quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cientistas descobrem variante de gene que aumenta o risco de Alzheimer

Cientistas descobriram que a variante de um gene associado à doença de Alzheimer impede a evacuação de placas senis do tecido cerebral, o que aumenta o risco de desenvolvimento da doença, segundo estudo publicado nesta quarta-feira pela revista "Science Translational Medicine".

As placas senis são formadas devido à acumulação de proteínas beta-amilóide, que se concentram em cúmulos ou novelos impenetráveis que afetam à transmissão entre as células nervosas do cérebro.

A descoberta serviria para explicar por que algumas pessoas sofrem maior acumulação da proteína e buscar novas maneiras para atrasar e inclusive deter a acumulação dessas placas.
Os pesquisadores identificaram vários genes que parecem aumentar o risco de Alzheimer, um deles é o gene APOE, cuja variante ApoE4 aumenta o risco e antecipa a idade de aparição da doença.

Estudos anteriores haviam sugerido que a ApoE4 contribuía para dirigir a acumulação de beta-amilóide, e agora o doutor David Holtzman, da Escola de Medicina da Washington University, e seus colaboradores revelaram o motivo.

Segundo suas pesquisas, a ApoE4 contribui para a acumulação da proteína mediante a desaceleração de sua evacuação do cérebro, o que explicaria por que algumas pessoas acumulam mais esse tipo de proteína que outras, aumentando o risco de Alzheimer.

Os autores mediram a concentração de beta-amilóide no fluido cerebral de indivíduos cognitivamente normais de menos de 70 anos de idade usando formas distintas de APOE.

A equipe descobriu que os indivíduos com ApoE4 tinham muita mais proteína beta-amilóide
no cérebro que os indivíduos com as formas ApoE2 e ApoE3 (outras duas formas comuns de proteínas do gene).

Em um segundo momento, os pesquisadores estudaram as concentrações de beta-amilóide em ratos geneticamente modificados e descobriram maiores concentrações da proteína humana nos animais com ApoE4 que nos animais com as outras formas.

A equipe também observou que o cérebro dos ratos (tanto jovens como velhos) com a ApoE4 humana se desfez da beta-amilóde muito mais devagar que aqueles com as outras formas da proteína.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente adultos de idade avançada, cujo principal sintoma é a perda de memória.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Acupuntura para orelhas não é mais dolorosa, diz o Prof. Marcos Alexandre.


Prof. Marcos Alexandre em Seminário
da Saúde e Educação em Campinas/SP.
Tratamento antes feito com agulhas agora usa apenas sementes, cristais ou luzes .

A auriculoterapia é uma técnica terapêutica que estimula pontos reflexos localizados na orelha, onde encontramos um mapa completo de um microssistema que representa o corpo humano. Estimular esses pontos, que são integrados ao sistema nervoso central, altera os sinais de desequilíbrio apresentados por órgãos ou tecidos do corpo.

O
corpo humano e todos os seus componentes, como órgãos, vísceras e membros, estão projetados na orelha. Quando uma região do corpo esta em desequilíbrio há uma manifestação na região correspondente da orelha, indicando que a aquela determinada área do corpo deve ser tratada. Os estímulos feitos pela auriculoterapia auxiliam no tratamento da região comprometida.

Com esse tipo de estímulo podemos beneficiar idosos, crianças e pessoas que têm medo de agulhas com uma opção eficiente e indolor.
A auriculoterapia normalmente é utilizada ao final de uma sessão de acupuntura, para complementar o tratamento sistêmico. Porém, o que poucos sabem é que um tratamento completo pode ser feito só com a auriculoterapia. Bons auriculoterapeutas conseguem fazer um tratamento idêntico à acupuntura sistêmica apenas estimulando os pontos do pavilhão auricular. Uma sessão de auriculoterapia nesses padrões pode chegar a ter 60 minutos de duração e trazer os mesmos benefícios do que o tratamento feito com agulhas.

O grande problema da auriculoterapia é a forma como a região é estimulada. Os materiais utilizados são as famosas agulhas e sementes, que são incômodas e doloridas. Porém, graças à
cromoterapia, agora os terapeutas podem oferecer uma alternativa aos estímulos clássicos, trocando as agulhas por luz - a junção das duas técnicas leva o nome de cromoterapia auricular. 

Na cromoterapia auricular os pontos selecionados pelo terapeuta recebem o toque de uma caneta com uma ponta de cristal, que emite luz colorida. Dentro da visão da Medicina Tradicional Chinesa, os órgãos e vísceras são representados por vários atributos, entre eles as cores e os alguns cinco elementos chineses. Juntando esses pontos, temos a seguinte relação:

Madeira - Verde - Fígado / Vesícula Biliar
Fogo - Vermelho - Coração / Intestino Delgado
Terra - Amarelo - Baco e Pâncreas / Estômago
Metal - Branco - Pulmão / Intestino Grosso
Água - Azul Escuro - Rim / Bexiga

Sendo assim, após traçar uma linha de tratamento, o terapeuta pode usar as cores dos cinco elementos chineses como estímulo em sua seleção de pontos.
Outra opção é usar as cores do espectro como estímulos de sedação e tonificação, sendo as cores mais quentes (vermelho, laranja e amarelo) tonificantes e as mais frias (azul, azul escuro e roxo), sedantes. O verde é intermediário entre as cores frias e quentes, e é utilizado em pontos especiais para iniciar um tratamento.

Com esse tipo de estímulo podemos beneficiar idosos, crianças e pessoas que têm medo de agulhas com uma opção eficiente e indolor.

Vale lembrar que a auriculoterapia e a cromoterapia são métodos complementares de manutenção da saúde. Substituir tratamentos médicos por tratamentos alternativos não é recomendado e é dever do terapeuta orientar o seu cliente.
Agende uma consulta comigo - Prof. Marcos Alexandre

terça-feira, 28 de junho de 2011

Álcool pode causar danos nos cérebro de jovens até 25 anos.

Philip Morris processa Austrália contra plano de banir logotipos em cigarros

 em 27/06/2011.

A Philip Morris, gigante da indústria tabagista mundial, entrou com processo nesta segunda-feira contra o governo da Austrália devido ao plano de proibir logotipos dos fabricantes nos maços de cigarros vendidos no país.

A proposta do governo australiano prevê que os cigarros deverão ser vendidos em maços verde-escuros sem logotipos, em uma tentativa de tornar os pacotes menos atraentes.

A Philip Morris da Ásia - que tem sede em Hong Kong e controla a filial australiana da empresa -, alega que esta legislação viola um tratado de investimento entre a Austrália e Hong Kong, que protege a propriedade intelectual da empresa.

A companhia informou que já enviou uma notificação legal ao governo australiano estabelecendo um período obrigatório de três meses para que os dois lados negociem a questão.

"Se isto não funcionar, pretendemos pedir indenização pelas perdas nos nossos negócios", disse Anne Edwards, porta-voz da Philip Morris da Ásia.

A companhia afirmou que um painel das Nações Unidas que analisa as regras do Comércio Internacional deverá decidir de quanto será a indenização, caso seja determinado seu pagamento.

"Estimamos que poderá ser de bilhões (de dólares), mas o painel deverá decidir", acrescentou Edwards.

Propagandas

A proposta do governo australiano deve ser levada ao Parlamento em julho e, caso seja aprovada, será implementada a partir de janeiro de 2012.

O setor já está divulgando propagandas de televisão insinuando que este plano está transformando o governo da Austrália em um "Estado-babá".

Outra gigante do setor, a British American Tobacco, afirmou que o plano desrespeita leis internacionais de marcas registradas e propriedade intelectual.

No entanto, a primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, afirmou que não vai mudar o plano de padronização nos maços de cigarro.

"Não seremos intimidados por táticas da indústria do fumo, não importa se são táticas políticas (...) ou se são táticas legais", disse. "Não vamos recuar. Tomamos a decisão certa e vamos até o fim."

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tecidos vegetais

Por Alice Dantas Brites - Pedagogia & Comunicação
 
Assim como nos animais, as células vegetais associam-se umas às outras formando tecidos, ou seja, unidades com estruturas e funções específicas. Os tecidos vegetais podem ser divididos em: tecidos meristemáticos, tecidos de revestimento, tecidos fundamentais e tecidos vasculares.


Tecidos meristemáticos

Os tecidos meristemáticos são responsáveis pela formação dos demais tecidos e pelo crescimento das plantas. Eles são formados por células pequenas e com grande capacidade de divisão através da mitose. Os tecidos meristemáticos podem ser classificados como primários ou secundários.

Os meristemas primários são responsáveis pelo crescimento longitudinal (crescimento primário) das plantas. São encontrados principalmente no ápice dos caules e das raízes. Existem três tipos de meristemas primários, sendo que cada um deles é responsável pela formação de um tipo específico de tecido: protoderme (origina a epiderme), meristema fundamental (origina os tecidos fundamentais) e procâmbio (origina os tecidos vasculares).

Os meristemas secundários ocorrem nas plantas que apresentam crescimento em espessura (crescimento secundário). São formados por células adultas que se desdiferenciam e recuperam a capacidade de divisão mitótica. O felogênio e o câmbio são meristemas secundários. O primeiro é responsável pela formação de camadas da periderme e, o segundo, pela formação do floema e xilema secundários.

Tecidos de revestimento

Os tecidos de revestimento, além de protegerem mecanicamente as superfícies externas das plantas, também realizam funções como aeração dos tecidos internos e reduzem a perda de água. Existem dois tipos de tecidos de revestimento: a epiderme e a periderme.

A epiderme é o tecido primário de revestimento. As células epidérmicas das partes aéreas das plantas secretam uma substância chamada de cutina. A cutina forma uma camada impermeabilizante chamada de cutícula. A cutícula, entre outras funções, evita a perda de água e protege a planta de choques mecânicos. Entre as células da epiderme existem as células-guarda. As células-guarda controlam a abertura de pequenos poros da epiderme chamados de estômatos. Através dos estômatos ocorre a entrada e a saída de gases da planta. A epiderme também pode apresentar apêndices chamados de tricomas como, por exemplo, os pêlos radiculares,

Em plantas com crescimento em espessura (secundário) a epiderme é usualmente substituída pela periderme. A periderme possui três camadas: a feloderme, o felogênio e o súber. O felogênio é um tecido meristemático que origina o súber para fora e a feloderme para fora.

Tecidos fundamentais

Os tecidos fundamentais são representados pelos parênquimas e pelos tecidos de sustentação.

Os parênquimas são tecidos que ocorrem em diversas partes das plantas. Alguns exemplos de parênquima são o clorofiliano, o amilífero, o aerífero e o aqüífero. O parênquima clorofiliano possui células com grande quantidade de cloroplastos, sendo o principal local de realização da fotossíntese. O parênquima amilífero possui células que armazenam amido como substância de reserva. O parênquima aerífero acumula ar em seu interior permitindo, por exemplo, a flutuação de plantas aquáticas. Já o parênquima aqüífero armazena água em seu interior e é muito comum em plantas de clima seco.

Os tecidos de sustentação são de dois tipos: o colênquima e o esclerênquima. O colênquima é formado por células vivas e flexíveis sendo especialmente adaptado à sustentação de órgãos em crescimento. O esclerênquima é formado por células mortas e muito resistentes.

Suas células são impregnadas por uma substância chamada lignina que confere rigidez às células.


Tecidos vasculares

Os tecidos vasculares transportam substâncias ao longo da planta. Existem dois tipos de tecidos vasculares: o xilema e o floema.

O xilema é o principal condutor de água e nutrientes (seiva bruta) das raízes até as folhas da planta. O xilema é composto principalmente por dois tipos de célula: os elementos de vaso e os traqueídes. Os elementos de vaso são células alongadas que se dispõem em sequência formando vasos condutores. Suas paredes apresentam perfurações que permitem a comunicação entre elementos adjacentes. Os traqueídes também são células alongadas e dispostas sequencialmente. Suas paredes possuem pequenos poros chamados de pontuações.

O floema é o principal condutor de substâncias orgânicas (seiva elaborada) originadas da fotossíntese. Os elementos crivados e as células companheiras são as principais células condutoras do floema e, assim como as células do xilema, encontram-se dispostos na forma de feixes. Os elementos crivados possuem uma área repleta de poros através dos quais as células adjacentes se comunicam. As células companheiras são células parenquimáticas, dispostas ao lado dos elementos crivados, que auxiliam na condução das substâncias.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

De 23 a 26/06/2011 - Passeio Cultural nas Cidades Históricas de Minas Gerais

Veja algumas fotos da Cidade de Ouro Preto - MG




Veja algumas fotos da Cidade de Mariana - MG





Mitose e meiose - Os dois processos de divisão celular

Por Cristina Faganelli Braun Seixas - Pedagogia & Comunicação
 
Nosso organismo está sempre realizando divisões celulares. Há dois tipos de divisão celular, a mitose e a meiose, e nós realizamos tanto uma quanto outra, mas em situações diferentes. Para o estudante, é importante saber distinguir cada uma delas: mitose ou meiose?, eis a divisão, digo, a questão...Vamos ver quando e como realizamos cada uma delas.
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Mitose

A mitose é um tipo de divisão celular que ocorre desde o surgimento da primeira célula do bebê (célula-ovo ou zigoto) até a nossa morte. Quando ainda estamos sendo gerados, no útero materno, é necessário que ocorra a duplicação das células a fim de formar o novo ser. A partir daí nunca mais paramos de realizar mitoses.

Esse processo é de suma importância para continuarmos a nos desenvolver, a crescer, a repor as células perdidas, como, por exemplo, ao sofrermos uma lesão na pele, ou perdermos células sanguíneas (
hemácias) a cada 120 dias, etc.

A divisão da divisão

A mitose se inicia com uma célula diplóide (2n), ou seja, com o número total de cromossomos da espécie que no nosso caso são 46. Em seguida há um período denominado intérfase, em que ocorre a duplicação do material genético, para depois começar a divisão propriamente dita.

O processo de divisão é contínuo, mas para entendermos melhor a mitose, costumamos subdividi-la em fases, que são:
  • prófase
  •  
  • metáfase
  •  
  • anáfase
  •  
  • telófase
Na prófase, há uma certa "desorganização", pois a cromatina (material genético) inicia sua espiralização, transformando-se em cromossomos (contendo duas cromátides-irmãs). Há o desaparecimento do nucléolo, o rompimento da carioteca (membrana nuclear) e os centríolos migram para os pólos da célula.

Da metáfase à telófase

Na metáfase ocorre a espiralização máxima e os cromossomos encontram-se no centro da célula (plano equatorial), presos às fibras do fuso. Na anáfase, por sua vez, as cromátides-irmãs migram para os pólos opostos das células devido ao encurtamento das fibras do fuso.

Finalmente, na telófase ocorre a formação de duas células - filhas idênticas à célula-mãe (que originou todo o processo). Termina aí a cariocinese (divisão do núcleo) e inicia a citocinese (distribuição equivalente do citoplasma). Nesta etapa, reaparecem a carioteca, os nucléolos e os cromossomos voltam a desespiralizar-se.

Células sexuais

Já a meiose ocorre com a finalidade específica de produzirmos as células sexuais ou gametas (espermatozóide e óvulo). No homem, os espermatozóides se produzem à medida que são utilizados. Durante a ejaculação, eliminam-se em média 300 milhões de células.

Por sua vez, os óvulos já estão formados nos ovários da mulher desde o seu nascimento. São cerca de 400 mil, mas, normalmente, amadurece somente um a cada mês, após a puberdade.

Segunda divisão

A meiose também é dividida em etapas. Além disto, essa divisão é dupla. Na primeira divisão, ocorrem a prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. Na segunda, a prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II.

A grosso modo, o que difere a meiose da mitose, além da formação de células com metade do número de cromossomos (n = 23), é que na prófase I acontecem subfases:
  • leptóteno
  •  
  • zigóteno
  •  
  • paquíteno
  •  
  • diplóteno
  •  
  • diacinese


Elas são importantes, pois favorece o "crossing-over", ou seja, a mistura do material genético, com a quebra e troca de pontas entre os cromossomos. Mas, por que esse fato é importante? Para favorecer a variabilidade genética, o que garante a nossa diversidade.

É importante também que a meiose seja reducional, pois durante a fecundação (união do óvulo com o espermatozóide) forma-se um novo ser com 46 cromossomos, 23 vindos do pai e 23 da mãe. Desse modo, fica garantida a perpetuação da espécie.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mitose e meiose - Resumo

Mitose

A mitose é um tipo de divisão celular essencial para continuarmos a nos desenvolver, a crescer e a repor células perdidas.



A mitose se inicia com uma célula diplóide (2n), ou seja, com o número total de cromossomos da espécie (no caso dos humanos, 46). Em seguida, há um período de grande atividade metabólica, denominado intérfase, em que ocorre a duplicação do material genético. Só depois começa a divisão propriamente dita.

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Fases da mitose


1. Prófase: a cromatina (material genético) inicia sua espiralização, transformando-se em cromossomos (contendo duas cromátides-irmãs). Os centríolos (ausentes nas células vegetais) se posicionam em pólos opostos e entre eles aparecem as fibras do fuso. Há o desaparecimento do nucléolo, e, por fim, ocorre o rompimento da carioteca (membrana nuclear).



2. Metáfase: os cromossomos atingem a espiralização máxima e encontram-se na região central da célula (plano metafásico), presos às fibras do fuso.



3. Anáfase: as cromátides-irmãs migram para os pólos opostos das células devido ao encurtamento das fibras do fuso.



4. Telófase: termina a divisão do núcleo (cariocinese) e do citoplasma (citocinese). Os cromossomos voltam a se desespiralizar, a carioteca e os nucléolos reaparecem. Por fim, formam-se duas células, filhas idênticas à célula-mãe (que originou todo o processo).


 

Meiose

É um processo de divisão reducional no qual uma célula diplóide (2n) origina 4 células haplóides (n). Ocorre com a finalidade específica de produzir células sexuais ou gametas (espermatozóide e óvulo). No caso dos seres humanos, a meiose garante que, durante a fecundação, se forme um novo ser com 46 cromossomos, 23 vindos do pai e 23 da mãe.



Também é dividida em etapas. A divisão é dupla. Na primeira divisão, ocorrem a prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. Na segunda, a prófase II, metáfase II, anáfase IIe telófase II.



Antes do início da meiose há, assim como na mitose, um período de duplicação do material genético chamado de interfase.

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Etapas da meiose


1. Prófase I: a cromatina se espiraliza, transformando-se em cromossomos (contendo duas cromátides-irmãs). Os centríolos, quando presentes, se posicionam em pólos opostos e entre eles aparecem as fibras do fuso. Há o desaparecimento do nucléolo, e o rompimento da carioteca. Esta etapa pode ser dividida em 5 subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese. Durante esta fase pode ocorrer o "crossing-over" (mistura do material genético), com a quebra e troca de pontas entre os cromossomos. Este mecanismo favorece a variabilidade genética.



2. Metáfase I: os cromossomos homólogos atingem a espiralização máxima e migram, presos às fibras do fuso, posicionando-se no plano metafásico da célula.



3. Anáfase I: os cromossomos homólogos migram para os pólos opostos das células devido ao encurtamento das fibras do fuso.



4. Telófase I: término da cariocinese e da citocinese. Os cromossomos se desespiralizam, a carioteca e o nucléolo reaparecem.



5. Prófase II: os cromossomos voltam a se espiralizar, os centríolos (quando presentes) se posicionam em pólos opostos e surgem as fibras do fuso. Os nucléolos desaparecem e a carioteca se rompe.



6. Metáfase II: Os cromossomos homólogos migram, presos às fibras do fuso, posicionando-se no plano metafásico da célula.



7. Anáfase II: as cromátide irmãs dos cromossomos homólogos migram para pólos opostos das células devido ao encurtamento das fibras do fuso.



8. Telófase II: término da cariocinese e da citocinese. Os cromossomos se desespiralizam, a carioteca e o nucléolo reaparecem. Formam-se 4 células haplóides (n) originadas da célula mãe diplóide (2n).

USP descarta uso das notas do Enem no vestibular de 2012

A Pró-Reitoria de Graduação da USP (Universidade de São Paulo) descartou o uso das notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 para composição da nota do vestibular de 2012, realizado pela Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular).

Segundo a assessoria de imprensa, a decisão foi tomada devido a problemas de calendário: a Fuvest costumava usar a nota do Enem para composição da primeira fase do vestibular e não há uma confirmação de que o resultado do exame seja divulgado antes dos resultados da primeira fase da Fuvest. O mesmo argumento foi utilizado em anos anteriores.

O Enem 2011 recebeu 6.221.697 inscrições. As inscrições foram encerradas às 23h59 de sexta-feira (10). A quantidade de interessados na prova é o maior desde sua criação, em 1998, quando o Enem teve 157.221 inscritos. No ano passado, houve 4.611. 505 inscritos.

A região com maior número de candidatos é a Sudeste, seguindo a distribuição populacional, com 2.312.312 inscritos. Na sequência, vem o Nordeste com 1.903.135 participantes. Já a Região Sul apresentou 780.802 inscritos, seguido do Norte do país com 651.995 e o Centro-Oeste com 573.453 registros.

Fuvest 2012

As inscrições para isenção de taxa da Fuvest 2012 começaram a ser recebidas nesta segunda-feira (13). Segundo a instituição, serão concedidas até 65 mil isenções. Os pedidos devem ser feitos pelo www.fuvest.br, até 5 de agosto.

A água, neste caso, não é para limpeza. Calouros assistem a trote de colegas na Poli-USP
 
As provas do vestibular 2012 da Fuvest serão realizadas nos dias 27 de novembro (1ª fase) e de 8 a 10 de janeiro de 2012 (2ª fase). O manual do candidato será diponibilizado a partir de 1º de agosto.

Entre os dias 9 e 14 de outubro serão realizadas as provas de habilidade especifíca antecipadas para as carreiras de música (São Paulo) e artes visuais. A lista de aprovados nessas provas serão publicadas em 4 de novembro.

Os locais de prova da primeira fase poderão ser consultados a partir de 21 de novembro. A lista de convocados para a segunda fase e os locais do exame serão divulgados em 19 de dezembro.

Entre os dias 11 e 13 de janeiro acontecem as provas de habilidades específicas para os cursos que não tiveram essa etapa antecipada.

A divulgação da primeira chamada está prevista para 4 de fevereiro, com matrícula nos dias 8 e 9 do mesmo mês.

Leitura obrigatória

A lista de livros obrigatórios está em vigência desde 2010 e foi mantida para essa edição. Ao manter um ciclo de três anos, a intenção é dar tempo ao estudante do ensino médio para que ele se prepare.

Segundo o manual do candidato do vestibular passado, o vestibulando deve demonstrar "conhecimento das obras representativas dos diferentes períodos das literaturas brasileira e portuguesa. O conhecimento desse repertório implica a capacidade de analisar e interpretar os textos, reconhecendo seus diferentes gêneros e modalidades, bem como seus elementos de composição, tanto aqueles próprios da prosa quanto os da poesia. Implica também a capacidade de relacionar os textos com o conjunto da obra em que se insere, com outros textos e com seus contexto histórico e cultural."

Veja quais são os livros do vestibular 2012 e inicie seus estudos com o material do UOL Vestibular:

 Fonte: http://vestibular.uol.com.br, em 14/06/2011.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vegetais - Evolução e adpatação das plantas à vida na Terra

Por Cristina Faganelli Braun Seixas - Pedagogia & Comunicação


As algas marinhas de 500 milhões de anos atrás, no período Ordoviciano, deram origem aos vegetais. A Terra passou por um período de seca e muitas modificações (período Siluriano, há 435 milhões de anos) que pode ter sido um fator de seleção natural.

Para conquistarem o novo ambiente, as plantas precisaram se adaptar às suas novas condições de vida. Assim, desenvolveram vasos condutores de seiva, que garantem a distribuição das seivas bruta e elaborada pela planta.

Esta característica está diretamente ligada ao porte da planta, pois as briófitas, como os musgos, por exemplo, não apresentam esses vasos e chegam a ter no máximo 10 cm, enquanto que as gimnospermas e angiospermas podem chegar a 100 m.

 

Agentes polinizadores



Outra adaptação ao ambiente terrestre está relacionada às sementes e sua dispersão. O vegetal mais evoluído é aquele que apresenta sua semente protegida pelo fruto. Sua disseminação ocorre, normalmente, através de agentes polinizadores, tais como, os insetos, pássaros e morcegos, entre outros.

Uma outra adaptação necessária foi controlar a perda excessiva de água. Isso passou a ocorrer através da abertura e fechamento dos estômatos - estruturas microscópicas por meio das quais ocorrem as trocas gasosas entre a planta e a atmosfera. Da mesma maneira, as plantas dispensaram a água durante o seu ciclo reprodutivo, uma vez que seus gametas já não se encontravam num ambiente aquático.

Acredita-se que no período Denoviano (410 milhões de anos atrás) surgiram bosques formados pelos ancestrais de musgos e samambaias. As plantas com sementes desenvolveram-se neste período e se diversificaram no Carbonífero (355 milhões). Encontram-se adaptadas ao meio terrestre até os dias atuais.

 

Gimnospermas e angiospermas



Em suma, seguindo a evolução de plantas terrestres, temos as briófitas, sem vasos condutores de seiva, como é o caso dos musgos e das hepáticas, por exemplo. As pteridófitas foram primeiras a apresentarem vasos condutores de seiva. Entre elas, as mais comuns são as samambaias e avencas.

As gimnospermas, representadas pelos pinheiros, apresentam sementes nuas (um exemplo típico é o pinhão) e, por fim, vêm as angiospermas. São as mais evoluídas, pois apresentam flor, fruto e semente protegida pelo fruto.

Cotilédone é o nome que se dá à folha ou folhas primordiais que se formam no embrião das gimnospermas e das angiospermas. Existem vários cotilédones naquelas, mas nestas últimas são apenas um ou dois, por isso as angiospermas se subdividem em duas classes: monocotiledônea e dicotiledônea.

As monocotiledôneas apresentam nervuras paralelas nas folhas, raiz cabeleira (fascicular), e flores trímeras (três pétalas e três sépalas). Pertencem a esta classe plantas tão diferentes quanto as orquídeas e o milho.

Já as dicotiledôneas apresentam nervuras irregulares pelas folhas, raiz principal, flores tetrâmeras ou pentâmeras. São elas a maioria das árvores (exceto os pinheiros) e plantas herbáceas.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Professor Marcos Alexandre - Alegria e carinho dos alunos....


Alunos da Escola Estadual "Julio Mesquita" pedem que o 
Professor Marcos Alexandre volte a dar aulas para eles e fazem até essa brincadeira....rsrsrs.

Agradeço o carinho de todos!!!

Agora estou dando um novo rumo 
a mais um desafio profissional.

Grande abraço do Prof. Marcos Alexandre
Junho/2011

Vacinas - Mecanismo simples e eficaz na prevenção de doenças

Por Alice Dantas Brites  - Pedagogia & Comunicação
Algumas vacinas são injetáveis, por meio de seringas ou pistolas

DivulgaçãoEm 1796, o médico inglês Edward Jenner, observou que as pessoas que ordenhavam vacas, freqüentemente adquiriam uma forma amena de varíola presente nestes animais, a varíola bovina. Constatou também que esses indivíduos raramente contraíam a varíola humana, doença grave, responsável por inúmeras mortes na Europa daquele tempo. Essas observações levaram Jenner a formular a hipótese de que, de alguma forma, a varíola bovina conferia imunidade contra a varíola humana.

Jenner decidiu então realizar um experimento por meio do qual inoculou o pus extraído de feridas de vacas contaminadas em pequenos arranhões no braço de um garoto chamado James Phipps. Nos anos seguintes, Phipps foi exposto inúmeras vezes à varíola e nunca contraiu a doença, comprovando a teoria do médico. A descoberta espalhou-se rapidamente e, apenas quatro anos depois do experimento de Jenner, cerca de 100 mil pessoas já haviam sido vacinadas na Inglaterra.

Pasteur e a vacina

desenvolveu um método para combater um surto de cólera que, naquele ano, matara cerca de 10% da população de galinhas da França.Por muitos anos, essa foi a única forma de imunização conhecida, até que em 1880, o químico francês Louis Pasteur

Pasteur isolou a bactéria causadora de doença, cultivou-a em meios de cultura apropriados, e em seguida a inoculou em aves saudáveis. As galinhas assim tratadas não contraíam mais a doença. Pasteur também desenvolveu a vacina contra a raiva e, em 1885, aplicou-a pela primeira vez em Joseph Meister, um menino que havia sido mordido por um cachorro infectado.

Como as vacinas agem?

Ao ser infectado por um antígeno (substâncias ou microorganismos invasores), o sistema imunitário do organismo desencadeia o processo chamado de resposta imunitária, que, entre outros mecanismos, resulta na produção de anticorpos, uma proteína que neutraliza o antígeno.

Também são produzidas as células de memória que recebem esse nome, pois são capazes de memorizar qual foi o anticorpo utilizado no combate ao invasor. Desta forma, da próxima vez que o organismo for infectado pelo mesmo antígeno, a resposta imunitária será muito mais rápida.
Através das vacinas são injetados antígenos mortos ou inativos que estimulam a produção de anticorpos e de células de memória. Assim, o organismo se torna imune à doença sem tê-la contraído. Existem vacinas tanto para doenças causadas por bactérias, como a tuberculose e a cólera, quanto vacinas para doenças provocadas por vírus como a hepatite e a gripe.

Calendário de vacinas

No caso de algumas doenças, uma única dose de vacina é suficiente para o organismo estar protegido. Em outras, é necessário que se faça um ou mais reforços depois de um determinado período. Às vezes, é recomendável que se tome a vacina antes de entrar em contato com situações de risco, como viajar para áreas que apresentem alguma doença endêmica ou regiões afetadas por surtos de alguma enfermidade.
Este é o caso da vacina contra a febre amarela que, embora deva ser aplicada pela primeira vez aos nove meses de idade, recomenda-se que seja reaplicada em todos os indivíduos que forem viajar para áreas de risco. No entanto, é necessário tomar a vacina 10 dias antes da viagem, pois este é o tempo que ela leva para fazer efeito e proteger efetivamente o organismo contra a doença.
A maioria das vacinas está disponível nos postos de saúde e pode ser aplicada gratuitamente em qualquer época do ano. Algumas são ministradas via oral enquanto outras são injetáveis. A vacinação é um processo simples e capaz de prevenir o contágio de diversas doenças, muitas das quais podem ser letais.
Alguns indivíduos podem apresentar alguns efeitos colaterais após a aplicação da vacina, como febre, inchaço no local da picada e náuseas. No entanto, reações adversas graves são raras e os benefícios da vacinação superam os riscos de tais efeitos. O quadro abaixo é um calendário que mostra a idade na qual a primeira dose de algumas das principais vacinas deve ser tomada:

Idade
Vacina
Ao nascer
Tuberculose, Hepatite B
2 meses
Paralisia infantil, Difteria, Tétano e Coqueluche
2 meses
Rotávirus
9 meses
Febre amarela
12 meses
Catapora
12 meses
Sarampo, Rubéola e Caxumba
12 anos
Papilomavírus
60 anos ou mais
Gripe


domingo, 19 de junho de 2011

Desenvolvimento sustentável - Entenda esse conceito

Por Mariana Aprile - Pedagogia & Comunicação
 
Imagine que você descobriu uma árvore de frutas deliciosas, como uma macieira. Basta tirar uma maçã, que outras duas nascem. Certo dia, outras pessoas aparecem para pegar as frutas também.

Todos resolvem subir na árvore para colher mais. E quebram seus galhos. A árvore quase morre - e pára de dar frutos. Essa história ilustra o que acontece com a natureza nos dias de hoje.

Os seres humanos usam os recursos naturais como se fossem inesgotáveis. Mas os benefícios da natureza, como a água e o solo (de onde se tiram os alimentos) não são infinitos e podem se esgotar, assim como as maçãs da árvore mágica. Muitas pessoas já sofrem com a falta de água e de alimento. O pior é que em lugares como o Oriente Médio, onde a água é considerada o "ouro azul" por ser escassa, ela pode ser motivo de guerra. Mais um, numa região já tão violenta.

 

Lotação quase esgotada

A situação do planeta é crítica e por isso mesmo você já deve ter ouvido falar em desenvolvimento sustentável. É o nome que se dá quando você colhe a maçã, mas respeita a árvore e dá tempo a ela para se refazer e produzir mais frutos outra vez. O mesmo se aplica a todos os outros recursos naturais da Terra: deve-se usá-los com sabedoria, para dar tempo à natureza de se recompor. Caso contrário, eles se esgotam, acabam, desaparecem.

O avanço da ciência e da tecnologia trouxe inúmeros benefícios para o ser humano. A medicina moderna, por exemplo, tornou possível o aumento da expectativa de vida - as pessoas vivem mais tempo devido aos remédios e vacinas que curam doenças. Assim, com menos mortes e mais nascimentos na população humana, o resultado é o aumento exagerado do número de pessoas no planeta.

Para se ter uma idéia, no início da Era Cristã a população mundial contava com cerca de 200 milhões de pessoas - e chegou a 1 bilhão por volta do ano 1800, há apenas 200 anos. Então, nas primeiras décadas do século 20, esse número dobrou. No dia 12 de outubro de 1999, nasceu o bebê que inteirou o número 6 bilhões.

A esse aumento considerável da população dá-se o nome de explosão demográfica. Peter Kostmayer, da ONG "Population Connection", afirmou que a taxa de crescimento da população está, de longe, extrapolando nossa capacidade de oferecer empregos, educação, moradia e cuidados médicos. Além disso, está causando tremendos problemas ambientais no mundo - para o planeta e para seus habitantes.

Atualmente, pelo menos uma em cada cinco pessoas é subnutrida - e uma a cada seis não tem acesso à água potável. Com tanta gente, há necessidade de mais alimento, mais água, mais terra para produzir alimentos. Da mesma maneira que um lindo parque fica imundo depois de um feriado cheio de gente jogando lixo em toda parte, o planeta vive uma superlotação de gente, com o conseqüente aumento da produção de detritos e resíduos. Pior: o sistema econômico e de exploração dos recursos naturais atual não permite que a Terra suporte uma população tão grande.

A agricultura e a criação de animais, segundo diversos ecólogos (cientistas que estudam a ecologia), em breve não serão suficientes para alimentar todas as pessoas. E é preciso lembrar ainda dos recursos alimentares dos oceanos, que são limitados - o mar oferece 100 milhões de toneladas de peixes, sendo que o ser humano retira por ano 97 milhões de toneladas para si (quase tudo!).

Então, o ser humano destrói partes da natureza a cada dia, sem se dar conta de que está acabando com elementos necessários à sua própria sobrevivência. É a detruição da árvore das maçãs.
 

Economia da natureza

Esses problemas levaram, em 1980, à criação de um novo conceito - o desenvolvimento sustentável. Parece um nome difícil, mas é fácil de entender, não é? Trata-se de um conjunto de atitudes e projetos que têm como objetivo utilizar a natureza sem destruí-la. Dando tempo para ela se refazer.

O desenvolvimento sustentável é como se fosse uma "poupança da natureza". Isto é, retira-se uma certa quantidade de recursos naturais, mas se deixa uma quantia suficiente para "render" - no caso da macieira, por exemplo, se as pessoas tivessem uma idéia de desenvolvimento sustentável, elas esperariam a árvore produzir mais frutos, ao invés de arrancá-los todos com aquela pressa danada.

Além disso, se os mesmos indivíduos deixassem uma maçã ou outra no chão, nasceriam mais macieiras, e portanto, haveria mais frutos para as pessoas. Para completar, seria fundamental que ninguém deixasse lixo no solo em volta da árvore, porque isso iria envenenar a terra e impedir o crescimento de novas plantas.

Desenvolvimento sustentável é muito importante. Se todos fizerem sua parte, será possível viver em condições saudáveis, ao invés sofrer num planeta poluído e esgotado de recursos essenciais para todos os seres vivos - você, inclusive.

sábado, 18 de junho de 2011

Ciência e cinema - Oito filmes para refletir sobre biologia e ciências.

Por Alice Dantas Brites - Pedagogia & Comunicação
Foto: Nas montanhas dos gorilas retrata a luta de Dian Fossey pela preservação de espécie ameaçada
Universal Pictures / Warner Bros - Reprodução
Além de momentos de diversão ou lazer, assistir a um filme também pode ser uma ótima oportunidade de aprendizado. Existem muitos filmes que trazem informações, ajudam a refletir ou complementam assuntos tratados em sala de aula. Porém, é sempre necessário ter uma visão crítica desses filmes.

Em especial, quando o assunto é ciência, é preciso estar atento a possíveis inconsistências entre a verdade científica e aquilo que é apresentado na história.

Segue uma pequena lista de filmes que podem ser interessantes para aprender ou refletir sobre alguns temas tratados nas aulas de ciências ou biologia.

 

Uma verdade inconveniente (Dir. Davis Guggenhein, EUA, 2006):

Documentário no qual o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, apresenta uma série de fatos e dados sobre as condições climáticas e sobre o aquecimento global. Gore transmite a mensagem de que é preciso agir com urgência para proteger a Terra e impedir os efeitos das mudanças climáticas.

Ótimo filme para aprender as causas e conseqüências do aquecimento global. Excelente para refletir sobre que medidas mundiais podem ser tomadas para contornar essa situação, bem como de que forma cada um de nós pode contribuir para a causa.

 

Osmose Jones (Dir. Bobby e Peter Farreley, EUA, 2001):

O filme é uma interessante viagem pelo sistema imunológico humano. Tudo começa quando Frank contrai o que a princípio parece ser um simples resfriado. A partir daí, conhecemos o interior de seu organismo que é chamado de "a cidade de Frank". Os glóbulos brancos são representados por policiais responsáveis pela segurança da cidade. Têm como líder um linfócito chamado Osmose Jones.

Jones comanda a luta contra o
vírus. que entrou no corpo de Frank disfarçado de resfriado para despistar o sistema imunológico. Na verdade trata-se de um novo tipo de vírus, chamado Thrax. O plano de Thrax é se multiplicar rapidamente e matar Frank em 48 horas para, desta forma, ficar conhecido pela medicina como uma nova e terrível doença.

 

Homo sapiens 1900 (Dir. Peter Cohen, Suécia, 1998)

Documentário que mostra a pesquisa sobre a eugenia, ou seja, sobre a seleção e a purificação da raça humana, no início do século 20. O filme narra, principalmente, a busca de um embasamento científico e a utilização de ética.

Apesar de abordar as leis de hereditariedade, o filme faz refletir principalmente sobre as questões éticas acerca da eugenia. A purificação racial é algo eticamente aceitável? Além da questão moral, quais seriam os riscos de diminuir a variabilidade genética de uma espécie? Outro ponto importante: como as teorias científicas, tidas como verdadeiras num certo período, podem ser utilizadas para embasar políticas públicas e influenciar o comportamento de uma sociedade.

 

O curandeiro da selva (Dir. John McTierman, EUA, 1992):

O filme conta a história de um cientista chamado Robert Campbell que trabalha para uma grande indústria farmacêutica. Ele é enviado para a floresta amazônica em busca de plantas que forneçam princípios ativos para medicamentos. Lá ele passa a habitar uma aldeia indígena localizada na região onde realiza a busca. Campbell descobre uma substância, extraída de uma rara bromélia, que teria ação no combate ao câncer. Porém ele enfrenta problemas para sintetizar a substância e extrair seu princípio ativo. Ao mesmo tempo, os arredores da aldeia começam a ser devastados pela derrubada de madeira e a construção de uma estrada.

O filme ilustra o potencial da biodiversidade das florestas tropicais em relação à pesquisa de princípios ativos para a fabricação de medicamentos. No filme também é possível aprender algo sobre o processo de extração de princípios ativos e a síntese de substâncias em laboratório. Outro ponto importante é o impacto da extração madeireira sobre a biodiversidade e sobre as comunidades florestais na Amazônia.

 

A ilha (Dir. Michael Bay, EUA, 2005):

O filme se passa num futuro próximo no qual a clonagem humana é possível e permitida. Assim, as pessoas podem encomendar clones de si mesmas para o caso de um dia precisarem de um transplante. Os clones vivem em local isolado e numa sociedade altamente vigiada. Não sabem qual é a sua verdadeira finalidade. Conta-se para eles que a Terra está contaminada e, por isso, é necessário viver neste local isolado.

De vez em quando um deles é sorteado para, supostamente, ir morar em uma ilha que não foi contaminada. Na verdade, estes são os clones cujos donos estão precisando de algum transplante. O filme lembra o que é um clone e como é realizado o processo de clonagem. Também é uma oportunidade para se discutir se a clonagem de humanos é possível, se essa seria uma prática moralmente aceitável e quais as questões éticas que entrariam em jogo nesse caso.

 

E a banda continua a tocar (Dir. Roger Spottiswoode, EUA, 1993)

O filme conta a história da descoberta da AIDS a partir da morte de diversos homossexuais no final da década de 70. Mostra como, a princípio, a doença era vista como exclusiva das comunidades homossexuais e o preconceito existente contra os portadores. Retrata também a dificuldade dos cientistas em estudar a origem da doença e a relutância das instituições em financiar as pesquisas e em falar sobre o tema.

"E a banda continua a tocar" é baseado em fatos reais e, portanto, é uma boa maneira de aprender sobre a origem da AIDS, bem como para conhecer seus sintomas, formas de transmissão e prevenção. Também pode servir como ponto de partida para debates sobre o
preconceito e o impacto deste nas políticas públicas direcionadas à doença.

 

Nas montanhas dos gorilas (Dir. Michael Apted, EUA, 1988)

Conta a história real de uma antropóloga americana, chamada Dian Fossey, que vai para a África estudar o comportamento dos gorilas. Lá ela acaba por descobrir que esses primatas estão seriamente ameaçados pela caça ilegal. Dian se torna uma das maiores defensoras dos gorilas e passa a dedicar sua vida a sua preservação.

O filme é uma boa oportunidade para conhecer um pouco da atividade dos pesquisadores de campo e os obstáculos que podem surgir no desenvolvimento de uma pesquisa. Também é excelente para refletir sobre as espécies ameaçadas de extinção e sua conservação. A partir dele, você pode discutir as medidas conservacionistas atualmente postas em prática em nosso país e daquelas que, em sua opinião, seriam necessárias para a conservação de uma espécie ameaçada de extinção.

 

A ilha das flores (Dir. Jorge Furtado, Brasil, 1989):

Este curta metragem narra o percurso de um tomate estragado desde o momento de sua compra em um supermercado até seu destino em um lixão. No lixão os restos orgânicos servem de comida para um criador de porcos. Após a alimentação dos animais, o proprietário libera a entrada de habitantes da ilha, extremamente pobres, para que estes procurem por restos de comida.

O filme realiza uma crítica ao consumismo e a geração desigual de renda na sociedade contemporânea. Assistindo ao filme, além de refletir sobre questões como a pobreza e a desigualdade social, também travamos contato com questões socioambientais, como as diferenças entre o consumismo e o consumo responsável ou consciente.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Anorexia - Vontade de emagrecer pode virar doença mortal

Por Mariana Aprile - Pedagogia & Comunicação

Garota Anoréxica, quadro do artista norte-americano Daniel McKernan.

ReproduçãoSe você não é gorda, mas anda muito preocupada com a forma física e pensa em fazer uma dieta radical para perder peso (custe o que custar), fique atenta - nesse processo, há riscos de você desenvolver anorexia, ou seja, de ficar doente. Isso mesmo, anorexia é uma doença e pode matar, como aconteceu em 14 de novembro de 2006, com a modelo brasileira Ana Carolina Reston Macan.

A modelo tinha 21 anos e pesava somente 40 kg com 1,74m de altura. Três dias depois, em Araraquara (SP), o mesmo distúrbio alimentar fazia uma nova vítima: a estudante de moda Carla Sobrado Casalle, da mesma idade e altura de Ana Carolina, que pesava 55 kg.

Segundo os dicionários, a palavra "distúrbio" significa desajuste, perturbação, defeito e doença. Os distúrbios alimentares se manifestam, portanto, através de uma nutrição desequilibrada, que pode trazer grandes problemas à saúde e até levar à morte. Muitas vezes, esses distúrbios não estão relacionados apenas com a vontade de emagrecer, mas também com uma série de problemas emocionais e de natureza psicológica.

 

Um caso de anorexia

A anorexia se manifesta principalmente em garotas de 13 a 20 anos de idade e é mais comum do que se imagina. Juliana, uma menina de 16 anos de idade, tinha 1,70m de altura e pesava 75 kg. Um dia, ela resolveu fazer uma dieta para perder uns cinco quilos, pois percebia que seu namorado se interessava pelas modelos das capas de revista - Juliana queria ficar igual a elas.

Por isso, iniciou a dieta e começou a perder peso. Mesmo ao atingir seu peso ideal, porém, essa garota olhava-se no espelho e ainda se considerava gorda. Apesar de todas as pessoas que conhecia - inclusive o namorado -, dizer-lhe que estava magra, ela simplesmente não acreditava. Começou a pular as refeições, a fim de emagrecer mais, até o momento em que deixou de comer diariamente, fazendo jejum dia sim, dia não.

Para seus pais não perceberem sua magreza, ela usava roupas largas. Juliana também evitava sentar à mesa com a família na hora das refeições - dizia-lhes que já havia comido. Alguns meses depois, a moça já estava com 60 quilos, mas ainda se achava gorda - isso porque a modelo que seu namorado mais admirava pesava 47 quilos.

Então, ela resolveu tomar remédios para emagrecer (furtando-os de sua tia, que fazia tratamento médico para isso, por necessidade). Certo dia, ao passear no parque com sua mãe, Juliana desmaiou e teve de ser internada. Após conversar com o médico responsável, sua mãe teve certeza de que havia algo de errado com a filha. Juliana tinha desenvolvido anorexia e, por sorte, começou a se tratar a tempo, com terapia e acompanhamento médico.

 

Alimentação é fundamental

Um automóvel retira do combustível a energia necessária para funcionar. Da mesma forma, o corpo humano retira dos alimentos os seus nutrientes e, desses, a energia para as funções vitais do organismo. Muitos estudos mostram que apenas para realizar essas funções (respiração, digestão, e batimentos cardíacos, por exemplo) uma pessoa adulta gasta cerca de 1.500 calorias diárias.

Sem os alimentos, os órgãos não têm força para realizar suas respectivas funções e simplesmente param de funcionar - mas, ao contrário de um automóvel que só precisa ser reabastecido, nosso corpo pode deixar a vida para sempre.

No exemplo acima, Juliana apresenta os sintomas principais da anorexia e, se você de alguma maneira se identificou com ela, procure ajuda. Os únicos organismos capazes de viver sem se alimentar, são as plantas - que
produzem o seu próprio alimento e retiram energia da luz solar.

 

Não se iluda com o padrão de beleza da moda

O padrão de beleza estabelecido pela indústria da moda não é saudável e deveria ser modificado com urgência. Não existe "corpo ideal", pois cada organismo é único e por isso, cada corpo tem o seu peso ideal. Para saber o seu, vá a um especialista, como um endocrinologista ou nutricionista.

Diante da enorme publicidade sobre a anorexia, profissionais especializados em distúrbios alimentares, como Valéria Lemos Palazzo, psicóloga clínica e integrante da Academy for Eating Disorder (Academia de Transtornos Alimentares), alertam que é muito importante pensar em estratégias de prevenção e já há algumas iniciativas nesse sentido.

Segundo os especialistas, a prevenção é a melhor maneira de combater doenças como a anorexia, especialmente porque - quando a doença é descoberta -, muitas vezes é tarde demais, como foi o caso da modelo Ana Carolina.

Muitas mulheres se perguntam por que seus corpos não são magros como os das modelos, ou que tipo de dieta essas mesmas modelos fazem para manter a forma. A pergunta que se deve fazer não é essa, mas por que a sociedade escolhe a magreza extrema como modelo ideal de beleza?