terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Veja se você vai começar o ano com autoestima de palha, madeira ou tijolo


Todo mundo fala de amor próprio pra cá, de amor próprio pra lá, mas parece que é mais fácil encontrar o Papa tomando café na padaria da esquina do que se gostar verdadeiramente.

Calma lá: você sabe mesmo o que é autoestima? E sabe em que pé está a sua neste começo de ano? A psicóloga junguiana Neiva Bohnenberger explica tintim por tintim na reportagem abaixo. Quer saber como está a sua autoestima?

O que é autoestima?

O tema tão atual da autoestima é uma combinação de autoimagem (como me vejo), de autoconceito (o que penso sobre mim) e de autoconhecimento (como me sinto a respeito de quem eu sou e sobre o lugar que ocupo no mundo).

Esses temas são compostos a partir da integração das falas, dos olhares e dos comportamentos que as pessoas mais próximas expressam nas interações que temos desde muito pequenos, na interação com o meio social no qual nascemos e crescemos. Interfere também como os nossos pais se sentiam como pessoas: eram felizes ou infelizes? E como se sentiam sobre a vida que tinham e as pessoas que eram?

Como posso aumentar a minha autoestima?

Precisamos começar reconhecendo que as conquistas são um processo. Nada está pronto e não buscamos ser perfeitos, e sim realizar o que temos competência para desenvolver, confiando que somos seres únicos.

Quando pensamos na autoestima de palha, reconhecendo-a como um modo de agir que deseja resultados rápidos em detrimento de uma profundidade e estruturação maior, começamos a conhecer como funcionamos.

Somos como a criança que nada dá e que, nesta fase, só recebe. Neste caso, a pessoa opta pela construção de um pensamento que não adianta fazer nada, pois sempre será destruído ou sempre dependemos do outro para ter o que precisamos. Ou seja: agimos como a criança que só espera receber.

No passo seguinte, na autoestima de madeira, já estamos começando a entender que é necessário que nos dediquemos mais a fazer melhor, ou seja, percebemos que merecemos mais e que podemos superar os que vieram antes de nós.

Aqui começa o caminho de volta de uma vida em que dar e receber vai existindo e começa a ter o mesmo tamanho. No terceiro passo - tornar-se uma pessoa com autoestima de tijolo - significa estar atenta para não voltar aos modelos conhecidos dos estágios anteriores.

Aqui, a estrutura interna garante o poder de avançar, pois a construção é feita de decisão e firmeza na busca de aceitar que é possível fazer uma vida própria e atenta aos predadores. Nesta fase, damos e recebemos sem que isto precise uma medida. É natural.

Sabemos que a nossa autoestima está tomando uma forma quando vigiamos a nossa capacidade destrutiva e nos construímos com pensamentos, sentimentos positivos e ações concretas.

Sete dicas para você gostar mais de você:

Blogs ajudam a autoestima

1 - Vigilantes da AutoEstima
http://vigilantesdaautoestima.zip.net/


3 - Roberto Shinyashiki
http://shinyashiki.uol.com.br/blog

4 - Um Dia de Cada Vez
http://1diadecadax.wordpress.com/

5 - Sou Tímido e Vou à Luta
http://soutimidoevoualuta.zip.net/

Leonard Verea, psiquiatra especializado em medicina psicossomática, ajuda a buscar uma vida mais feliz praticando estas atitudes:

Agora, somente agora, viva o presente: não fique presa no passado ou sonhando e projetando demais o futuro.

Faça sua vida melhor hoje.

O que conta, é o presente.

Capriche no visual, mostre a sua melhor imagem: coloque a roupa que você mais gosta para sentir-se bonita e bem disposta.

Contradição, que prazer, vire-se de cabeça pra baixo: experimente agir diferente, se possível, de forma contrária ao seu comportamento habitual. Isso vai ajudá-la a aceitar as contas com todas as partes que existem em você.

Diga adeus à culpa: o que foi feito, está feito. Considere como página virada.

Agora se dê o direito de curtir pequenos prazeres sem remorsos, curta ao máximo a sua transgressão.

Prazeres e dores: uso ou jogo fora.

Aceite suas emoções, não fuja delas nem de dores ou das alegrias. Viva cada emoção, boa ou ruim e, depois, siga em frente, continue vivendo.

Seja mais positivo: quando se referir a você mesma, use palavras e gestos otimistas, que a estimulem.

Nada de ficar reclamando “sou azarada”, “comigo nada dá certo”, ou se perguntado “por que comigo?”.

Tente outros caminhos, pois não existe um jeito único de fazer as coisas.

Experimente olhar sua vida e as pessoas de maneira diferente.

Assim, vai conseguir sair do óbvio e ser capaz de encontrar alternativas, parando de repetir o script de que nada faz você feliz.