e os resultados divulgados em 12 de dezembro. O período para as inscrições será oportunamente divulgado, informou a assessoria de imprensa da instituição. O site da universidade é o www.puc-campinas.edu.br 



Calendário Unificado


As datas foram definidas em reunião que ocorreu no dia 10 de abril, na sede da Fuvest em São Paulo, com representantes da Fuvest, Unicamp, Unesp, Unifesp, ITA, PUC - São Paulo e PUC- Campinas. 


A programação dos principais vestibulares de São Paulo foi estabelecida conjuntamente para permitir aos candidatos interessados a participarem de todos os processos seletivos.  

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Répteis e suas características


Por Carlos Roberto de Lana

Se houvesse um campeonato de popularidade entre os grupos animais, dificilmente os répteis seriam campeões. Nós, os mamíferos, temos uma certa aversão natural àquelas criaturas rastejantes e escamosas. Prova disso é o nosso relacionamento nada cordial com as serpentes, contra as quais muitas espécies são atavicamente prevenidas. Sem falar nas muitas mitologias que as associam ao mal em estado puro.


Os répteis também são freqüentemente apresentados como criaturas pouco evoluídas, com organismos e estruturas físicas inferiores às dos animais de sangue quente (mamíferos e aves) e dotados de cérebros pequenos e mal formados que os tornam ridiculamente estúpidos. Mas basta olharmos para aqueles animais com mais atenção e menos preconceito e descobriremos neles criaturas notáveis.

Répteis são criaturas respeitáveis


Afinal, se os humanos estão entre os caçulas da família de seres vivos do planeta, contando seu tempo na casa da centena de milhar de anos, os répteis já se banhavam ao sol antes de os grandes dinossauros dominarem o mundo e continuaram por aqui, com pouquíssimas mudanças, depois que eles se foram. Ou seja, os répteis protagonizaram uma história de sucesso evolutivo por centenas de milhões de anos, o que, por si só, já os faz merecer algum respeito.

Se as tartarugas e crocodilos de hoje são essencialmente os mesmos que dividiam o período Jurássico com os dinossauros é porque combinaram características vitais para a sobrevivência a longo prazo das espécies: grande adaptação ao seu ambiente e às mudanças, mesmo bruscas, que este ambiente sofre ao longo do tempo.

Ectotermia vs. endotermia

Os répteis são ectotérmicos, isto é, dependem do calor do ambiente externo para regular a sua temperatura corpórea, daí aquelas cenas conhecidas dos jacarés tomando banho de sol à beira dos rios do pantanal.

Ao contrário dos mamíferos e aves que são endotérmicos, ou seja, que utilizam o calor interno para manter a temperatura corpórea, as cobras, lagartos, tartarugas, crocodilos e demais parentes não possuem temperatura corporal constante.

É por conta disto que ursos, focas e pingüins podem suportar o frio das regiões polares onde nenhum réptil sobreviveria, uma vez que o metabolismo dos mamíferos e aves produz o calor necessário para mantê-los aquecidos.

A primeira vista, este seria um dos sinais da inferioridade biológica dos répteis, mas quando consideramos que um crocodilo adulto, após um período de alimentação abundante, pode passar até dois anos sem comer, vemos que a fisiologia deles não é tão fraca assim.

Harriet e Darwin


Como os répteis regulam sua temperatura corporal ao sol, não precisam consumir energia derivada de alimentos para manter o funcionamento de seus organismos. Sendo a luz solar gratuita e abundante, esta solução evolutiva mostrou-se muito eficiente.

E ainda deve-se levar em consideração o quesito da longevidade. Se os humanos com toda sua medicina e ciência alcançam em média períodos de vida em torno de 70 a 80 anos, é de causar inveja o fato de Harriet, uma tartaruga das Ilhas Galápagos que foi estudada por Charles Darwin, ter falecido recentemente na tenra idade de 176 anos.

Nem todos os répteis têm este tempo todo de vida disponível, mas crocodilos e outras espécies podem alcançar idades avançadas.

Existem quatro ordens de répteis:

  • Ordem Crocodilia - crocodilos, jacarés e gavial: 23 espécies

  • Ordem Rhynchocephalia - tuataras da Nova Zelândia: 2 espécies

  • Ordem Squamata - lagartos, camaleão e cobras: aproximadamente 7.600 espécies

  • Ordem Testudinata - tartarugas: aproximadamente 300 espécies


  • Os répteis estão sempre por aí, seja a tartaruguinha do aquário ou a lagartixa que sobe pela parede do terraço, cada um deles com sua função no equilíbrio ecológico. Mesmo as tão mal faladas serpentes são indispensáveis, uma vez que a população de roedores silvestres aumentaria sem controle sem a ação predadora das cobras.

    Ovíparos ou ovovivíparos

    Os répteis têm respiração pulmonar e um coração de três cavidades no qual o sangue arterial e o venoso se mistura, ao contrário do que acontece nos mamíferos e aves onde o sangue das artérias e das veias segue caminhos próprios pelo coração sem se misturar.

     

    A reprodução dos répteis é sexuada, ovípara quando as fêmeas põem ovos ou ovovivípara, quando os filhotes se desenvolvem em ovos dentro do corpo da mãe.

    O comportamento dos répteis com os filhotes varia conforme a espécie, desde as tartarugas marinhas que enterram seus ovos na areia e simplesmente os abandonam, até os crocodilos e pítons, que defendem ferozmente seus ninhos após o nascimento dos filhotes.

    As mamães crocodilo realizam um cuidadoso ritual de transportar os filhotes recém-nascidos cuidadosamente na boca até um trecho seguro do rio ou lago onde eles possam encontrar alimento e se desenvolver. Na maioria das vezes não adianta muito, pois a grande maioria dos filhotes de répteis não atinge a idade adulta.

    Longevidade e estupidez


    Os répteis são assim, capazes de realizar as proezas de sobreviver a extinções em massa, cumprir períodos de vida que atravessam séculos, passar anos sem alimento e ainda cuidar das crias com atenção e cuidado. Nada mal para seres tidos como pouco evoluídos.

    E aquela história de os répteis serem estúpidos?

    Bem, os cérebros e sistemas nervosos dos répteis de fato são mais simples, primitivos e proporcionalmente menores que o dos mamíferos. Mas é difícil crer que Harriet aceitasse renunciar aos seus quase duzentos anos de vida em troca de uma caixa craniana um pouco mais volumosa.

    terça-feira, 17 de abril de 2012

    Ingresso para show de Madonna na Capital SP vão de R$ 120 a R$ 800.


    Ingressos para show de Madonna na Capital vão de R$ 120 a R$ 800
    TIMOTHY A. CLARY/ AFP/ JC
    Há possibilidade de abrirem novas datas, dependendo da demanda por ingressos
    Há possibilidade de abrirem novas datas, dependendo da demanda por ingressos
    Os fãs da Madonna pagarão entre R$ 120 e R$ 800 para assisti-la no estádio Olímpico, em Porto Alegre, no dia 9 de dezembro deste ano, a partir das 19h30min. Foi o que informou a organização do evento durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (16).

    A pré-venda de ingressos para os clientes do cartão de crédito Ourocard começa no dia 24 de abril. Para o restante do público, no dia 26. Há três formas de adquirir os tíquetes: pelo site da Time For Fun (www.t4f.com.br), pelo telefone 4003-5588 ou nas bilheterias que serão instaladas no próprio estádio do Grêmio, na Avenida Azenha. Pela internet ou por telefone, será cobrada, ainda, taxa de telentrega.

    O presidente da Renner, José Galló, que é patrocinadora do evento, e da Time For Fun, Fernando Alterio, explicaram que o evento não tem relação com o encerramento das atividades do Olímpico, que será desativado no fim do ano. Galló disse que a Renner já havia tentado incluir Porto Alegre na rota da turnê de Madonna em 2008, sem sucesso. Ele acrescentou que a empresa se inspira no estilo de Madonna, uma mulher em constante renovação.

    Em Porto Alegre, 43 mil pessoas poderão assistir ao show. Em São Paulo (show no dia 4/12), 70 mil. No Rio (show no dia 1/12), 90 mil. Há possibilidade de abrirem novas datas, dependendo da demanda por ingressos. 

    Trabalhador terá de fazer curso para ganhar seguro-desemprego.



    MAELI PRADO, DE BRASÍLIA em 17/04/2012.

    O governo publicou hoje um decreto no "Diário Oficial da União" condicionando o recebimento do seguro-desemprego à matrícula em um curso de qualificação profissional nos casos em que o benefício é solicitado pela terceira vez em um prazo de 10 anos.

    O decreto ainda precisa ser regulamentado. O texto publicado hoje diz que o curso de qualificação precisa ser regulamentado pelo Ministério da Educação, terá carga horária mínima de 160 horas e será concedido através da Bolsa-Formação Trabalhador, no âmbito do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino 
    Tecnológico e Emprego).

    Se não houver um curso de formação profissional compatível com o perfil do trabalhador no município ou região metropolitana onde vive, o seguro-desemprego não será suspenso.

    QUEM TEM DIREITO

    Têm direito ao seguro os trabalhadores desempregados que tiverem sido demitidos sem justa causa.

    Aqueles que trabalharam com carteira assinada entre 6 e 11 meses nos últimos três anos têm direito de receber até três parcelas do seguro.

    Quem trabalhou de 12 a 23 meses no período pode receber até quatro parcelas.

    Já quem esteve empregado com registro por mais de 24 meses nos últimos três anos pode receber até cinco parcelas do seguro-desemprego.

    O valor do benefício varia de R$ 622 (o salário mínimo atual) a R$ 1.163,76, de acordo com a média salarial dos últimos salários anteriores à demissão.

    CONFIRA O VALOR DO BENEFÍCIO
    Média salarialValor da parcela
    até R$ 1.026,77Multiplica-se salário médio por 0.8 (80%)
    de R$ 1.026,78 a R$ 1.711,45O que exceder a R$ 1.026,77 multiplica-se por 0.5 (50%) e soma-se a R$ 821,42
    acima de R$ 1.711,45R$ 1.163,76 invariavelmente

    Neymar Dança no CQC.


    O jogador Neymar participou do programa “CQC” dessa segunda–feria (16). O garoto prodígio da Vila Belmiro ficou à vontade no programa: fez piadas, dançou e ganhou uma calopsita, pássaro com um topete que lembra seu estilo de cabelo moicano. As informações são do site do programa na Band.

    Neymar jogou basquete com Marco Luque e fez a coreografia do hit sertanejo "Eu quero Tchu, Eu quero Tcha" ao lado de Marcelo Tas, Marco Luque, Oscar Filho e Monica Iozzi.
    “Nesta semana, o Neymar poderia escolher todos os programas do Brasil e do mundo para participar. Eu achava que a gente tinha uma pequena chance e ele topou”, disse o líder dos homens de preto, Marcelo Tas, sobre a participação do jogador na semana de comemoração do centenário do Santos. Tas é santista.
    O jogador do Santos disse que adorou participar da atração. “Eu já os conhecia e foi um momento muito gostoso ter ficado na bancada com eles”, comentou.

    Reunião de Coordenadores

    domingo, 15 de abril de 2012

    Thor e Capitão América lutam contra aliens em novo vídeo de Os Vingadores

    Thor (Chris Hemsworth) e Capitão América (Chris Evans) (Reprodução

    Thor (Chris Hemsworth) e Capitão América (Chris Evans)
     
    O site Digital Spy divulgou um novo clipe do aguardado filme Os Vingadores.

    No vídeo, o Capitão América (Chris Evans) luta ao lado de Thor (Chris Hemsworth) contra inimigos alienígenas. Um pequeno trecho da sequência havia sido mostrada no último trailer oficial do longa.

    O filme, que estreia no Brasil em 27 de abril, mostrará a reunião dos principais heróis da Marvel. Os personagens são convocados por Nick Fury (Samuel L. Jackson), diretor da agência internacional de manutenção da lei S.H.I.E.L.D, para impedir Loki (Tom Hiddleston) de destruir o mundo.

    Além de Capitão América e Thor, a equipe de super-heróis conta, ainda, com o Homem de Ferro (Robert Downey Jr), o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), a Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo).

    Veja o novo clipe de Os Vingadores:
    http://bcove.me/7qj9x2z5

    Que feio!!! Madonna esquece de cuidar das unhas e dos seus pés....

    A cantora Madonna, 53, esqueceu de fazer as unhas do pé antes de ir ao lançamento de seu novo perfume, "Truth or Dare".

    Com um vestido preto que ressaltava sua silhueta enxuta para a idade, o que chamou a atenção mesmo dos fotógrafos foram as unhas do pés da cantora.

    O sapato tipo "peep toe" revelou o que parecia ser esmalte dourado desbotado em apenas uma das unhas - as outras simplesmente estavam sem cor alguma.

    O detalhe chamou a atenção dos paparazzi de plantão e acabou fazendo a imprensa americana, que não deixa barato, especular a respeito de uma possível micose.

    Veja detalhe do pé de Madonna no evento:

    Evan Agostini - 12.abr.12/Associated Press
     

    sábado, 14 de abril de 2012

    Artistas apoiam campanha a favor de casamento gay no Brasil

    Chico Buarque é um dos artistas que defende a campanha (Reprodução)
    Chico Buarque é um dos artistas que defende a campanha

    Deputados brasileiros irão trabalhar para conseguir a aprovação do casamento civil igualitário, iniciativa que contará com o apoio de artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque e Carlinhos Brown, entre outros, segundo o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ).

    De acordo com o parlamentar, membro da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, o objetivo é que casamento de casais homossexuais seja reconhecido com os mesmos efeitos civis e legais que as demais uniões.

    Com o slogan "Os mesmos direitos com os mesmos nomes", foi lançada uma campanha que busca o apoio de 171 políticos, para que seja aprovada no Congresso uma emenda constitucional nesse sentido.

    Até agora, segundo Wyllys, os promotores da campanha têm o apoio de 103 políticos, disse nesta sexta-feira o congressista em entrevista coletiva.

    "Quase 70 direitos são negados aos homossexuais, que representam 10% da população do país", afirmou o deputado.

    A campanha conta com o apoio de diversas celebridades, que gravaram um vídeo que já está disponível na internet.



    "O Supremo Tribunal Federal reconheceu a união estável dos homossexuais, mas isso não é um direito, porque o casamento precisa ir até a Justiça para conseguirmos isso. Somos considerados cidadãos de segunda categoria", declarou Wyllys.

    Para o deputado, o casamento é a única coisa que garante a igualdade dos direitos: "não queremos tirar direitos de ninguém, só levá-los a uma parcela da população que é esquecida".

    Fonte: http://virgula.uol.com.br, em 14/04/2012.

    Lady Gaga ocupa o 3 lugar na rede social

    A cantora, compositora e produtora musical Lady Gaga, que teve 30 milhões de álbuns e 50 milhões de singles vendidos no mundo, ocupa o 3º lugar, com 49,8 milhões de fãs em sua página na rede social

     

    sexta-feira, 13 de abril de 2012

    Neymar disse que não sabe o quanto ganha....

    O melhor jogador do futebol brasileiro é também o mais bem pago.

    Entre o salário que ganha do Santos e a remuneração por campanhas publicitárias, Neymar embolsa todo mês R$ 2,3 milhões. Mas, recém-saído da adolescência, o astro de 20 anos parece ignorar sua conta bancária.

    Ele é o principal jogador do Santos, que completa 100 anos amanhã, afirmou desconhecer quanto recebe para jogar.

    "Nem sei quanto que eu ganho, meu pai que cuida de tudo isso".

    A informação está na entrevista concedida a Adriano Wikson e Leonardo Lourenço, publicada nesta sexta-feira, no jornal Folha de São Paulo.

    Adriano Vizoni/Folhapress
    Neymar durante entrevista exclusiva no CT Rei Pelé
    Neymar durante entrevista exclusiva no CT Rei Pelé

    Neymar ainda declarou que "trabalha demais", criticou a imprensa e afirmou não ter ideia de sua importância.

    quinta-feira, 12 de abril de 2012

    Jacaré albino, na França.

    Charly Triballeau/AFPJacaré albino escancara a boca em parque zoológico de Beauvoir, na França.

    Outros dois jacarés albinos, um macho e uma fêmea, vieram dos EUA para o parque.

    Os três se juntarão aos 200 jacarés e crocodilos do local, que recriou um ambiente natural para eles, em uma estufa tropical.




    Charly Triballeau/AFP

    quarta-feira, 11 de abril de 2012

    Reunião de Coordenadores....

    Coordenador Pedagógico é...

    Por Carmen Guerreiro


    ..articulador escolar

    O coordenador pedagógico se consolida cada vez mais como formador, orientador de um trabalho coletivo e elo entre as pessoas, o projeto escolar e os conteúdos programáticos

    Escola Projeto Vida, em São Paulo: acompanhamento do plano de aulas do professor

    Reger a escola do século 21 não é uma tarefa para qualquer maestro. Numa época em que se rediscutem espaço, tempo, modo, sujeito e conteúdo da aprendizagem, a figura do coordenador pedagógico se destaca como articuladora e representante dessa nova forma de pensar a educação. O coordenador é hoje - ou poderia ser - o elo a unir projeto pedagógico da escola, conteúdo programático e as pessoas envolvidas no projeto - professores, gestores, pais e alunos. E, para ele, é impossível harmonizar esses três polos sem responder a grandes questões da educação atual: de quem é a responsabilidade pelo aprendizado dos alunos? Como trabalhar o conteúdo de um currículo fixo de maneira diferente em cada turma? Como quebrar a barreira das disciplinas? Como apoiar o professor e contribuir com a sua formação?

    Em meio a essas demandas, o cenário educacional contemporâneo introduz ingredientes que criam paradoxos para o exercício da função. Ao mesmo tempo que a cobrança social pela aprendizagem dos alunos, cada vez mais, recai de forma individualizada sobre o professor, ele é instado a trabalhar de forma interdisciplinar, em projetos conjuntos com as outras disciplinas e áreas de saber. No que tange ao currículo, há uma crescente defesa da constituição de um "mínimo múltiplo comum", sobretudo para algumas disciplinas do ensino médio, nas quais o aluno, caso mude de escola, está arriscado a estudar a mesma coisa nos três anos dessa etapa. Em paralelo, há uma grita pela manutenção das singularidades regionais - nem sempre justificada, pois muito do conhecimento com que a escola trabalha é universal.

    Em meio a pressões de todos os lados - dos docentes, gestores, alunos e familiares - quais seriam, então, as características que fariam do coordenador um profissional capacitado a desempenhar o papel de articulador?

    Um bom comunicador
    Para dar conta de tamanho desafio, o coordenador precisa ter a seu favor algumas características. "Não podemos definir um perfil exato para o coordenador, pois é possível praticar a coordenação pedagógica com estilos variados. No entanto, o cuidado com as relações interpessoais tem de ser um norte a ser perseguido. As características que definem um bom coordenador talvez sejam as mesmas que caracterizam um bom professor", aponta Renata Cunha, docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep).

    Independentemente de suas semelhanças com os professores, o coordenador deve ser alguém, segundo Nilda Alves, da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que saiba liderar sem perder de vista que está coordenando uma equipe em uma escola, e não em uma empresa, que tem dinâmica e foco diferentes. "E isso não significa ficar levando textos que conclamam o professor a trabalhar melhor, já que o professor está ali para cumprir o seu trabalho."

    Fernanda Liberali, pesquisadora da PUC-SP com mestrado e doutorado dedicados ao papel do coordenador pedagógico, complementa que, como líder, ele deve conquistar o respeito do colegiado. "Para isso, precisa estar informado, estudar sempre. Não precisa saber todo o conteúdo de todas as áreas, mas tem de ter conhecimento teórico sobre a prática pedagógica." Outra característica importante do perfil é saber o momento de ouvir e de falar. "É preciso ouvir o professor para ganhá-lo, fazê-lo revelar o quê e como pensa, como acha que determinada questão tem de ser tratada."

    Estabelecido esse canal de comunicação, fica mais fácil sugerir caminhos e propor reflexões acerca de convergências e divergências entre o que o professor tem em mente e o projeto pedagógico da escola. Essa relação de confiança é fundamental porque faz com que os professores se sintam à vontade para levar suas dificuldades e problemas para o coordenador, resume Fernanda.

    Como a interação com os professores está na base do trabalho do coordenador pedagógico, pesquisadores do tema usam a teoria das relações interpessoais, do pedagogo norte-americano Donald Schön, para tentar compreender as habilidades de comunicação que esse profissional precisa desenvolver. De acordo com Schön, autor de Educando o profissional reflexivo (Artmed, 2000, edição esgotada), a relação entre instrutor e aprendiz (interpretados por especialistas como coordenador e professor) pode ser um sucesso ou um fracasso dependendo de como a hierarquia, o poder e o controle transparecerem na comunicação. Ele descreve duas situações. Na primeira, o coordenador deixa claro o seu poder como superior na hierarquia em relação ao professor. O resultado é descrito por Tânia Romero em seu doutorado A interação coordenador e professor: um processo colaborativo? : "As pessoas não querem experimentar, correr riscos, revelar suas conjecturas ou hipóteses, preocupadas que estão em munir-se de certezas para rebater pontos de vista adversos. O resultado é que as condições para aprendizagem não são estabelecidas."

    O segundo modelo, focado no aprendizado mútuo, volta-se ao "entendimento, colaboração e questionamento das visões e interesses dos participantes envolvidos: um jogo de cartas na mesa, sem mistérios ou intenções ocultas". "Encoraja-se que sejam criadas condições para livre troca de informações, mesmo aquelas mais sensíveis e difíceis, que haja conscientização dos valores em jogo, bem como conscientização das limitações da própria capacidade, que haja comprometimento interno dos participantes quanto às decisões tomadas, comprometimento este baseado em satisfação intrínseca em vez de recompensa ou punição externa. O clima de confiança mútua que se estabelece (...) propicia um relacionamento colaborativo favorável a oportunidades de reflexão", escreve Tânia.

    Espaço coletivo
    O segundo modelo representa o canal aberto de comunicação para um trabalho coletivo, não hierarquizado. Para que essa proposta possa ser colocada em prática, Schön diz que o professor deve defender suas posições sem deixar de questionar e ouvir a crença dos colegas, justificar como chegou a seu ponto de vista, debatê-lo e, caso se sinta em meio a um problema ou dilema, expressar isso publicamente.

    Todo o trabalho do coordenador, portanto, só é possível a partir de um espaço coletivo de debate com os professores. Só a partir dessa interação a figura do coordenador pode exercer a sua principal função, a de formador que promove a reflexão contínua junto aos professores sobre a prática pedagógica. Por isso é importante para os coordenadores compreender que a construção de conhecimento junto aos professores não acontece porque o coordenador ensina o professor como ensinar, e sim porque existe o intercâmbio entre eles. Essa ideia, advinda das teorias do psicólogo russo Lev Vigotski, tomada como base para entender as relações de aprendizagem dentro da escola, é hoje utilizada no estudo do papel do coordenador.

    O dia a dia do coordenador
    E na prática, o que faz essa figura dentro da escola? Renata Cunha, da Unimep, defende em seu artigo O coordenador pedagógico e suas crenças que um dos desafios é o de articular teoria e prática: "O saber e o fazer reflexivo precisam estar contextualizados, uma vez que a transformação da realidade educacional decorre do confronto entre teoria e prática. Nesse sentido, questiona-se quem seria o profissional responsável por mediar o coletivo docente e articular os momentos de formação. O coordenador pedagógico passa a ser considerado o interlocutor da formação docente na medida em que proporciona a reflexão sobre a prática e a superação das contradições entre o pensar e o agir", avalia.

    Renata descreve o coordenador como mediador na escola, aquele que deve promover o diálogo entre gestão, professores, pais e alunos. E enumera algumas de suas atribuições: promover oportunidade de trabalho coletivo para construção permanente da prática docente e revisão do projeto político-pedagógico; acompanhar e avaliar o ensino e o processo de aprendizagem, bem como os resultados do desempenho dos alunos junto aos professores; assumir o trabalho de formação continuada e garantir situações de estudo e de reflexão sobre a prática pedagógica e aprofundamento das teorias da educação; auxiliar o professor na organização de sua rotina de trabalho; colaborar com o professor na organização de seleção de materiais adequados às diferentes situações de ensino e de aprendizagem; apoiar os estudantes e orientar as famílias, entre outras.

    Na escola Projeto Vida, na zona norte paulistana, uma das coordenadoras do ensino fundamental 1, Sônia Favaretto, explica como essas funções se traduzem no cotidiano. Ela auxilia, por exemplo, os professores na elaboração de um plano de aulas, incluindo a busca de referências bibliográficas e instrumentos de avaliação. "Além disso, é preciso acompanhar esse plano - pautas de observação em sala devem ser combinadas previamente com os professores, assim como é possível a análise de vídeos com intenção formativa", explica. Uma das práticas de formação da escola é estudar coletivamente um registro de aula feito pelo professor. O coordenador (e em alguns momentos os próprios colegas) lê, formula perguntas, assinala aspectos relevantes e aponta o que falta para que a prática converse com a teoria, buscando fundamentar as atividades propostas. Outra técnica utilizada é a de oferecer um modelo de referência para o professor, pedindo que observe outros colegas dando aula.

    Fernanda Liberali, que realiza trabalho de formação de coordenadores em escolas das redes pública e particular de São Paulo, sugere também que a equipe promova simulações de aula - para, por exemplo, aprender a trabalhar com um material novo - , ou que realize fóruns de discussão on-line para debater questões do cotidiano. "Dou muitos cursos sobre como sentar com o professor e discutir uma aula que não tem nada que ver com a proposta da escola, como conversar sobre isso, como ensinar o docente a ver se o realizado bate com o planejado, como o resultado do aluno reflete o planejamento, e como formar com foco em teorias de aprendizagem e linguagem. Às vezes o coordenador sabe disso na prática, mas não sabe explicar e trabalhar isso junto ao professor", afirma.

    Sem receita
    Existem experiências positivas e negativas, mas não há uma receita para o trabalho da coordenação pedagógica que garanta o sucesso do trabalho. Não é recomendável padronizar métodos e técnicas didáticas para serem usados entre coordenadores e professores, assim como é difícil crer que alunos aprendem e atribuem significado aos conteúdos da mesma forma.

    Os repertórios cultural, teórico e de vivências dos docentes devem sempre ser levados em consideração. "Cada professor tem uma trajetória de formação, determinadas preferências, limitações, estilo de comunicação, postura em relação às diversas situações do cotidiano da escola. O coordenador precisa ser sensível às características de cada professor e ajudá-lo a refletir", explica Renata.

    A função do coordenador pedagógico tem se consolidado, mas os próprios coordenadores muitas vezes não sabem qual é sua função. É o que diz a pesquisa O papel do coordenador pedagógico (2010), da Fundação Victor Civita, que revela que apenas 9% dos coordenadores entrevistados acreditam que faz parte do seu trabalho realizar um planejamento pedagógico e buscar melhorias para o ensino, aprendizagem e dificuldades dos alunos. Além disso, apenas 60% promovem reuniões com docentes.

    Para Neurilene Ribeiro, coordenadora pedagógica regional do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa, ONG que atua em 30 municípios baianos, a diferença entre um coordenador que sabe quais devem ser suas atividades e outro que não sabe com clareza é o comprometimento da escola com o projeto político-pedagógico. Uma escola que tem como objetivo sustentar uma prática pedagógica inovadora deve voltar a coordenação para sua real função, que é a da formação continuada.

    "O coordenador deve passar menos tempo produzindo papéis e mais se dedicando ao triângulo professor, aluno e aprendizagem. Se o projeto político pedagógico é mais frágil, o cotidiano do coordenador é menos planejado e se dissolve em resolver problemas do dia a dia", alerta. Dessa forma, a atuação do coordenador tende a ser pontual e descontínua, com pouca sustentação educacional.

    Ou seja, ao que parece, existem duas vertentes possíveis para que o trabalho do coordenador se estabeleça: uma é a do "faz-tudo" ou "apaga fogo", caracterizada pelo improviso e pela carência de reflexão educacional; a outra é voltada à formação docente e à construção de um projeto político-pedagógico com planejamento estratégico.

    A formação do professor na escola
    A formação continuada de professores deve acontecer em vários níveis, não apenas na escola, como defende Renata. Como acontece com profissionais de outras áreas, também os docentes se beneficiam com o alargamento de seu repertório cultural. É importante, também, que o professor se mantenha atualizado e informado inclusive para que os encontros de formação dentro da escola sejam mais produtivos, com mais possibilidade de troca de experiências e conhecimento. "A formação continuada que acontece na escola deve centrar-se naquela realidade e nas necessidades do grupo de professores. É uma formação compartilhada, centrada nas experiências e dilemas enfrentados pelos professores empenhados na superação das dificuldades identificadas", observa Renata, diferenciando a formação continuada na escola daquela feita individualmente.

    Sônia Penin, do Departamento de Metodologia de Ensino e Educação Comparada da Faculdade de Educação da USP, observa que a formação dentro da escola é essencial, porque é o único espaço de contextualização do trabalho dos professores. Fora da escola, os problemas são mais genéricos e não fazem parte daquele universo específico. "O coordenador vai focar a formação em uma situação única: naquela escola, naqueles alunos, naqueles índices, naquele cotidiano vivido pela equipe e que deve ser problematizado", pontua. A existência de processos de formação continuada individual é fundamental para que a formação seja potencializada, complementando o processo.

    Saiba mais
    • Formação crítica de educadores: questões fundamentais , de Fernanda Coelho Liberali (Editora Pontes, 97 págs., R$ 25)
    • Educando o profissional reflexivo , de Donald Schön (Editora Artmed, esgotado)
    • O coordenador pedagógico e o espaço da mudança , de Laurinda Ramalho Almeida e Vera Placco (Loyola, 2005)
    • Formação de professores: pensar e fazer , de Nilda Alves (Cortez, 2006)
    • Formação do professor como um profissional crítico , de Maria Cecilia C. Magalhães (Mercado de Letras, 2004)
    • O coordenador pedagógico e a formação docente , de Eliane Bambini Gorgueira Bruno (Loyola, 2008)
    • Formação e prática do educador e do orientador: confrontos e questionamentos , de Vera Placco (Papirus, 1994)
    • O coordenador pedagógico e o cotidiano da escola , de Laurinda Ramalho Almeida e Vera Placco (Orgs.) (Loyola, 2003)
    • O coordenador pedagógico e a educação continuada , de Laurinda Almeida e outros (Loyola, 1998)

    terça-feira, 10 de abril de 2012

    Hoje nas Escolas Estaduais..... com aulas normalmente.


    Onde todos participam, Comunidade Escolar, Professores,
    funcionários e APM visando na melhoria da Unidade Escolar.

    Sua participação é de grande importância!!!!

    segunda-feira, 9 de abril de 2012

    A busca pelo currículo

    Por Carmen Guerreiro

     

     

    Com as diretrizes curriculares já consolidadas, governo se prepara para discutir as (controversas) expectativas de aprendizagem ao longo de 2012 e formatar um documento básico para o país

    Imaginemos uma sala de aula em um dos rincões do Brasil. Um professor reproduz um trecho de seu livro didático na lousa. Em seguida, instrui os alunos a copiarem o trecho, que, juntamente com um pacote de exercícios, será cobrado em uma avaliação futura. Em outro canto do país, outro educador estuda as matrizes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e elabora um trabalho de leitura com sua classe baseado em compreensão e interpretação de um artigo de jornal. Em uma cidade sabe-se lá quão distante, um estudante se envolve em um grupo fora da escola para criar um aplicativo para tablet.
    Esses três casos hipotéticos, porém recorrentemente observados (quanto mais próximo da primeira história, mais comum), retratam as três formas de classificar a aprendizagem de acordo com a concepção do antropólogo britânico Gregory Bateson e a análise do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. A primária é um nível básico focado na transmissão de conhecimentos específicos aos alunos. A segunda consiste em fornecer instrumentos aos jovens para que eles possam aprender a aprender, não apenas dentro da escola, mas em todas as esferas de suas vidas. A aprendizagem terciária, mais complexa, consistiria em produzir um novo conhecimento a partir da habilidade de aprender a aprender. "Os velhos padrões de desenvolvimento e de estudos do currículo são inadequados para a nova sociedade de riscos, instabilidades e rápidas mudanças na qual vivemos, pois ainda estão presos à aprendizagem primária e prescritiva", conclui o britânico Ivor Goodson, professor da Universidade de Brighton, que também estuda o assunto.
    Em outras palavras, no mundo totalmente interligado pela tecnologia e internet, em que as transformações são constantes, os jovens precisam de uma educação que ensine os conteúdos consagrados ao longo dos séculos, sim, mas também que proporcione ferramentas para que eles não apenas aprendam a buscar novos conhecimentos no mundo ao seu redor, mas produzam saberes que a sociedade de hoje ainda não conhece, e que, portanto, não podem ser ensinados. É nesse cenário que o Ministério da Educação (MEC) se prepara, em 2012, para decidir, junto às mais diversas esferas da educação brasileira, que tipo de currículo nacional quer para o país. Nesse debate, os tipos de aprendizagem descritos por Bateson e analisados por Bauman e Goodson refletem as diversas discussões em torno do novo currículo básico: desde o nível de prescrição do documento brasileiro, passando pela questão da autonomia docente, escolar e das redes, até a forma como as chamadas competências e habilidades (o "aprender a aprender" e o "aprender para produzir", ditas as aprendizagens secundárias e terciárias) serão alinhadas ao conteúdo programático.
    Um novo documento

    Entre dezembro de 2009 e maio de 2011, o Conselho Nacional de Educação (CNE) elaborou as diretrizes curriculares atualizadas para todas as etapas da Educação Básica, da educação infantil ao ensino médio. Essas diretrizes, conforme explica Cesar Callegari, à frente do CNE até fevereiro e hoje secretário da Educação Básica, são orientações gerais para que as escolas, redes e sistemas de ensino elaborem os seus currículos (leia texto sobre as novas diretrizes abaixo). Concluídas e homologadas pelo MEC com o objetivo de atualizar a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de 1997, as novas diretrizes serão complementadas com o que foi denominado de "expectativas de aprendizagem", uma relação de conhecimentos que os jovens deverão saber após o encerramento de cada série ou ciclo junto às condições necessárias para que essa aprendizagem aconteça.
    Essas expectativas, que foram abertas para debate e consulta pública no início do ano (a previsão é de que esse processo termine no final de 2012), são "atos normativos que necessariamente deverão ser observados pelas escolas, redes e sistemas de ensino na elaboração de seus currículos e projetos pedagógicos", explica Callegari. Isso é algo inédito no Brasil, pois nenhum documento curricular no passado foi compulsório (a exemplo dos PCNs, que não eram obrigatórios) ao mesmo tempo que descreveu com mais minúcia o que era esperado do aprendizado dos alunos (como a LDB, que é mais genérica).
    A obrigatoriedade vem da preocupação do MEC de garantir que todas as crianças e jovens tenham os mesmos direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento - ou seja, todos os alunos devem finalizar cada ano de escolarização com conhecimentos básicos e comuns a todos, em qualquer ponto do país. O desafio, no entanto, é chegar a expectativas de aprendizagem que cumpram esse objetivo sem ferir a diversidade e o contexto regionais e a autonomia de professores, escolas e redes.
    "Nada de prescrições que sufoquem o processo criativo de professores e alunos, tampouco que ignorem a diversidade de condições em que a educação se realiza no Brasil. Os percursos e recursos educativos são necessariamente diversos, mas as crianças e jovens brasileiros têm direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento iguais, independentemente de sua condição social", afirma o secretário, salientando que definir expectativas de aprendizagem nacionais não significa que todos estarão estudando o mesmo conteúdo ao mesmo tempo, mas que existem conteúdos básicos que todos devem compartilhar. "Crianças e jovens não são maquininhas a serem programadas, mas eles têm o direito de chegar ao mesmo ponto, de atingir os mesmos objetivos independentemente de sua condição econômica e social". É importante frisar também que, segundo Callegari, não se adotará um "currículo mínimo", ou "único", justamente para escapar dessa concepção de ensino engessado. "Devemos chamar de currículo básico, porque é para partir daquele ponto para mais. Significa que todas as crianças têm de ter condições de lidar com esses conteúdos, e não que existe um mínimo que elas devem saber", detalha Cleuza Repulho, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
    Diversos conceitos

    Mas o que são, afinal, expectativas de aprendizagem? Em termos óbvios, é o que se espera que todos os alunos aprendam ao concluírem uma série e um nível de ensino. Enquanto as diretrizes curriculares são mais amplas e genéricas, as expectativas chegam para complementá-las com recomendações explícitas sobre conhecimentos que precisam ser abordados em cada disciplina, sem, no entanto, fazer uma listagem de conteúdos, competências e habilidades. Maria do Pilar Lacerda, que conduzia a secretaria de Educação Básica até fevereiro, definiu em um fórum da Undime que as expectativas são "marcos desse percurso formativo em relação às áreas de conhecimento apontadas na LDB como base comum nacional", e também "esclarecem as condições concretas para que as aprendizagens esperadas possam acontecer". Apesar das definições, ninguém sabe dizer ao certo como as expectativas se configurarão na prática - segundo os entrevistados ouvidos pela reportagem, essa discussão será realizada ao longo de 2012.
    De qualquer maneira, a própria adoção do termo não é consensual. De um lado do debate, Priscila Cruz, diretora executiva do Todos pela Educação, diz que esse foi o termo criado para definir os objetivos do currículo nacional que encontrou menos resistência. "Existe um trilhão de teorias sobre currículo, e como a palavra 'currículo' é carregada de simbolismo e conceitos na educação, quando começamos a falar de expectativas de aprendizagem uma parte da resistência deu uma aliviada, mas é a mesma coisa", coloca.
    De outro lado, pesquisadores da educação se incomodam com a confusão de conceitos e palavras, mas entendem o que significam essas expectativas e respondem negativamente a elas, alegando que acabam excluindo uma parcela dos jovens que não consegue atingi-las. "Considero essas expectativas de aprendizagem um retrocesso. Não há novidade nelas, é uma nova retórica dos objetivos dos currículos nacionais, na qual são descartados os termos da pesquisa acadêmica", critica Dalila Oliveira, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), entidade envolvida diretamente na discussão das novas diretrizes curriculares nacionais.
    Para ela, definir prescritivamente o que cada aluno deve saber em cada período significa querer quantificar algo que não pode ser mensurado objetivamente. "O problema é que nossos alunos mais carentes e necessitados são aqueles que têm a maior dificuldade para responder a essas expectativas", afirma. Ela acredita, ainda, que a intenção das expectativas seja nobre, na prática vão acabar se tornando instrumentos de controle para determinar quem pode prosseguir nos estudos e quem não pode.
    Elizabeth Macedo, pesquisadora especializada em currículo e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), vai além. Para ela, as expectativas de aprendizagem, como estão colocadas hoje, estão esvaziadas de sentido, porque não existe um trabalho estruturado para atingi-las e por isso elas ficam como "deuses no Olimpo", idealizadas, irreais - e, por isso, inalcançáveis. "Precisamos fazer um trabalho para entender aquilo que estou produzindo em termos de resultado e ver como consigo trabalhar em cima desses resultados. Não adianta ter expectativas que não condigam com esse processo. Claro que quando estou produzindo aquilo tenho expectativas, mas não estão postas para serem atingidas, estão sendo negociadas o tempo todo", analisa.
    Mais divergências

    E como o termo "expectativa de aprendizagem" se une aos conceitos igualmente polêmicos de "competências e habilidades"? Em primeiro lugar, como esclareceu Maria do Pilar, as expectativas não são uma listagem de conteúdos, mas um grupo de orientações para auxiliar o planejamento do professor, que incluem também materiais adequados, tempo de trabalho, condições necessárias para colocá-lo na prática. Apesar de a expectativa não ser sinônimo do conteúdo em si, ela explicita o que se espera que os alunos aprendam, logo, eles podem aprender tanto conteúdos como competências e habilidades. A questão é que, como atualmente as expectativas ainda estão indefinidas, não se sabe como elas irão explicitar os conteúdos ou relacioná-los às competências e habilidades.
    Priscila, do Todos pela Educação, afirma que embora cada um tenha uma concepção muito particular sobre o significado de cada termo, no entendimento de quem trabalha com avaliações, como o Enem, as competências englobam as habilidades, que por sua vez são um guarda-chuva dos conteúdos. "Existe, por exemplo, a competência leitora. Dentro disso, uma possível habilidade é saber extrair uma informação implícita de um texto. O conteúdo é uma parcela da habilidade, é mais operacional; seria como encontrar o sujeito e o predicado em uma frase do texto. O conhecimento é algo que o aluno precisa ter para poder usar o conteúdo", exemplifica. Para ela, as expectativas de aprendizagem estão mais próximas das habilidades nesse sentido, porque se espera não apenas que o jovem saiba que em uma frase existe sujeito e predicado, por exemplo, mas saiba usar isso no entendimento de um texto como um todo.
    Se existe uma falta de definição de como se espera que os professores trabalhem com essas competências e habilidades dentro do currículo, o problema na sala de aula é muito pior. Na reportagem "Modelo a construir", publicada na edição 173 de Educação, fica claro que os educadores lutam para entender como trabalhar competências e habilidades em determinados conteúdos. E mais: a experiência mostra que quando as diretrizes curriculares são genéricas quanto à aplicação de tais conceitos, como era o caso dos PCNs, os professores voltam-se para livros didáticos, sistemas apostilados e a matriz dos sistemas de avaliação, buscando uma fórmula pronta para aplicação.
    Na Austrália, país que enfrentou dificuldade semelhante, a reforma curricular incluiu prescrever uma tabela de conteúdos e, ao lado daqueles que abriam portas para trabalhar capacidades, adicionar um ícone de "competência pessoal e social" ou "pensamento crítico e criativo". Não há certo ou errado, mas existe uma questão: qual seria a solução brasileira para tornar as competências e habilidades mais acessíveis ao professor, e não apenas conceitos idealizados mas inócuos na prática?
    A principal solução apontada pelos especialistas para que os docentes possam fazer essa ponte com mais naturalidade estaria na melhoria da formação inicial e continuada. Para a pesquisadora Elizabeth, os professores ensinam no dia a dia competências básicas, enquanto as avaliações pedem competências complexas e articulação de conceitos, criando um abismo entre a competência desenvolvida pelo aluno na escola e aquela exigida nos exames nacionais.
    Segundo Heleno Araújo, secretário nacional de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), não é apenas uma mudança nas diretrizes ou a construção de expectativas de aprendizagem que irão transformar a educação no país. "Precisa-se de uma ação concomitante que ataque a raiz do problema, ou seja, devemos atacar a questão da política inicial de formação de professores", aponta. Ele observa que fenômenos como o crescimento de cursos de pedagogia de educação a distância e a multiplicação de universidades privadas sem compromisso com a qualidade do ensino contribuem para a discrepância entre o que o educador aprende na faculdade e a realidade que enfrenta na sala de aula. Esse hiato entre o que é esperado dos alunos e as frágeis estruturas da educação, que refletem o que acontece na prática das salas de aula, é a base das críticas às expectativas de aprendizagem.
    Prescrição e autonomia

    Com as expectativas de aprendizagem sob os holofotes vem à tona um debate ainda mais polêmico: qual deve ser a medida ideal de prescrição do documento nacional? Um currículo dito prescritivo é aquele que define boa parte dos conteúdos que serão abordados durante cada ano letivo. Se, por um lado, ele é defendido por orientar detalhadamente o trabalho do professor, criando um padrão de qualidade, por outro, as críticas a esse modelo são duras justamente porque defendem que ele não deixa espaço ou liberdade para que os professores trabalhem.
    E mais: especialistas questionam a própria escolha dos conteúdos inseridos em um currículo prescritivo. Por que alguns conteúdos são considerados mais relevantes do que outros? Todas as regiões de um país com proporções continentais, como o Brasil, têm as mesmas realidades na sala de aula? Ou o contrário: não há mesmo conteúdos comuns a todos? Segundo Callegari, a intenção é que as expectativas contemplem, em primeiro lugar, saberes que deverão ser comuns a todas as escolas, para garantir a equidade. Além disso, elas deixarão outra parte (minoritária) dos conteúdos em aberto, para que cada escola e rede trabalhem o que acreditam ser relevante para o seu contexto. A autonomia dos professores fica preservada também na medida em que a forma como os conteúdos devem ser aplicados não é explicitada.
    Os dois lados
    Para Afonso Scocuglia, professor da Universidade Federal da Paraíba e representante do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), essa configuração é adequada. Ele defende o balanço de 70% comum e 30% à disposição dos estados e municípios. "Esse currículo único precisa ter objetivos e garantir certas coisas para ter equiparação do nível de ensino nas diferentes escolas", argumenta.
    Mas há quem enxergue problemas com as diretrizes curriculares já aprovadas, que servirão de base à elaboração das expectativas. Para o Todos pela Educação, o tom é o mesmo dos documentos anteriores: genérico. "O currículo tem a necessidade de ser nacional porque assim se torna mais importante, porque precisamos integrar as políticas para garantir que o aluno aprenda", entende Priscila Cruz. "Ele tem de dar conta para orientar a formação inicial, continuada, o material didático. Por isso não há espaço para ser generalista como os PCNs, tem de ser mais programático e deixar claro o que cada aluno tem de aprender em cada série. Mas a forma de conduzir isso cabe a cada professor." Ela comenta que vê uma forte resistência em relação a um currículo nacional e não concorda com isso, porque o que vai ser desenvolvido na escola nunca é 100% do currículo. "Sempre há um espaço muito grande para o mais, para o diferente, para o que é específico da escola."
    Do outro lado do debate, o CNTE e os teóricos da educação em geral se colocam contra uma solução prescritiva, ainda que o modelo brasileiro seja só parcialmente dessa forma. A professora Elizabeth Macedo volta à teoria dos três níveis de aprendizado do início do texto para defender que o mal da prescrição está no fato de que só se pode prescrever aquilo que conhecemos hoje, não se pode prescrever essa possibilidade de criar algo novo que ainda não se sabe o que é. E esse tipo de autonomia transcende aquela da simples aplicação do conteúdo previsto. Segundo ela, o currículo prescritivo bem aplicado e avaliado pode até ter bons resultados, mas o seu sucesso está em ensinar aqueles conteúdos que foram prescritos e, para ela, educar é mais do que isso. "Se eu quero ensinar determinadas coisas que eu já sei quais são, talvez o prescritivo não seja problemático", diz. Em relação às novas diretrizes e às discussões sobre as expectativas de aprendizagem, Elizabeth acha que eles de certa forma ignoram que cada professor e aluno têm uma realidade, uma história de vida e um conjunto de experiências que são os principais ingredientes que ditarão como será o processo de aprendizagem, e não o conteúdo recomendado.
    Enquanto isso, na sala de aula...A favor ou contra as novas diretrizes curriculares, o fato é que sem uma definição nacional cada professor usa um documento norteador diferente para basear suas aulas. E se o objetivo nacional é a equidade de aprendizagem, essa não é a melhor rota a tomar. Elizabeth explica que professores de redes que possuem um currículo próprio em geral se apoiam em outros guias curriculares, especialmente em livros didáticos. Já quem não pode contar com um documento produzido por secretarias de Educação, em geral se orienta pela LDB e pelos PCNs.
    Cristiano EstrelaUm fenômeno crescente em todas as escolas é a utilização das avaliações nacionais, como a Prova Brasil e o Enem, para extrair delas conteúdos a serem trabalhados. "Usar os resultados das avaliações para influenciar o que ensinar nas escolas é péssimo, é o pior dos mundos, porque são os exames que devem ser orientados pelos currículos, e não o contrário", alerta Dalila Oliveira, da Anped. Cesar Callegari, do MEC, concorda plenamente. "Atualmente vivemos uma inversão inaceitável: provas externas estão determinando o currículo, quando deveriam apenas fornecer indicadores sobre o seu desenvolvimento. Precisamos enfrentar essa distorção", afirma. Esse enfrentamento pode ser feito com as novas diretrizes, segundo Scocuglia, do Consed. Ele acredita que a pluralidade de documentos usados como guias curriculares por um lado traz uma riqueza, mas por outro, mais sério, causa a pulverização de visões. "O currículo nacional vai tentar não castrar isso, mas garantir que, apesar de visões diferentes, seja possível garantir a aprendizagem em qualquer escola. Mas você percebe que isso é mais fácil de falar do que de fazer."
    Porto Alegre: modelo misto
    Na década de 90, a rede municipal de Porto Alegre (RS) criou a Escola Cidadã, uma proposta curricular para o ensino fundamental com seus alicerces na gestão democrática. As diretrizes foram feitas em conjunto por mais de 500 representantes da comunidade escolar de todas as unidades de ensino. O grupo criou metas de aprendizagem que deveriam ser alcançadas por todos os alunos até 2000, mas mudou as regras do jogo: dividiu o ensino fundamental em três ciclos - infância, pré-adolescência e adolescência - de três anos cada para respeitar o tempo de aprendizagem dos alunos, aboliu a reprovação e organizou o currículo em torno de competências e habilidades. Cada escola ficou responsável por criar seu próprio currículo, orientado pela rede. Houve prescrição, mas também espaço para a autonomia das escolas. O programa terminou em 2000.
    Alex Almeida/ Folhapress

    São Paulo: prescrição
    O modelo de currículo adotado pela secretaria estadual de São Paulo em 2008 traz um elevado nível de prescrição: o documento é claro e objetivo, sintetizando em tabelas o que os alunos devem saber em termos de conteúdo em cada disciplina de cada série. Os conteúdos são relacionados a uma série de habilidades esperadas que o aluno desenvolva no fim do período, que são vinculadas a atividades correspondentes que os professores devem realizar em sala de aula. Por exemplo: no conteúdo "grandezas e medidas", da matemática da 1ª série do ciclo I, é esperado que o aluno aprenda a identificar unidades de tempo, a utilizar calendários e a comparar grandezas da mesma natureza, e isso pode ser realizado através de uma série de atividades propostas, como elaborar um livro de receitas e observar embalagens de produtos.

    Maria Tereza Correia/EM/D.A Press
    Belo Horizonte: autonomia
    Sem metas, reprovações ou boletins, esse modelo de currículo foi implementado no ensino fundamental de Belo Horizonte (MG) em 1995 e durou 15 anos. As notas eram baseadas em conceitos, no comportamento e no desenvolvimento apresentado pelo aluno em sala de aula, e os alunos eram agrupados por idade e área de interesse. O currículo era desvinculado da prescrição de conteúdos, mas estimulava fortemente o trabalho das competências e habilidades dos jovens. Problemas em sua aplicação e forte resistência impediram a Escola Plural de funcionar como o planejado e a levaram ao fracasso, sendo substituída por novas diretrizes curriculares focadas em metas e em gerar bons resultados nas avaliações nacionais.
    15 anos depois, novo currículo

    Diretrizes curriculares começaram a ser divulgadas em 2009
    Em dezembro de 2009, foram fixadas as novas diretrizes para a educação infantil. Seguiram-se a isso, em julho de 2010, as diretrizes para a Educação Básica e, em dezembro do mesmo ano, para o ensino fundamental. Por último, em maio de 2011, ficaram prontas as diretrizes curriculares para o ensino médio. Com isso, a educação brasileira de fato entrou no século 21, pois se amparava ainda na LDB e nos PCNs, documentos de 1996 e 1997. Os novos documentos não são revolucionários, mas estão atualizados e contextualizados em uma realidade - educacional, econômica, social e mundial - totalmente diferente de 15 anos atrás, quando ainda se observava o surgimento da internet e o país completava apenas uma década de democracia. A partir de então, a educação registrou desde pequenas transformações, como a inclusão do ensino de espanhol e história e cultura afro-brasileira e africana, até grande mudanças, a exemplo do ensino fundamental de nove anos. Tudo isso está presente nos novos documentos. Sua legitimidade está no processo de construção democrático, que envolveu diretamente entes das mais diversas esferas da sociedade, como o Consed, a Undime, a Anped, entre outros, além de professores, pesquisadores, dirigentes municipais e estaduais de ensino, bem como representantes de escolas privadas.