quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pesquisador brasileiro descobre nove espécies novas de aranha caranguejeira

Nove espécies novas e coloridas de aranhas caranguejeiras foram descobertas na vegetação brasileira da Mata Atlântica, do Cerrado e da Caatinga por um pesquisador do Instituto Butantan. Dessas, quatro são de um gênero “raro”, com características tão antigas, que pensava-se já ter sido extinto. A descoberta foi publicada na última edição da revista científica Zookeys.


Brasileiro descobre espécies novas de caranguejeira
 
Foto 1 - Rogério Bertani, pesquisador do Instituto Butantan, descobriu nove espécies novas e coloridas de caranguejeiras na vegetação da Mata Atlântica, do Cerrado e da Caatinga. A aranha "Typhochlaena curumim" (foto) foi encontrada na Paraíba Rogério Bertani/Zookeys
 
“Em vez das sete espécies conhecidas na região [da Mata Atlântica], nós agora temos dezesseis”, explicou Rogério Bertani, especialista em aranhas do instituto paulista que conduziu o estudo. “De um gênero considerado relíquia, descoberto em 1841, temos cinco espécies agora. Eles são as menores caranguejeiras arborícolas [que vivem em árvores] do mundo.”
 
Bertani relata no estudo que os novos animais pertencem a três gêneros distintos: Typhochlaena amma, Typhochlaena costae, Typhochlaena curumim, Typhochlaena paschoali, Pachistopelma bromelicola, Iridopelma katiae, Iridopelma marcoi, Iridopelma oliveirai e Iridopelma vanini.
 
Duas das novas caranguejeiras, Pachistopelma bromelicola e Iridopelma katiae, foram encontradas dentro de Bromélias em cidades da Bahia, algo considerado raro nessas espécies. A explicação, segundo Bertani, pode ser o fato de haver poucas árvores na Chapada Diamantina.