quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O produtor brasileiro Rafael Lelis lançou, um mega mix com os principais sucessos de Whitney Houston

O Medley chamado “Tribute Megamix” é uma homenagem do DJ à cantora que faleceu no sábado, 11 de Fevereiro de 2012.

São 11 minutos de medley com sucessos que vão “It’s Not Right, But It’s Ok”, aos hits mais recentes como “I Look To You” e “I Didn’t Know My Own Strength”.

Para o lançamento oficial do megamix, Rafael Lelis contou com o apoio do VJ Marcos Franco, que produziu uma versão em vídeo para o projeto.

Confira o MegaMix:



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Avaliação Diagnóstica de Português, hoje...

Para os alunos dos 1. e 2. anos
Ensino Médio.

Manhã: das 7h às 10h40min.

Noite: das 19h as 21h.

Participe!!

Adolescentes abrem mão da privacidade e dividem senhas na web

Por RODRIGO LEVINO - EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA", Folha de S. Paulo de 06/02/2012.

Que a internet mudou as relações sociais é algo que não se discute. A privacidade se tornou negociável e compartilhar virou regra. Mesmo senhas pessoais.

Não são poucos os casais para os quais e-mails, MSN, Orkut, Facebook e Twitter é um território de acesso livre para ambos.

Ângela (todos os nomes são fictícios), 17, e João, 19, de São Paulo, compartilham senhas desde o começo do namoro, em agosto de 2010.

Assim como Cristine, 17, e Ronaldo, 20, de Mogi das Cruzes (SP), juntos desde novembro de 2009. Os dois se conheceram através de uma comunidade do Orkut.

Arte/Folhapress

O compartilhamento de senhas pessoais é um sintoma dos novos parâmetros que a internet trouxe para namoros e amizades.

Para Ângela, ceder o acesso a algo privado é uma prova de fidelidade. "Se eu não devo nada, não tenho o que temer", diz.

Ronaldo alega que o acesso de Cristine ao seu e-mail ajuda no trabalho. "Uso pouco o e-mail, então ela me avisa de coisas urgentes e limpa a minha caixa".

Mas, como tudo na vida, liberdade também tem um preço. Dos cinco casais ouvidos pelo "Folhateen", todos relataram brigas motivadas por "e-mails indevidos".

Um colega que chama por algum apelido carinhoso, uma ex-namorada saudosa que tenta se reaproximar ou um amigo convidando para um programa justo no dia que o casal havia marcado de se ver: tudo pode se tornar motivo para desentendimentos.

No caso de Rafael Costa, 22, estudante de jornalismo de Brasília, liberdade demais causou um trauma.

Durante um ano e meio de namoro (entre 2009 e 2011) com Susana, 17, que morava em Minas Gerais, ele compartilhou senhas de e-mails e de perfis em redes sociais.

"De tanto ler e-mails e conversas de MSN um do outro, nos ocupamos mais em vigiar do que em namorar", conta ele, que, a pedido da então namorada, teve de escolher entre ela e os amigos. "Optei pelos amigos, que me cobravam menos."

DOS EXCESSOS

Situações extremas são um dos riscos que a psicanalista Luciana Saddi, 49, aponta quando se mantem uma relação baseada nesse compartilhamento.

"Ciúme demais pode virar paranoia. A idealização de um relacionamento perfeito, muito comum na adolescência, pode sofrer um choque de realidade quando se depara com algo desagradável como um e-mail mais carinhoso de um colega de escola", alerta Saddi.

Para Anna Paula Mallet, 42, psicóloga da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), conceitos como privacidade e fidelidade vem se modificando.

"Aos poucos, a única privacidade que é mantida para o adolescente é em relação aos seus pais, que geralmente são obsoletos no que se refere aos novos tipos de comunicação", analisa Mallet.

Dentre os casais ouvidos pelo "Folhateen", nenhum deles contou aos pais que divide senhas. O que não faz desse compartilhamento algo proibido ou errado.

"É uma oportunidade de cada casal testar limites e saber com quais consequências pode arcar. E também de amadurecer afetivamente", diz Luciana, que acrescenta: "Crescer é assumir responsabilidades."

Arte/Folhapress

A DIFÍCIL ARTE DE AVALIAR A APRENDIZAGEM

As dificuldades para consecução de uma avaliação diagnóstica
 
O fato de haver sérios problemas de avaliação do alunado, mormente, nas escolas públicas, não é de surpreender. Trata-se de tema, relativamente, complexo e, por isso, merecedor de capacitação dos docentes para que se possa substituir, gradativamente, a avaliação classificatória, predominante entre grande parte dos professores, pela avaliação diagnóstica.

Há numerosa bibliografia sobre a matéria, algumas das quais relacionaremos ao final deste trabalho. Contudo, grande parte dos autores, que tratam de avaliação escolar, conquanto merecedores de atenta leitura, ignoram a inadequação da estrutura do sistema de ensino público, quanto às condições de trabalho e tempo disponível oferecidos aos docentes do Ciclo II e Ensino Médio (regendo algumas centenas de alunos) para realizar uma avaliação, que acompanhe, passo a passo, o crescimento do alunado a partir do diagnóstico da aprendizagem.

Por essa razão, o que vamos tratar neste artigo, não deve ser entendido como crítica aos professores, mas um convite ao estudo e à reflexão sobre a avaliação diagnóstica, levando em consideração a realidade que cerca os docentes desses segmentos, (o que torna difícil um acompanhamento individualizado), estimulando-os a alterar, no que for possível, sua maneira de avaliar os alunos.

É bom lembrar que aprová-los ou reprová-los, hoje, com a Progressão Continuada, deixou de ter importância, posto que, realizada ou não a avaliação classificatória, os alunos estarão promovidos ao final do ano. A eliminação das retenções deve ser um desafio ao professor para que busque novos caminhos em seu trabalho, em sala de aula, impedindo que se confunda Progressão Continuada com Promoção Automática. O fato de muitos alunos serem promovidos, aleatoriamente, deveria ser objeto de profunda reflexão para nós, educadores, interessados na aprendizagem de nossos alunos.

Avaliação diagnóstica X Avaliação classificatória
 
Afinal, ao avaliar alunos pretendemos detectar problemas em sua aprendizagem e solucioná-los ou, simplesmente, testá-los sobre o conhecimento, que procuramos transmitir em nossas aulas para classificá-los como alunos com bom ou mau aproveitamento.

Essas duas questões distinguem a avaliação diagnóstica da classificatória.

Para muitos professores, até por falta de informação, discussão e reflexão nas HTPCs, sobre o assunto, "avaliar" significa aplicar provas para as quais são estabelecidas um certo número de questões de um determinado conteúdo, que os alunos deveriam ter assimilado(?), a fim de obter um desempenho de acordo com parâmetros, consciente ou inconscientemente, rígidos, determinados pelos docentes. Ou, ainda, solicitar trabalhos e pesquisas, para melhorar a "nota", que, quase sempre, se resumem a cópias de livros ou enciclopédias a ser entregues em data fixada, sobre os quais, às vezes, sequer se tecem comentários pertinentes.

Generalizadamente, entre os docentes, pelas razões acima explicitadas, a prova constitui o alfa e o ômega das avaliações. As demais formas de avaliação constituiriam apenas algo ancilar e aleatório. Aplicam-na, alguns professores, com base em conteúdos trabalhados, ao longo de um espaço de tempo, no qual fica implícita a maneira pela qual os alunos deveriam responder às questões propostas, quase sempre dez, para facilitar a distribuição dos valores atribuídos a cada uma delas. Ao corrigi-las, é colocado um X nas respostas em desacordo com as concepções que o professor faz do conteúdo, um C nas que coincidem com seu ponto de vista e, se condescendente, um "C cortado" para as respostas (as "meio certas"), que contenham algo que se aproxime do questionamento efetuado.

Costumeiramente, as provas são devolvidas aos alunos nesse estado e não se fala mais nisso. Ou estarei enganado?

Evidentemente, não estamos desclassificando as "provas" como um dos instrumentos de avaliação, mas a maneira como são aplicadas.

Muitos professores não se dão conta de que essa forma de avaliação, quase sempre, caracteriza a simples devolução de conteúdos cuja assimilação, ainda que, conseguida por alguns privilegiados, não resulta, muitas vezes, em aprendizagem real para esses mesmos privilegiados e, muito menos, para a maioria dos avaliados. Pois, os conteúdos, objeto das avaliações, tornam-se, às vezes, irrelevantes, na medida em que as questões não foram preparadas, com base em objetivos bem definidos, ou formulados para a aplicação em situações novas, a partir de conhecimentos teoricamente assimilados(?) pelos discentes.

Justamente, por relacionar os alunos com base no bom ou mau aproveitamento, é que essas "provas" recebem o nome de classificatórias. Classificatórias porque avaliam os alunos de acordo com seu desempenho, num determinado momento, em comparação com os resultados do conjunto da classe, sem que o discente tenha a oportunidade de expor seus pontos de vista sobre suas respostas, as hipóteses que teriam levantado para a solução das questões propostas e a possibilidade de aprender a partir de erros, passíveis de serem revistos, se tais questões fossem discutidas com a classe.

Assim, no momento em que o professor elaborar provas cujas questões forem formuladas a partir de objetivos definidos, aplicando-as em situações novas e, após a correção, sejam elas discutidas com os alunos para solucionar seus problemas de aprendizagem, a prova classificatória, transforma-se numa avaliação diagnóstica.

Ora, quaisquer formas de avaliações, sejam provas, trabalhos em grupo, pesquisas, participação do aluno nas atividades rotineiras de sala de aula, ao serem avaliadas, deverão, sempre, constituir-se em novo momento de descoberta e possibilidade de novas aprendizagens, ou seja, algo dinâmico e não estático.
 
Algumas sugestões
 
Assim, poucos professores levam em consideração o fato de a avaliação ser um novo momento de aprendizagem ao não valorizar a produção e os conhecimentos dos alunos. Quantos conhecimentos poderiam ser avaliados além das provas? Abaixo relacionamos alguns:

aqueles observados em aulas dialogadas, nas quais o discente demonstra o conhecimento adquirido: por sua experiência de vida; nos meios de comunicação; em leituras formais e informais; quando são levados a acoplar seus saberes, às vezes, muito simples, ao novo, exposto pelo professor, no estudo de determinado conteúdo;

nas sínteses de uma unidade de estudo concluída em História, Geografia, Ciências etc. que se poderiam realizar com a classe. Ocasião em que os discentes seriam levados a participar, demonstrando tê-la aprendido, sendo capazes de informar, aos colegas e ao professor, os conceitos básicos desses conhecimentos, colaborando de forma solidária para a aprendizagem dos demais colegas, às vezes, desatentos;

na concretização desses conteúdos em histórias em quadrinho, dramatizações e outros, de fatos históricos, geográficos, científicos, matemáticos; de pequenos "esquetes", da utilização de canções da moda, preparadas por grupos de alunos em língua estrangeira moderna etc.;
em numerosas outras formas de avaliação, que o professor poderá criar, observando e registrando, sistemáticamente (até mesmo no diário de classe), a conduta e produção intelectual do aluno em suas aulas.

Muitos progressos poder-se-ão observar no processo. As redações e leituras em Língua Portuguesa, se elas forem trabalhadas ao longo de etapas bem definidas, nas quais o discente vai observando, com o professor, os vários aspectos da Língua, mormente quanto ao desenvolvimento de habilidades. As habilidades em discernir as idéias principais do texto; em montar um texto coerente com começo, meio e fim; em interioriozar a ortografia das palavras; a habilidade em perceber as regras gramaticais a partir do próprio texto do aluno; a habilidade em trabalhar com o dicionário, manejando corretamente palavras e sinônimos pertinentes a serem substituídos num determinado texto em estudo, entre dezenas de outras atividades passíveis de avaliação diagnóstica. Outro tanto, a partir de programas de leituras formais e informais.

É curioso observar que, muitas vezes, as redações são propostas aos alunos com temas sugeridos, exclusivamente, pelo professor (o que é extremamente desmotivador) para que sejam elaboradas em cinqüenta minutos. Corrigidas, são singelamente devolvidas com imensos vermelhões sobre os erros detectados. Raramente as "incorreções perpetradas" pelos discentes são objeto de análise com a classe. Se nós, diretores ou professores-coordenadores, durante o planejamento e nas HTPCs, agíssemos de forma semelhante com os docentes, solicitando-lhes uma redação para ser feita em cinqüenta minutos, temos quase absoluta certeza de que, mesmo os professores de Língua Portuguesa, realizariam um trabalho extremamente deficiente, posto que poucos conseguiriam redigir um texto razoavelmente coerente nesse espaço de tempo. Se o professor não consegue, imaginem o aluno?!

É importante observar que, na avaliação diagnóstica, os alunos seriam, sempre, estimulados a transferir o conhecimento adquirido em situações novas. Seria nessas situações novas que o professor poderia verificar se os conteúdos foram incorporados ao universo mental do discente, representado por novas atitudes (que os teóricos denominam de "tomada de decisão") perante esse conhecimento, na perspectiva do crescimento da aprendizagem, uma vez que as falhas apresentadas poderiam ser solucionadas pelo diálogo sobre o que ainda resta a aprender. São, justamente, esses procedimentos que caracterizam a Progressão Continuada.
 
Concluindo
Reconhecemos as dificuldades apresentadas por uma avaliação diagnóstica, que implica em acompanhamento individualizado, com preenchimento de algumas centenas de fichas por professores do Ciclo II e Ensino Médio, muitas vezes, responsáveis por 400 ou 500 alunos, conforme a disciplina, que ministram e jornada de trabalho, que exercem. Contudo, ela é perfeitamente factível para os professores do Ciclo I, que regem apenas uma classe.
Embora consideremos de muito boa qualidade o volume 8, "Avaliação e Aprendizagem", do "Raizes e Asas" - existente em todas as escolas -, grande parte dos exemplos apresentados de avaliação diagnóstica bem sucedida, nesse manual, referem-se às escolas de Ciclo I, o que é sintomático dos problemas, que eventualmente surgem nas de Ciclo II e Ensino Médio.
Mas as dificuldades não devem desestimular professores de Ciclo II e Ensino Médio em realizarem pequenos avanços, criando mecanismos que possam:

adequar o número de alunos, que regem com avaliações diagnósticas, ou seja, aquelas em que o professor observa e registra, em muitas ocasiões, os progressos dos alunos no cotidiano de sala de aula;

levá-los a discutir com os discentes problemas de aprendizagem detectados na avaliação de provas elaboradas a partir de objetivos bem definidos e aplicadas em situações novas, ainda que, de forma simples;

valorizar as realizações dos alunos, das mais simples às mais complexas (elevando a auto-estima, mormente, daqueles que apresentam maiores dificuldades), que constituam um novo momento de aprendizagem.

Assim agindo, estarão os professores dando um passo gigantesco na eliminação da avaliação classificatória e elevando, sobremaneira, a qualidade de ensino em suas aulas.

Mas, atenção! Avaliação diagnóstica jamais poderá ser confundida com libertinismos avaliatórios no qual o "professor bonzinho" distribui valores positivos em grande quantidade para, muitas vezes, livrar-se de aborrecidas correções de provas e trabalhos. Mais danosa que uma avaliação classificatória é a avaliação aleatória, ou seja, nenhuma avaliação.
 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Avaliação Diagnóstica de Matemática, hoje....

Para os alunos dos 1. e 2. anos Ensino Médio.
Manhã: das 7h às 10h40min.
Noite: das 19h as 21h.
Participe!!

A Relevância da Avaliação Diagnóstica

As dificuldades para consecução de uma avaliação diagnóstica
O fato de haver sérios problemas de avaliação do alunado, mormente, nas escolas públicas, não é de surpreender. Trata-se de tema, relativamente, complexo e, por isso, merecedor de capacitação dos docentes para que se possa substituir, gradativamente, a avaliação classificatória, predominante entre grande parte dos professores, pela avaliação diagnóstica.

Há numerosa bibliografia sobre a matéria, algumas das quais relacionaremos ao final deste trabalho. Contudo, grande parte dos autores, que tratam de avaliação escolar, conquanto merecedores de atenta leitura, ignoram a inadequação da estrutura do sistema de ensino público, quanto às condições de trabalho e tempo disponível oferecidos aos docentes do Ciclo II e Ensino Médio (regendo algumas centenas de alunos) para realizar uma avaliação, que acompanhe, passo a passo, o crescimento do alunado a partir do diagnóstico da aprendizagem.

Por essa razão, o que vamos tratar neste artigo, não deve ser entendido como crítica aos professores, mas um convite ao estudo e à reflexão sobre a avaliação diagnóstica, levando em consideração a realidade que cerca os docentes desses segmentos, (o que torna difícil um acompanhamento individualizado), estimulando-os a alterar, no que for possível, sua maneira de avaliar os alunos.

É bom lembrar que aprová-los ou reprová-los, hoje, com a Progressão Continuada, deixou de ter importância, posto que, realizada ou não a avaliação classificatória, os alunos estarão promovidos ao final do ano. A eliminação das retenções deve ser um desafio ao professor para que busque novos caminhos em seu trabalho, em sala de aula, impedindo que se confunda Progressão Continuada com Promoção Automática. O fato de muitos alunos serem promovidos, aleatoriamente, deveria ser objeto de profunda reflexão para nós, educadores, interessados na aprendizagem de nossos alunos.

Avaliação diagnóstica X Avaliação classificatória
Afinal, ao avaliar alunos pretendemos detectar problemas em sua aprendizagem e solucioná-los ou, simplesmente, testá-los sobre o conhecimento, que procuramos transmitir em nossas aulas para classificá-los como alunos com bom ou mau aproveitamento.

Essas duas questões distinguem a avaliação diagnóstica da classificatória.

Para muitos professores, até por falta de informação, discussão e reflexão nas HTPCs, sobre o assunto, "avaliar" significa aplicar provas para as quais são estabelecidas um certo número de questões de um determinado conteúdo, que os alunos deveriam ter assimilado(?), a fim de obter um desempenho de acordo com parâmetros, consciente ou inconscientemente, rígidos, determinados pelos docentes. Ou, ainda, solicitar trabalhos e pesquisas, para melhorar a "nota", que, quase sempre, se resumem a cópias de livros ou enciclopédias a ser entregues em data fixada, sobre os quais, às vezes, sequer se tecem comentários pertinentes.
Generalizadamente, entre os docentes, pelas razões acima explicitadas, a prova constitui o alfa e o ômega das avaliações. As demais formas de avaliação constituiriam apenas algo ancilar e aleatório. Aplicam-na, alguns professores, com base em conteúdos trabalhados, ao longo de um espaço de tempo, no qual fica implícita a maneira pela qual os alunos deveriam responder às questões propostas, quase sempre dez, para facilitar a distribuição dos valores atribuídos a cada uma delas. Ao corrigi-las, é colocado um X nas respostas em desacordo com as concepções que o professor faz do conteúdo, um C nas que coincidem com seu ponto de vista e, se condescendente, um "C cortado" para as respostas (as "meio certas"), que contenham algo que se aproxime do questionamento efetuado.

Costumeiramente, as provas são devolvidas aos alunos nesse estado e não se fala mais nisso. Ou estarei enganado?

Evidentemente, não estamos desclassificando as "provas" como um dos instrumentos de avaliação, mas a maneira como são aplicadas.

Muitos professores não se dão conta de que essa forma de avaliação, quase sempre, caracteriza a simples devolução de conteúdos cuja assimilação, ainda que, conseguida por alguns privilegiados, não resulta, muitas vezes, em aprendizagem real para esses mesmos privilegiados e, muito menos, para a maioria dos avaliados. Pois, os conteúdos, objeto das avaliações, tornam-se, às vezes, irrelevantes, na medida em que as questões não foram preparadas, com base em objetivos bem definidos, ou formulados para a aplicação em situações novas, a partir de conhecimentos teoricamente assimilados(?) pelos discentes.

Justamente, por relacionar os alunos com base no bom ou mau aproveitamento, é que essas "provas" recebem o nome de classificatórias. Classificatórias porque avaliam os alunos de acordo com seu desempenho, num determinado momento, em comparação com os resultados do conjunto da classe, sem que o discente tenha a oportunidade de expor seus pontos de vista sobre suas respostas, as hipóteses que teriam levantado para a solução das questões propostas e a possibilidade de aprender a partir de erros, passíveis de serem revistos, se tais questões fossem discutidas com a classe.

Assim, no momento em que o professor elaborar provas cujas questões forem formuladas a partir de objetivos definidos, aplicando-as em situações novas e, após a correção, sejam elas discutidas com os alunos para solucionar seus problemas de aprendizagem, a prova classificatória, transforma-se numa avaliação diagnóstica.

Ora, quaisquer formas de avaliações, sejam provas, trabalhos em grupo, pesquisas, participação do aluno nas atividades rotineiras de sala de aula, ao serem avaliadas, deverão, sempre, constituir-se em novo momento de descoberta e possibilidade de novas aprendizagens, ou seja, algo dinâmico e não estático.
Algumas sugestões
Assim, poucos professores levam em consideração o fato de a avaliação ser um novo momento de aprendizagem ao não valorizar a produção e os conhecimentos dos alunos. Quantos conhecimentos poderiam ser avaliados além das provas? Abaixo relacionamos alguns:

aqueles observados em aulas dialogadas, nas quais o discente demonstra o conhecimento adquirido: por sua experiência de vida; nos meios de comunicação; em leituras formais e informais; quando são levados a acoplar seus saberes, às vezes, muito simples, ao novo, exposto pelo professor, no estudo de determinado conteúdo;

nas sínteses de uma unidade de estudo concluída em História, Geografia, Ciências etc. que se poderiam realizar com a classe. Ocasião em que os discentes seriam levados a participar, demonstrando tê-la aprendido, sendo capazes de informar, aos colegas e ao professor, os conceitos básicos desses conhecimentos, colaborando de forma solidária para a aprendizagem dos demais colegas, às vezes, desatentos;

na concretização desses conteúdos em histórias em quadrinho, dramatizações e outros, de fatos históricos, geográficos, científicos, matemáticos; de pequenos "esquetes", da utilização de canções da moda, preparadas por grupos de alunos em língua estrangeira moderna etc.;
em numerosas outras formas de avaliação, que o professor poderá criar, observando e registrando, sistemáticamente (até mesmo no diário de classe), a conduta e produção intelectual do aluno em suas aulas.

Muitos progressos poder-se-ão observar no processo. As redações e leituras em Língua Portuguesa, se elas forem trabalhadas ao longo de etapas bem definidas, nas quais o discente vai observando, com o professor, os vários aspectos da Língua, mormente quanto ao desenvolvimento de habilidades. As habilidades em discernir as idéias principais do texto; em montar um texto coerente com começo, meio e fim; em interioriozar a ortografia das palavras; a habilidade em perceber as regras gramaticais a partir do próprio texto do aluno; a habilidade em trabalhar com o dicionário, manejando corretamente palavras e sinônimos pertinentes a serem substituídos num determinado texto em estudo, entre dezenas de outras atividades passíveis de avaliação diagnóstica. Outro tanto, a partir de programas de leituras formais e informais.

É curioso observar que, muitas vezes, as redações são propostas aos alunos com temas sugeridos, exclusivamente, pelo professor (o que é extremamente desmotivador) para que sejam elaboradas em cinqüenta minutos. Corrigidas, são singelamente devolvidas com imensos vermelhões sobre os erros detectados. Raramente as "incorreções perpetradas" pelos discentes são objeto de análise com a classe. Se nós, diretores ou professores-coordenadores, durante o planejamento e nas HTPCs, agíssemos de forma semelhante com os docentes, solicitando-lhes uma redação para ser feita em cinqüenta minutos, temos quase absoluta certeza de que, mesmo os professores de Língua Portuguesa, realizariam um trabalho extremamente deficiente, posto que poucos conseguiriam redigir um texto razoavelmente coerente nesse espaço de tempo. Se o professor não consegue, imaginem o aluno?!

É importante observar que, na avaliação diagnóstica, os alunos seriam, sempre, estimulados a transferir o conhecimento adquirido em situações novas. Seria nessas situações novas que o professor poderia verificar se os conteúdos foram incorporados ao universo mental do discente, representado por novas atitudes (que os teóricos denominam de "tomada de decisão") perante esse conhecimento, na perspectiva do crescimento da aprendizagem, uma vez que as falhas apresentadas poderiam ser solucionadas pelo diálogo sobre o que ainda resta a aprender. São, justamente, esses procedimentos que caracterizam a Progressão Continuada.
Concluindo
Reconhecemos as dificuldades apresentadas por uma avaliação diagnóstica, que implica em acompanhamento individualizado, com preenchimento de algumas centenas de fichas por professores do Ciclo II e Ensino Médio, muitas vezes, responsáveis por 400 ou 500 alunos, conforme a disciplina, que ministram e jornada de trabalho, que exercem. Contudo, ela é perfeitamente factível para os professores do Ciclo I, que regem apenas uma classe.
Embora consideremos de muito boa qualidade o volume 8, "Avaliação e Aprendizagem", do "Raizes e Asas" - existente em todas as escolas -, grande parte dos exemplos apresentados de avaliação diagnóstica bem sucedida, nesse manual, referem-se às escolas de Ciclo I, o que é sintomático dos problemas, que eventualmente surgem nas de Ciclo II e Ensino Médio.
Mas as dificuldades não devem desestimular professores de Ciclo II e Ensino Médio em realizarem pequenos avanços, criando mecanismos que possam:

adequar o número de alunos, que regem com avaliações diagnósticas, ou seja, aquelas em que o professor observa e registra, em muitas ocasiões, os progressos dos alunos no cotidiano de sala de aula;

levá-los a discutir com os discentes problemas de aprendizagem detectados na avaliação de provas elaboradas a partir de objetivos bem definidos e aplicadas em situações novas, ainda que, de forma simples;

valorizar as realizações dos alunos, das mais simples às mais complexas (elevando a auto-estima, mormente, daqueles que apresentam maiores dificuldades), que constituam um novo momento de aprendizagem.

Assim agindo, estarão os professores dando um passo gigantesco na eliminação da avaliação classificatória e elevando, sobremaneira, a qualidade de ensino em suas aulas.
Mas, atenção! Avaliação diagnóstica jamais poderá ser confundida com libertinismos avaliatórios no qual o "professor bonzinho" distribui valores positivos em grande quantidade para, muitas vezes, livrar-se de aborrecidas correções de provas e trabalhos. Mais danosa que uma avaliação classificatória é a avaliação aleatória, ou seja, nenhuma avaliação.
Comentário Bibliográfico
Gostaríamos, ao finalizar este trabalho, de tecer algumas considerações sobre o livro, "Avaliação Educacional em Três Atos" de Léa Depresbiteris, lançado em 1999, pela Editora Senac, cuja leitura é, a nosso ver, extremamente prazerosa, pelas idéias expostas sobre avaliação, pela brevidade e estilo adotados pela autora.

No primeiro ato: "A avaliação em julgamento- culpada ou inocente?" a autora simula o julgamento da avaliação. Nele surgem depoimentos da ré, de testemunhas, do juiz, do promotor, do advogado de defesa, todos argumentando pró e contra a avaliação, num diálogo interessantíssimo através do qual a autora vai expondo, sinteticamente, as mais variadas teorias de avaliação de forma simples e funcional.

No segundo ato: "O mínimo que um avaliador precisa saber sobre a avaliação", a autora cria uma personagem interessada em participar de um concurso para técnico em avaliação, mas extremamente insegura em seus saberes. Ao entrar em contato com um especialista, que vai auxiliá-la em suas dúvidas, trava-se uma interessante troca de informações, na qual se vão desvelando as questões relevantes da avaliação educacional. É o gancho para que a autora demonstre o que um educador necessita saber sobre avaliação.

No terceiro ato: "Avaliação numa perspectiva construtivista - teoria e prática", a autora expõe o dilema da professora-coordenadora Anita, às voltas com arrogante docente "sabe-tudo" sobre avaliação e construtivismo, vivendo a atazanar colegas com sua pseudo-sabedoria sobre a matéria. A partir desse dilema, ou seja, como resolver o problema sem ferir suscetibilidades, discutem-se, com propriedade, questões importantes da avaliação e do construtivismo.
"Avaliação Educacional em três atos" é leitura importante para dirigentes, coordenadores e professores.
BIBLIOGRAFIA
LIVROS
DEPRESBITERIS, Léa.Avaliação Educacional em três atos. Editora Senac. Rua Teixeira da Silva, 531, CEP 04002- 032- São Paulo - SP. 1999.
Tels: (11) 884-8122 - (11) 884-6575 - (11) 889-9294.
Fax (11) 887-2136.
DALMAS, A. Planejamento participativo na escola: elaboração, acompanhamento e avaliação. Vozes. Petrópolis. 1994.
HOPFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à Universidade. P. Alegre. Educação e Realidade. 1993.
LUCHESI, C. Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola? A construção do projeto de ensino e avaliação, nº 8, São Paulo FDE. 1990
SAUL, Ana Maria. Para mudar a pratica de avaliação do processo de ensino-aprendizagem- in Formação do Educador e avaliação Educacional. org. Bicudo e Celestino. UNESP - 99. Vol IV.
WERNECK, H. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. Vozes.Petrópolis. 1994.
JORNAIS
O Diretor. UDEMO: nº 6 - ago/99.
O Diretor. UDEMO: nº 8 - dez/98.
O Diretor. UDEMO: nº 6 - set/98.
O Diretor. UDEMO: nº 3 - mai/98.
O Diretor. UDEMO: nº 2 - fev/97.
O Diretor. UDEMO: nº 1 - jan/00
O Diretor. UDEMO: nº 1 - jan/01
LEGISLAÇÃO
Lei 9394
Del. CEE 10/96
Parecer CEE 526/97
Ind. CEE 9/97, 22/97 e 5/98
Resol. SE 134/96, 27/96 e 21/98
Resol. SE 131/98 e 7/99

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Avaliação Diagnóstica 2012 - E.E. "Prof. Newton Pimenta Neves"

Nossa ESCOLA está empenhada para
ajudar nossos alunos sempre...



Caros alunos,
sua participação é muito importante!

Está chegando o dia 29 de fevereiro, coisa que não acontece todo ano! Mas por que não?

Por Keila Grinberg, Departamento de História, UNIRIO

Ano bissexto, ano da confusão

Outro dia alguém perguntou por que o ano bissexto se chama assim, se só acontece de quatro em quatro anos. Fiquei pasma de nunca ter pensado nisso! Por que ano bissexto, e não ano quarto, ano quadrado ou coisa parecida? Fui investigar.

A primeira coisa a considerar é que o ano bissexto existe para corrigir a diferença entre o ano solar e o ano do nosso calendário: a Terra leva 365 dias e 6 horas para girar em torno do sol, mas nosso calendário só tem 365 dias. Ao longo de vários anos, essas horas fazem diferença!

Na Antiguidade, imagine você, já aconteceu de o calendário “oficial” e o ano solar contarem mais de três meses de diferença – o que, é claro, gera uma confusão danada na hora de contar as estações do ano e as épocas de plantio e colheita, por exemplo. Por isso, o imperador romano Julio César decidiu dar um basta e arrumar, com a ajuda de um astrônomo, um calendário que não se distanciasse tanto dos anos solares – assim surgiu o primeiro calendário com ano bissexto.


Estátua de Julio César







Após as modificações feitas por Julio César no ano 46 antes da nossa era, durante um bom tempo, ninguém conseguiu contabilizar os anos bissextos direito. Só no ano 8 da nossa era é que as contas foram acertadas (Foto: Wikimedia Commons)


César fez tantas modificações no calendário que ele até passou a se chamar juliano, em homenagem ao próprio imperador. O ano passaria a ter início no dia 1 de janeiro – antes, começava em março – e, para corrigir os desvios passados, decretou-se que o ano 46 antes da nossa era teria 445 dias. As mudanças foram tantas que este ficou conhecido como o “Ano da Confusão”.

Julio César também estabeleceu que, a partir do ano seguinte, haveria um ano bissexto a cada 4 anos. Em vez de criar um novo dia, a ordem era duplicar o dia 24 de fevereiro, o que nos ajuda a explicar a confusão do nome “bissexto”.

Naquela época, os nomes dos dias eram baseados no ciclo lunar. Cada mês tinha três dias fixos: Calendas (lua nova), Nonas (quarto crescente) e Idus (lua cheia). Os outros dias eram chamados em relação a estes. Assim, 24 de fevereiro era chamado de “antediem sextum Calendas Martii”, ou “sexto dia antes da Calendas de Março”. Com a duplicação deste dia nos anos bissextos, ele passou a ser chamado de “antediem bis-sextum Calendas Martii”!

Calendário 2012, mês de fevereiro
O dia extra foi incluído em fevereiro porque, na época de César, este era o último mês do ano, considerado ao mesmo tempo o mês da purificação e do azar (Foto: Catarina Chagas)

Parecia que o problema do calendário tinha sido definitivamente resolvido, mas ainda não foi desta vez. Tempos depois, novos cálculos mostraram que o ano solar não tem 365 dias e 6 horas, e sim 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Com isso, simplesmente a soma de um dia a cada quatro anos não resolvia o problema, porque, depois de muitos anos, estes 11 minutos e 14 segundos também iam fazer diferença.

Quem fez a mudança desta vez foi o papa Gregório XIII, em 1582 – e o calendário passou a ser chamado de gregoriano, como é até hoje. Na época, a diferença entre o ano do calendário e o ano solar já era de mais de 10 dias. Para acertar a diferença, Gregório estabeleceu que, naquele ano, depois do dia 4 de outubro viria o dia 15. Pobre de quem fazia aniversário neste intervalo!

Papa Gregório XIII
O papa Gregório XIII, ao reformular o calendário, incluiu o dia 29 de fevereiro nos anos bissextos, acabando com a duplicação do dia 24 de fevereiro, proposta por Júlio César (Imagem: Wikimedia Commons)
Para que a diferença entre os dias do ano não voltasse a aparecer, Gregório fez as contas e criou uma fórmula que praticamente resolveu a questão: os anos bissextos agora são os múltiplos de quatro, à exceção dos múltiplos de 100. A exceção à esta exceção é o ano múltiplo de 400, que também é bissexto. Não vai me dizer que achou confuso!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Alunos deficientes

Por Içami Tiba é psiquiatra e educador.

A maioria dos professores sabe que em uma sala de aula não há um aluno que seja idêntico a outro, como em qualquer outro ambiente em que se juntem pessoas como na família, na escola, na igreja, no trabalho, na sociedade, onde quer que seja. No planeta, cada terráqueo é um ser humano distinto do outro com suas características pessoais que nenhum outro terá totalmente idêntica.

O que diferencia um humano do outro são, na sua imensa maioria, os padrões e traços adquiridos após o nascimento através da infinita capacidade que os humanos têm de absorção, de aprendizagem, de desenvolvimento e de práticas constantes,como cultura, religião, idioma, habilidades específicas, alimentação, padrões sexuais etc.
O nosso nascimento dependeu de uma união de óvulo e espermatozoide em um ambiente adequado, útero ou similar artificial. Num mesmo país, depende da região em que se nasce, da família do qual nasceu, das condições locais de saúde, cultura, costumes, nível social, financeiro, religioso etc. Ninguém nasce por vontade própria. Mesmo a própria condição da família é diferente a cada nascimento de um filho, o que o torna diferente dos demais irmãos. Por mais que as variáveis sejam parecidas, cada filho é resultado de uma soma que ninguém ainda conseguiu calcular o número exato de quantas ações, reações e interações químicas, bioquímicas, fisiológicas, aconteceram para se chegar ao DNA de cada um...

Somos todos resultados de um sem-número, portanto, quase infinito, de crescimentos, desenvolvimentos, associações positivas e negativas que torna totalmente impossível encontrarmos dois seres humanos totalmente idênticos. Ponto final.

Partindo desta ideia de que somos totalmente independentes e muito diferentes uns dos outros, estabelecemos um padrão comum encontrado para subdividir os humanos em grupos. Os que pertencem e os que não pertencem a um padrão médio de funcionamento. Se escolhermos um padrão médio de funcionamento humano, seja o da locomoção, da audição, da visão, da articulação da voz, da inteligência racional, encontraremos os fora deste padrão como o paraplégico, o surdo, o cego, o mudo, o deficiente mental etc. Todos estes são deficientes em relação ao padrão considerado - portanto são diferentes da média, mas não são desiguais. Todos devem receber o que lhes são devidos, principalmente na educação.

Estarão as famílias, as escolas, a sociedade preparadas para educarem pessoas deficientes? Com certeza, não. Os diferentes até há pouco tempo eram isoladas pelos “normais” (que têm o padrão médio considerado), e pouco se fazia para integrá-los à sociedade.

Existe ainda hoje o preconceito contra os deficientes quando trata estes seres humanos que têm, com certeza, outros padrões que se encaixam na “normalidade”, rejeitando-o como um todo. Inclusive este preconceito existe e por ser negado e não enfrentado e superado, os professores “normais” não estão sendo preparados nas suas formações acadêmicas para atender os alunos deficientes junto com os “normais”. O ensinar o deficiente tem suas características específicas e, agrupá-los em algumas atividades específicas determinadas pelas suas dificuldades, torna-se tão necessário quanto valorizar seus padrões não diferentes, incluindo-os em atividades comuns.

Como pode um professor em sala de aula atender pessoas deficientes no meio de tantos “normais”? Como pode um professor deixar de atender alunos deficientes se sua matéria não depende do padrão deficiente que um aluno tenha para aprender?

Estamos ainda muito próximos do jurássico comportamento de isolar o deficiente quando o que ele mais precisa é ser ajudado a ser integrado, tanto pelos “normais” quanto por ele mesmo.

Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Pais e Educadores de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 28 livros

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Estudante de 21 anos é o primeiro com Síndrome de Down a passar no vestibular da Universidade Federal de Goiás

Kalil sempre frequentou escola com turmas regulares e se interessou desde cedo por mapas
  • Kalil sempre frequentou escola com turmas regulares e se interessou desde cedo por mapas

Kallil Assis Tavares, 21, é o primeiro estudante com Síndrome de Down a ingressar na UFG (Universidade Federal de Goiás). Ele foi aprovado para o curso de geografia, no campus de Jataí, cidade a 325 quilômetros de Goiânia. O curso tinha concorrência de 1,2 candidatos por vagas.

A escolha do curso e a decisão de prestar o vestibular partiram de Tavares, que foi aprovado em seu primeiro processo seletivo. A mãe do estudante, Eunice Tavares, conta que o filho não teve avaliação diferenciada e concorreu "de igual para igual" com os demais candidatos.

Por ter uma baixa visão, ele teve uma prova com letras maiores e uma pessoa que leu as questões. Ela conta que, desde a adolescência, o filho despertou um interesse maior pelos mapas.

O jovem iniciará a vida acadêmica na segunda-feira, 27. Em entrevista ao UOL, Eunice diz que a família está tranquila em relação à nova etapa da vida de Tavares. Segundo ela, não há nada "especial" planejado para os primeiros dias de aula.

Eunice conta que a vida escolar do filho, que frequentava uma escola de ensino regular, foi tranquila: "Ele sempre se preocupou com seus deveres. É algo novo, mas vamos esperar os acontecimentos. E quando forem aparecendo as questões, as soluções virão aos poucos".

Fonte: http://vestibular.uol.com.br/, em 23/02/2012.

Fim do horário de verão não prejudica organismo, diz médico

 São Paulo, em 24/02/2012.

Ao contrário do que pensam muitas pessoas, a mudança de horário não causa males ao organismo, afirma o clínico-geral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Paulo Olzon. “As pessoas mais metódicas podem se estressar por ser uma mudança repentina, mas o organismo consegue se adaptar facilmente; não há muitas consequências para o corpo”.


Termina sábado, à meia-noite, o horário brasileiro de verão, que teve sua maior temporada desde 1985. Os relógios devem ser atrasados em 1 hora em 11 Estados (São Paulo, Rio, Minas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia), além do Distrito Federal.

Porém, para quem tem dificuldades para se adaptar, é preciso se preparar para a alteração de horário, conforme o médico neurologista da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) em Botucatu Ronaldo Guimarães Fonseca. O médico explica que alterações de horário ocasionam oscilações no organismo relacionadas à produção de hormônio e podem causar problemas relacionados ao sono.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Após 50 medalhas, jovem do interior de SP obtém vaga em Harvard

Gustavo Haddad Braga, 17, passou nos concorridos vestibulares do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e de medicina da USP, mas desistiu dos cursos.

O motivo: garantiu uma vaga para estudar na Universidade Harvard, mais prestigiada universidade dos EUA.

Até agora, ele é o primeiro brasileiro selecionado para o segundo semestre de 2012. A instituição tem nove brasileiros cursando a graduação.

Morador de São José dos Campos, no interior paulista, Gustavo já ganhou cerca de 50 medalhas em olimpíadas de conhecimento --de linguística a matemática.

Em 2011, foi o primeiro brasileiro a ganhar a Olimpíada Internacional de Física, realizada na Tailândia.
Joel Silva - 16.fev.12/Folhapress
Estudante Gustavo Haddad Braga, 17, acumula medalhas e passou na Universidade de Harvard nos EUA
Estudante Gustavo Haddad Braga, 17, acumula medalhas e passou na Universidade de Harvard nos EUA

O jovem disse que "gabaritou" a prova de matemática, física e química do SAT (teste usado no processo seletivo de universidades americanas). No SAT de conhecimentos em inglês, tirou 2.350 pontos dos 2.400 possíveis.

O filho de engenheiros químicos, que é fã do físico Stephen Hawking e se diz autodidata em inglês, rejeita o título de "nerd". "Estudo mais tempo que o normal, mas jogo bola, saio, vou ao cinema", afirma ele, que era bolsista de um colégio particular.

A seleção incluiu histórico escolar e cartas de recomendação de professores.

Gustavo ainda não escolheu qual curso vai seguir. "Provavelmente relacionado a física, talvez engenharia". Em Harvard, a opção é feita durante a graduação.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/, em 23/02/2012.

Olimpíada de Astronomia e Astronáutica abre inscrições


Em 2011, 803.180 alunos se inscreveram na OBA, e 33.307 foram premiados.

A expectativa para este ano é que mais de 1 milhão se inscrevam.     

 


Alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares já podem se inscrever na 15ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). As inscrições podem ser feitas até 11 de março, e as provas serão no dia 11 de maio. Organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Eletrobras Furnas, a competição será dividida em quatro níveis para estimular o estudo das ciências ligadas à astronomia.

O coordenador da OBA, professor João Batista Canalle, disse que há carência nos estudos astronômicos nas escolas brasileiras. Segundo ele, os professores têm receio de aprofundar o assunto, já que não têm ferramentas para a prática e nem conhecimento profundo sobre a ciência.

'É preciso que o conhecimento seja cada vez mais atualizado para que haja maior interesse das crianças em estudar astronomia. É obrigação de todo professor estimular esse estudo'. Canalle destacou, no entanto, que por mais que o estudo da astronomia seja importante, os professores não têm a formação necessária para ensinar.

As provas serão aplicadas nas próprias escolas inscritas. Os alunos que se destacarem serão premiados com medalhas, além de um certificado de participação. Os vencedores também farão parte de um grupo de estudos que participará de competições internacionais.

Em 2011, 803.180 alunos se inscreveram na OBA, e 33.307 foram premiados. A expectativa para este ano é que mais de 1 milhão se inscrevam.

Programa de Estágio, inscrições abertas!!!

São 9.941 vagas para alunos na administração pública de nível superior, médio e técnico


O governo de São Paulo está com inscrições abertas para os interessados em estagiar em órgãos e entidades da administração pública estadual. No total, o Programa de Estágio oferece 9.941 vagas, em diversas cidades do Estado, para estudantes que estejam cursando escolas públicas ou privadas. As informações são da assessoria de imprensa do Estado.

Das vagas oferecidas, 7.425 são para alunos de curso superior, 1.665 para estudantes do ensino médio e 851 para os de nível técnico. As inscrições vão até as 18h do dia 11 de agosto deste ano. Os interessados devem acessar a Fundação do Desenvolvimento Administrativo - Fundap, órgão ligado à Secretaria de Gestão Pública, por meio do site www.fundap.sp.gov.br, no link Programa de Estágio. A taxa de inscrição é de R$ 15,00.

As provas de seleção serão realizadas em 1º de abril deste ano, em 54 municípios paulistas: Adamantina, Andradina, Araçatuba, Araraquara, Assis, Avaré, Barretos, Bauru, Botucatu, Bragança Paulista, Campinas, Catanduva, Cruzeiro, Dracena, Franca, Guaratinguetá, Guarulhos, Hortolândia, Itapetininga, Itapeva, Ituverava, Jaboticabal, Jales, Jaú, Jundiaí, Lins, Marília, Mauá, Mococa, Mogi das Cruzes, Osasco, Ourinhos, Piracicaba, Pirassununga, Praia Grande, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Registro, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, São João da Boa Vista, São Joaquim da Barra, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, São Sebastião, Sorocaba, Taboão da Serra, Taquaritinga, Tupã, Votuporanga.

O exame terá 30 questões de múltipla escolha e irá avaliar o domínio dos candidatos em Língua Portuguesa, Matemática e Conhecimentos Gerais. O valor da bolsa auxílio atualmente varia de R$ 300,00 a R$ 750,00. Além da remuneração, os estagiários receberão auxílio transporte e terão direito a recesso de 30 dias – para contrato de um ano – ou proporcional ao período trabalhado, conforme a lei federal 11.788/08. O prazo do contrato é de um ano, prorrogável pelo mesmo período.

Roleta russa do sexo desafia a morte entre jovens em Campinas SP

Prática conhecida como bareback tem adeptos em Campinas e é comum entre jovens gays

Prática conhecida como bareback tem adeptos em Campinas e é comum entre jovens gays


Orgias sexuais sem o uso de preservativo e com a participação de pelo menos uma pessoa infectada pelo vírus HIV, mas ninguém pode saber quem é. Essa verdadeira “roleta russa do sexo” coloca jovens gays adeptos do chamado bareback ou barebacking, que possui seguidores também em Campinas, na mira da morte. Em páginas da internet é possível encontrar grupos locais que afirmam praticar sexo anal desprotegido, de forma intencional.

A psicóloga e terapeuta sexual Arlete Gavranice, coordenadora do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia (Isexp), afirma que a suposta “brincadeira” é extremamente perigosa.

Em pesquisa na internet com as palavras “Campinas” e “barebacking”, é possível achar pessoas que procuram pela prática sexual, principalmente em comunidades de redes sociais destinadas ao público homossexual. Há rapazes que se oferecem para sexo grupal entre homens adeptos ao “bare”.

Também há relato de quem pratica com desconhecidos, no estacionamento da Lagoa do Taquaral durante a madrugada, local conhecido como “malhômetro”. Um grupo de chat virtual entre campineiros reúne 273 pessoas.

 
A terapeuta sexual explica que há quem deixe de usar a camisinha por pura rebeldia e outros por acomodação, já que acreditam que com a criação do coquetel, ninguém morre mais de Aids. Pura balela, claro. “O sexo anal é o com maior risco de contaminação”, afirma.



EXCITANTE

A palavra bareback vem do inglês e traduz um estilo de montaria em animal sem o uso da cela. Segundo a galera que pratica, em sua maioria homens homossexuais, o objetivo não é exatamente contrair o vírus do HIV, mas sim o “prazer” de se submeter ao risco de ser contaminado. Para eles, este perigo é “excitante”. “No pico do prazer, o nível de consciência do que estão fazendo de fato fica rebaixado, mas no fundo, a expectativa é de que nada de mal vai acontecer”, explica Arlete.

CASOS DE AIDS
Segundo o Boletim Epidemiológico Aids/DST divulgado pelo Ministério da Saúde, o número de jovens gays entre 15 e 24 anos, contaminados pelo HIV, cresceu 10,1% nos últimos 10 anos. Nessa faixa etária, o número de casos entre os gays é 60% maior em relação aos heterossexuais.


Fonte: www.rac.com.br, em 22/02/2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Conheça o básico sobre as linhas da psicanálise

GUILHERME GENESTRETI - DE SÃO PAULO - Folha de sS.Paulo de 27/09/2011.

As palavras são associadas, interpretadas, esmiuçadas. Na psicanálise, a cura se dá por meio delas.
Atenção às palavras: tudo bem usar "recalque", "projeção" e outros termos saídos desse campo e já incorporados. Mas confundir os "psis", o que é comum, não.

Psicanalista é uma coisa, psiquiatra, outra.

Psiquiatra é médico: estuda transtornos mentais e os trata prescrevendo remédios.

O psicólogo também estuda saúde mental, mas não receita. Ele estuda o "software que roda no cérebro", como diz Francisco Daudt, colunista da Folha. Há muitas linhas de psicologia, muitos jeitos de estudar comportamento.

Terapeuta é quem cuida. Psicoterapeuta, então, é quem cuida do funcionamento mental das pessoas usando alguma técnica como psicodrama ou as das terapias cognitivo-comportamentais.

Já o psicanalista estuda o tal "software" segundo o modelo de Freud, isto é, partindo da premissa que o inconsciente governa muitas das ações humanas.

O psicanalista pode ser um teórico ou um psicoterapeuta que cuida de pessoas usando a ferramenta psicanálise.

Parte fundamental dessa ferramenta é o método da associação livre, criado por Freud para sondar o inconsciente. Nele, o paciente é levado a falar sobre seus pensamentos de forma a revelar a origem de seus conflitos.

No centro dos conflitos estaria o complexo de Édipo, conjunto de impulsos amorosos e hostis dirigidos pela criança aos pais.

O conceito fazia mais sentido quando a única forma de família tinha figuras de pai e mãe bem definidas. E hoje?

Édipo não precisa ser entendido como antes, ao pé da letra, diz Isabel Gomes, professora de psicologia da USP. "Se duas mães fazem as funções materna e paterna, a triangulação se mantém."

NINGUÉM É PURO

Psicanalistas freudianos puros são raros, diz o psicanalista Luiz Tenório Oliveira Lima. "Analistas experientes transitam com a tradição de Freud e a dos sucessores."

A primeira grande mudança na psicanálise veio com a austríaca Melanie Klein (1882-1960). Ela mostrou que crianças já podem ser analisadas desde cedo.

"Alguém que atende crianças não pode ignorar as contribuições de Klein", diz Luís Claudio Figueiredo, que estuda a autora.

Klein substituiu a associação livre pela interpretação de desenhos, brincadeiras e jogos, nos quais a criança já expressa suas fantasias.

Segundo o psicanalista Daniel Delouya, é uma linha eficaz para tratar psicoses infantis. Nessa terapia, a criança cria uma realidade própria com suas fantasias. "Klein trabalha bem esse mundo interno da criança."

Nem tudo é mundo interno para os seguidores de Donald Winnicott (1896-1971). O pediatra inglês pôs o ambiente na equação psicanalítica, defendendo que o desenvolvimento da criança depende de segurança, dada principalmente pela mãe.

Essa linha "acolhe mais" o paciente, diz Elsa Dias, da Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottiana.

Segundo ela, essa corrente serve sobretudo para transtornos alimentares e síndrome do pânico, que teriam raiz em um encontro não muito acolhedor da criança com o mundo.

Nessa visão, a anorexia se relaciona a problemas no aleitamento; o pânico, a um bebê interrompido a toda hora pela mãe intrusiva.

Sucessor de Klein, Wilfred Bion (1897-1979) contribuiu para a análise repensando a relação analista-paciente.

"O analista não é só a figura sobre a qual o paciente projeta ou transfere: ele se observa nessa relação", diz Adriana Nagalli, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Além de se observar, ele devolve ao paciente as próprias experiências.

Segundo Nagalli, esse vínculo ajuda o paciente a tolerar frustrações. "Ao compreender que seu analista também falha, você suporta melhor suas limitações."

O francês Jacques Lacan (1901-1981) temperou a psicanálise com a linguística. O inconsciente, para ele, só é acessível pelo verbo, já que é a linguagem que organiza e traduz as experiências.

TEMPO TERAPÊUTICO

Lacan reformulou a duração da sessão, propondo o ªtempo lógicoº. Em vez dos clássicos 50 minutos, o analista define o término conforme a situação.

"Na linha freudiana, o analista é uma folha em branco sobre a qual o paciente projeta sua vivência.

Quando Lacan introduz o tempo lógico, o analista passa a existir", diz Anna Veronica Mautner.

Segundo Jorge Forbes, do Instituto de Psicanálise Lacaniana, o tempo é fator terapêutico. "Prefiro a arbitrariedade de quem dirige a terapia do que a do relógio", diz.

Lacan mostrou que Édipo não dava conta de explicar novos sintomas do mundo moderno, com menos regras definidas e mais necessidade de tomar decisões, explica Forbes. "O analista põe as cartas na mesa e faz o paciente a se responsabilizar pelas suas decisões."

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Madonna anuncia data de shows no Brasil



A cantora Madonna vai está no Brasil em dezembro deste ano.

Em São Paulo, a Rainha do Pop faz show no estádio do Morumbi no dia 5 e no dia 7 de dezembro.

A data da apresentação no Rio de Janeiro, ainda não foi divulgada

Madonna esteve no Brasil pela última vez em 2008, quando presenteou os fãs com 5 apresentações por todo o país (três noites somente no Estádio do Morumbi, em São Paulo), com a turnê “Sticky & Sweet”, sua oitava (e última) turnê internacional.

Planejamento Escolar, das 13h30min. as 16h30min. Escola fechada para Reunião.

Quarta feira de cinzas....

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Começa hoje a maior festa do Brasil....

Bissexuais reclamam que são discriminados por héteros e gays

IURI DE CASTRO TÔRRES - DE SÃO PAULO - Folha de S.Paulo de 19/09/2011

Em tempos de discussão sobre orgulho gay e orgulho hétero, 3% da população brasileira diz sofrer preconceito de ambos os lados.

São os bissexuais --mais de 5 milhões no país, segundo pesquisa Datafolha de 2009. Na próxima sexta, dia 23, eles vão comemorar o Dia do Orgulho Bissexual.

Um deles é Fábio*, 17. "Sinto atração pela beleza dos dois", diz. "As mulheres são mais meigas e suaves, já os homens têm pegada forte, são mais rústicos."

Como ele, a estudante de ciências sociais Maraiza Adami, 23, também é bi. Ela reclama: "Os héteros acham que ser bi é transitório ou promíscuo. Já os gays, principalmente dentro do movimento LGBT, acham quase uma agressão você ficar com alguém do sexo oposto."

Especialistas em sexualidade tentam entender as razões do duplo preconceito. O psiquiatra Alexandre Saadeh, especialista em identidade sexual do Hospital das Clínicas, lembra que é muito comum que a bissexualidade seja vista como uma fase anterior à confirmação da homossexualidade.

Marisa Cauduro/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL10-09-2011; Daniela Furtado, 24 criadora do site : be sides sobre bisexualidade.e seu namorado Danilo Milhioranca,26,webdesigner.( Foto: Marisa Cauduro/ Folhapress, FOLHATEEN)*** EXCLUSIVO FOLHA***
A bissexual Daniela Furtado, 24, com seu namorado Danilo Milhiorança, 25, heterossexual

Esse mito incomoda tanto Ilana Falci, 21, de Belo Horizonte, que ela quer editar um vídeo com vários bissexuais dando o seu depoimento. "O bi não é uma pessoa em dúvida", diz ela. "Não precisa decidir se gosta mais de homens ou de mulheres."

O projeto de Ilana se chama "Sou Visível". É possível encontrar mais informação sobre ele em bisides.com.

Esse site foi criado por outra bissexual, a estudante de secretariado executivo Daniela Furtado, 24. Um dos seus objetivos é utilizar a página para discutir como lutar contra o que ela chama de "bifobia".

Os participantes do site reclamam que, apesar da sigla LGBT incluir os bissexuais, gays e lésbicas "negam lugar" a eles no movimento. "Eles se sentem no direito de nos olhar com desconfiança", diz um dos textos. "Então eu pergunto: o que gays e lésbicas propõem que nós façamos quando o sexo de quem amamos é diferente do nosso?"

Daniela já namorou tanto meninas quanto meninos. Atualmente, está há três anos com Danilo Milhiorança, 25, que é heterossexual.

"Ela foi muito honesta comigo e sempre me fez sentir seguro, então está tudo certo", diz o rapaz.
Entre os bissexuais famosos, estão os cantores David Bowie e Lady Gaga, o vocalista do Green Day, Billie Joe Armstrong, e as atrizes Megan Fox e Angelina Jolie.

ALGO CURIOSO

Nem todo mundo, porém, é tão convicto da sua bissexualidade quanto esses famosos. E não há nada de errado nisso, diz Maria Helena Vilela, educadora sexual e diretora do instituto Kaplan, que faz estudos sobre sexualidade.

Na adolescência, afirma, é comum a confusão entre admiração e tesão. Muitos jovens, então, acabam tendo experiências com o mesmo sexo, com amigos, por exemplo.
Mas isso não necessariamente os faz homo ou bissexuais, já que a identidade só é completamente estabelecida na fase adulta.

"Os adolescentes têm hormônios saindo pelos ouvidos e maior disponibilidade para o sexo, então é mais complicado separar a curiosidade", explica Saadeh.

Lúcia*, 18, por exemplo, só transou com garotos, mas, desde o começo do ano, tem experimentado ficar com algumas amigas. "Nunca tinha cruzado minha mente a ideia de ficar com meninas, mas rolou um dia e eu gostei, então estou vendo o que realmente quero", diz.

*Nomes fictícios

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

NYFW: Nossos looks favoritos para o inverno; Confira!

Azul royal e laranja são as cores do inverno novaiorquino
As semanas de moda brasileiras já acabaram, mas as tendências continuam desfilando pelo mundo.

Os moderninhos vão adorar a próxima estação, já que as cores aparecem cada vez mais fortes. As nossas apostas são no laranja cítrico e no azul royal - não necessariamente separados.

Para os mais básicos, o preto vem dando lugar ao marrom e suas variações, mas vamos combinar, ambos são clássicos e atemporais. Para quem quer caprichar, vale investir no trench coat.

Apesar de termos estações mais amenas, ainda está valendo, pois, por aqui sempre aparecem tecidos mais levinhos. Separamos os looks mais bacanas para você se inspirar.

Olha só!

Loden Dager
 
General Idea
 
Todd Snyder
 
Band of Outsiders
 
John Bartlett
 
Simon Spurr